DANIELLA ARRUDA e Vânya Santos
A sitiante Sônia de Fátima Marcelo da Silva Moura, 44 anos, mãe da modelo e estudante Eliza Silva Samudio, de 25 anos, entrará na Justiça para tentar a guarda provisória do neto, até que o caso de desaparecimento da filha seja solucionado. Depois que a modelo desapareceu, a criança, de apenas 4 meses, foi entregue ao avô paterno Luiz Carlos Samudio e está em Foz do Iguaçu (PR).
Eliza está desaparecida há três semanas e, para a polícia, o principal suspeito é o goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, com quem a jovem teve um relacionamento. A modelo movia um processo na Justiça para que Bruno reconhecesse a paternidade da criança.
Sônia contou que a filha nasceu em Foz do Iguaçu e ela se mudou para Campo Grande em 1994, enquanto Eliza ficou com o pai e um tio materno, no Paraná. Em 1999, a jovem veio para a Capital, onde morou durante dois anos com a mãe. Depois ela retornou para Foz e aos 19 anos foi tentar a carreira de modelo em São Paulo.
A mãe contou que mantinha contato frequente com a filha por telefone e também por meio de um site de relacionamento na internet, no entanto, não se viam há quatro anos.
De acordo com Sônia, a filha se relacionou com o goleiro Bruno durante um ano, tempo em quem o jogador estaria separado de Dayane de Souza, com que é casado. “Ela engravidou e o pai não quis assumir a paternidade, mas minha filha jamais entraria com pedido se não tivesse certeza de que o filho era dele”, afirmou a mãe da modelo.
Conforme a advogada Maria Lúcia Borges Gomes, paralelo as investigações para esclarecer o desaparecimento de Eliza, a família tentará garantir a guarda provisória para que o bebê fique sob os cuidados da avó, que mora no distrito de Anhanduí, distante 56 quilômetros de Campo Grande.
Caso
Segundo amigas da modelo, Eliza foi para Minas no dia 4 de junho, para conversar com Bruno a pedido dele e desde então, não entrou mais em contato com ninguém. No dia 25, o bebê de Eliza foi encontrado na casa de uma amiga da mulher do atleta, Dayane de Souza, que foi detida pela polícia por subtração de incapaz e depois liberada.
Nesta semana, conforme informações do site Estadão, a polícia encontrou marcas de sangue no sítio e em um dos veículos de propriedade de Bruno, uma caminhonete Range Rover. As amostras foram enviadas para o Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, que deve confrontar o material com o DNA de sangue recolhido do pai de Eliza. O teste não tem prazo para ficar pronto, segundo a polícia.
Ainda conforme o site Estadão, foi solicitada a quebra do sigilo telefônico da jovem, cujo último contato foi feito no dia 9, via celular, com uma amiga. Há suspeita de que ela tenha feito a ligação da propriedade rural pertencente a Bruno, em Contagem, onde o goleiro esteve entre os dias 6 e 10 do mês passado. A polícia também realizou buscas no imóvel nesta semana, recolhendo uma fralda e uma passagem aérea, além de roupas de mulher. A delegada Alessandra Wilke, que investiga o caso, trabalha com a hipótese de que Eliza teria sido assassinada no imóvel do goleiro e de que o crime tenha sido premeditado.