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Brasil quer exportar sistema de vigilância na Amazônia

Brasil quer exportar sistema de vigilância na Amazônia

EFE

14/04/2011 - 23h40
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O Brasil pretende exportar a outros países amazônicos um bem-sucedido programa para combater o desmatamento na Amazônia mediante alertas antecipados aos habitantes da região quando imagens de satélite detectarem o corte de árvores em algum setor da floresta.

"Estamos estruturando este projeto de vigilância para estendê-lo a outros países da Amazônia", disse à agência de notícias Efe Mirela Sandrini, gerente do Fundo Vale, que financia programas de desenvolvimento sustentável na floresta amazônica.

A vigilância estratégica foi desenvolvida pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) com o apoio financeiro do Fundo Vale para alertar moradores e ativistas em municípios amazônicos sobre o corte ilegal de árvores.

"Vamos definir com o Imazon, que já tem pactos com organizações de outros países da região, a forma de exportar um projeto que se mostrou bem-sucedido no Brasil", acrescentou Mirela.

A gerente do fundo assegurou que as negociações estão adiantadas e que o sistema de vigilância poderá ser implantado em cerca de dois meses em algumas regiões de países vizinhos que ela preferiu não revelar.

A ampliação da iniciativa é negociada com a ARA (Articulação Regional Amazônica), uma rede de ONGs presente em vários países que desenvolvem projetos para combater o desmatamento.

O sistema de vigilância tem como base programas de computador desenvolvidos pelo Imazon para identificar com precisão, graças à ajuda de imagens de satélite, pontos em que a floresta sofre algum tipo de destruição, seja para a abertura de uma estrada, para o aumento de áreas de cultivo ou para a exploração ilegal de madeira.

O Imazon utiliza imagens do satélite Landsat, dados do radar JERS-1 e outras avançadas técnicas de medição geográfica para elaborar mensalmente mapas que identificam possíveis focos de desmatamento na Amazônia.

Para impedir que este esforço se limite à simples divulgação dos mapas, o Fundo Vale assinou um acordo com o Imazon para aproveitar os dados em um programa que procura identificar áreas de risco, divulgar os resultados de forma rápida e garantir uma intervenção das autoridades nas áreas ameaçadas.

"Após identificar um ponto sujeito a desmatamento, utilizamos essa informação para provocar uma intervenção pública. De nada adianta ter uma informação de satélite e não saber o que fazer com ela. É necessário contar com um sistema eficaz de divulgação", explica a gerente do fundo.

Ela acrescentou que o programa necessita ter agentes locais capacitados nas áreas afetadas para verificar e validar as informações detectadas pelos satélites.

"Uma vez confirmada a informação sobre um foco de desmatamento, usamos uma rede de difusão que inclui desde denúncias diretas a prefeituras e órgãos de fiscalização até o envio de mensagens de texto por telefones celulares para garantir a divulgação dos dados e a mobilização das autoridades", explicou.

Mirela disse que os responsáveis pela iniciativa oferecem cursos de capacitação aos agentes comunitários que ajudam no processo de verificação dos dados e de difusão das denúncias.

"Inicialmente ofereceremos nos outros países a capacitação no processamento de dados, que é um curso que já cria sensibilidade sobre o problema e oferece o conhecimento tecnológico necessário para que um agente local possa colaborar", disse.

Em maio, o Imazon ministrará um curso em vigilância a distância a técnicos de diferentes países amazônicos, segundo o geólogo Carlos Souza Júnior, responsável pela iniciativa.

O sucesso do programa permitiu que Paragominas, no Pará, que era o principal polo madeireiro do Brasil, se tornasse a primeira cidade a ser retirada da lista das que mais destroem a Amazônia, pois, com esta iniciativa, reduziu seu desmatamento em 90%.

O sistema de vigilância também teve sucesso em São Felix do Xingu, outro município do Pará que, paradoxalmente, conta com um dos maiores rebanhos bovinos do país, apesar de ficar no meio da floresta amazônica.

