Cidades

ACIDENTE FATAL

Cabo do Exército Brasileiro morre em colisão entre carro e moto em MS

Valdeir pilotava uma Honda CG 125 Titan, quando cruzou com um Chevrolet Celta desgovernado, que perdeu o controle da direção e bateu de frente com a moto

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Cabo do Exército Brasileiro, Valdeir Mendes de Siqueira, de 24 anos, morreu em colisão entre carro e moto, na tarde desta segunda-feira (30), na rodovia MS-156, entre os municípios de Amambai e Tacuru, trecho localizado a 354 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Valdeir pilotava uma Honda CG 125 Titan, sentido Iguatemi, quando cruzou com um Chevrolet Celta.

O motorista do Celta perdeu o controle da direção, capotou e colidiu de frente com a motocicleta em que estava o rapaz.

Ele morreu na hora. Na garupa da moto, havia um rapaz de 20 anos, que ficou gravemente ferido e teve que ser encaminhado para o Hospital Militar de Campo Grande.

Não se sabe o estado de saúde do motorista do carro. Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros Militar e Funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

O 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado de Amambai lamentou, por meio de nota, o falecimento do jovem.

“Comandante e demais integrantes do “Regimento Sólon Ribeiro” apresentam os mais sinceros pêsames em razão do falecimento, ocorrido nesta tarde, do CB Valdeir Mendes de Siqueira. Neste momento de dor e saudade, prestamos nossas sinceras condolências à família e amigos, desejando que encontrem conforto e força para enfrentar este momento difícil. ‘Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé’”.

OUTRO ACIDENTE FATAL

Estudante da UEMS, Emily Bastos Correa, de 29 anos, perdeu a vida em um acidente na BR-158, em Aparecida do Taboado. 

O acidente ocorreu durante uma tentativa de ultrapassagem, na tarde de domingo (29), quando o veículo que Emily dirigia colidiu com um caminhão.

Emily, que atualmente trabalhava e residia em Paranaíba, estava voltando da casa dos pais, que moram em Primavera do Oeste, no interior de São Paulo - onde nasceu e cresceu até vir estudar e tocar a vida em Mato Grosso do Sul.

A jovem conduzia um Volkswagen Gol e teria tendado realizar a ultrapassagem, no entanto, ao ver o caminhão chegou a desviar, mas acabou colidindo lateralmente. 

Com a força do impacto o Gol saiu da pista e os pneus chegaram a estourar, assim como o motor foi totalmente arrancado e lançado longe das ferragens.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros estiveram no local. Após a remoção, o corpo foi encaminhado para uma funerária em Paranaíba.

LUTO

Morre aos 100 Jimmy Carter, que presidiu EUA nos anos 70 e ganhou Nobel da Paz

O democrata recebia cuidados paliativos em sua casa após uma série de internações hospitalares

29/12/2024 21h00

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Morreu neste domingo (29), aos 100 anos, o ex-presidente dos EUA e Nobel da Paz Jimmy Carter. Ele faleceu em sua casa em Plains, no estado da Geórgia, segundo comunicado do Carter Center, o instituto que leva seu nome.

O democrata recebia cuidados paliativos em sua casa após uma série de internações hospitalares. Sua mulher e companheira por 77 anos, Rosalynn, também estava sob o mesmo atendimento domiciliar e morreu em 19 de novembro do ano passado, aos 96 anos.

Em sua última aparição pública, Carter acompanhou o funeral da esposa, e, em outubro, votou em Kamala Harris pelo correio.

Em seu penúltimo livro, publicado em 2015, Carter lembrou que passara só quatro dos seus então quase cem anos na Casa Branca e que não foram eles que dominaram suas memórias.

O democrata teve a mais longa pós-Presidência da história dos EUA, e foi no período após deixar o cargo que se consagrou mundialmente. Para um político tradicional, tornar-se conhecido como "o melhor ex-presidente" da história, em clara alusão ao fracasso de seu desempenho no poder, é provavelmente muito pouco reconfortante. Mas para James Earl Carter Jr., que nunca usou seu pomposo nome na íntegra, ter sido um solitário promotor de boas causas e o ganhador do Nobel da Paz talvez tenha valido mais do que ter sido líder dos EUA.

Carter sempre tentou se diferenciar pela simplicidade. Em sua posse como 39º presidente americano, usou terno comum, e fez a pé, de mãos dadas com Rosalynn e a filha, Amy, o caminho de 2,4 km entre o Congresso e a Casa Branca pela avenida Pensilvânia. No discurso inaugural, usou conceitos e palavras raras nessas ocasiões, como "humildade, misericórdia e justiça" em vez de grandiloquentes saudações ao poderio econômico e militar dos EUA.