Cidades

Turistas são resgatados após ficarem perdidos na mata em Bonito

Quatro homens decidiram iniciar o ano descendo o rio Formoso a nado, mas acabaram se perdendo em meio à mata

02/01/2025 18h34

Arquivo Correio do Estado

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No dia 1º de janeiro, para comemorar o início do ano, quatro turistas decidiram descer o rio Formoso a nado no início da tarde. Contudo, acabaram se perdendo em meio à mata em Bonito.

Segundo informações da assessoria do Corpo de Bombeiros repassadas ao Correio do Estado, desde o acionamento, o resgate durou cerca de três horas.

Os turistas relataram que estavam nadando próximo às margens do rio, saindo de uma propriedade rural, quando a mata ficou fechada. Nesse ponto, entraram em contato com plantas conhecidas como arranha-gato e capim-navalha.

Ainda que a vegetação causasse desconforto, o grupo só decidiu parar ao avistar uma cachoeira e optou por não seguir em frente. Como não retornaram, e as horas foram passando, os familiares acionaram o Corpo de Bombeiros.

A equipe realizou o trajeto durante a noite e, após percorrer alguns quilômetros, começou a ouvir gritos de socorro das vítimas. Conforme os bombeiros, o grupo revezava os gritos em intervalos regulares para facilitar a localização.

Dessa forma, os bombeiros conseguiram localizar os quatro homens, que estavam bem. O resgate emocionou um deles, que chorou muito e, segundo relatos, sofreu uma crise nervosa.

Mesmo na escuridão e em uma região de mata fechada, a equipe conseguiu realizar o resgate com sucesso. Eles desceram o rio utilizando técnicas de segurança e cuidado, garantindo que todos saíssem da área até uma estrada vicinal. Os turistas foram encaminhados ao hospital local e liberados após receberem atendimento.

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Cidades

Corumbá inicia mutirão de limpeza mudando visual para o Carnaval

Além de preparar a cidade para receber turistas, preocupação é também com a incidência de casos de dengue, zika vírus e Chikungunya

02/01/2025 17h45

Mutirão de limpeza já se iniciou no primeiro dia útil em Corumbá

Mutirão de limpeza já se iniciou no primeiro dia útil em Corumbá Foto: Divulgação

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O primeiro dia de trabalho do prefeito corumbaense Gabriel Oliveira foi pelas ruas da cidade, tomada pelo lixo e mato reflexos do abandono da gestão anterior. A preocupação não é apenas com a incidência de casos de dengue, zika vírus e Chikungunya, mas em preparar a cidade para receber os milhares de turistas em março, quando ocorrerá o carnaval.

Logo pela manhã, Gabriel lançou as ações da campanha "Feliz Cidade, Cidade Limpa, Povo Feliz", na rua Pedro de Medeiros, bairro Popular Velha. Conversou com moradores e se reuniu com seu secretariado e técnicos, oportunidade em que pediu o empenho de todos. "Será uma campanha de longo prazo e vamos envolver as escolas e empresas", disse.

Novo visual

O foco central é a prevenção às doenças em um período de muita chuva, porém o aspecto de abandono da cidade preocupa o novo gestor. "É uma limpeza do ambiente que a gente vê na cidade, que, infelizmente, está tomada pela sujeira. Acredito que até o carnaval vamos fazer uma boa conscientização e conseguir transformar o visual da cidade", comentou.

Logo cedo, trabalhadores e máquinas "invadiram" o bairro Popular Velha com serviços de em roçada, pintura de meio-fio, coleta de lixo, varrição e controle de endemias nas ruas, terrenos baldios, prédios públicos e residências. A entrada da cidade, pelas BRs 262 e 359, também receberão atenção especial.

O deputado Paulo Duarte acompanhou o início do mutirão e afirmou que a cidade vive um novo momento. "De fato, Corumbá vai viver novos tempos. Tenho certeza que o doutor Gabriel será, junto com a Bia (vice-prefeita), o grande condutor dessa mudança. Estarei sempre aqui para apoiar toda e qualquer ação da prefeitura", destacou.

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