Ao contrário dos presidentes anteriores e posteriores com filhos em idade escolar, matriculou Amy numa escola pública. Durante todo o governo, deu aulas dominicais às crianças numa igreja batista. Esse jeito de enfatizar a simplicidade pode ter sido apenas um golpe de marketing bem-sucedido. Mas colocou Carter num patamar diverso, talvez único, entre os seus colegas de cargo.

Ele nasceu em 1º de outubro de 1924, na pequena cidade agrícola de Plains. Sua casa na infância não dispunha de energia elétrica nem água corrente, mas a família era uma das mais prósperas da região. O pai era agricultor; a mãe, enfermeira, foi responsável pelo parto de Rosalynn. Dias depois, Carter, à época com dois anos, foi levado pela mãe para "espiar no berço e ver o mais novo bebê da nossa rua", segundo o próprio ex-presidente afirmou em sua autobiografia. Ele se referia à esposa como uma "extensão quase igual" de si mesmo.

Com a Segunda Guerra Mundial, Carter ingressou na Academia Naval, onde se formou oficial engenheiro em 1946. No mesmo ano, casou-se com Rosalynn Smith, também de Plains.

Sem deixar a Marinha, fez pós-graduação em física nuclear e trabalhou em submarinos atômicos até 1953, quando o pai morreu, e ele voltou à Geórgia para cuidar da fazenda de amendoim da família. Seu pai havia sido deputado estadual, e o filho resolveu substituí-lo.

Foi reeleito, candidatou-se a governador em 1966 e perdeu para o ultraconservador Lester Maddox. Em 1970, tentou de novo e venceu.

O ambiente político americano no início dos anos 1970 estava muito anuviado pelo escândalo de Watergate, que levou à renúncia do presidente Richard Nixon e era propício para um líder distante dos esquemas de Washington e com linguagem moralista, como o governador Carter. Jovem —tinha 52 anos—, sem nunca ter ocupado posições públicas federais, com modos quase ingênuos ("Meu nome é Jimmy Carter e estou concorrendo à Presidência; sou fazendeiro, mecânico, negociante, cientista e cristão", repetia sempre ao se apresentar aos eleitores), Carter ganhou a eleição de 1976, com 51% dos votos populares e 297 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral.

O primeiro político de expressão nacional a endossar sua pretensão presidencial foi o então senador Joe Biden. Os dois mantiveram relação de amizade que perdurou até o fim da vida de Carter. Essa proximidade foi muitas vezes lembrada pelos problemas, em especial os econômicos, enfrentados pelo atual presidente, parcialmente similares aos de quase 50 anos atrás. Em agosto, um neto de Carter disse que o avô estava ansioso para votar em Kamala Harris na eleição presidencial deste ano.

A vitória sobre Gerald Ford, vice de Nixon, foi acima de tudo resultado do desgaste provocado por Watergate. Mas a religiosidade de Carter teve papel importante —ela o ajudou a recrutar contingentes de evangélicos até então distantes do debate eleitoral.

Carter era um progressista, mas seu êxito nas urnas ajudou a atiçar a direita religiosa, que nos 40 anos seguintes se tornou fator fundamental na política americana. Seu governo foi complicado desde o começo, e um dos seus maiores problemas foi energia: o inverno rigoroso de 1977 agravou os efeitos ainda severos do choque do petróleo de 1973 e 1974.

Carter resolveu agir de modo pouco popular: contenção de energia e impostos sobre desperdício. E dizia o que os americanos não queriam ouvir: seu país, com 5% da população mundial, não podia continuar a consumir um terço da energia do planeta.

Os problemas econômicos o atormentaram durante todo o mandato, e ele não soube resolvê-los. Em 1980, a inflação estava em 12%, o desemprego em 7,5% e a taxa anual de juros em 20%, números intoleráveis para os EUA. Diante desses reveses, suas realizações como presidente encolheram diante da opinião pública, apesar de não terem sido poucas.

Carter fez uma grande reforma administrativa no governo federal, ampliou o sistema de parques nacionais, nomeou mais negros, mulheres e hispânicos para cargos do primeiro escalão do que qualquer predecessor, desregulamentou a aviação civil, enfatizou educação e meio ambiente.

No campo internacional, as conquistas foram ainda maiores: obteve um inédito acordo entre Egito e Israel após mediar durante 13 dias em Camp David negociações entre Anwar El Sadat e Menachem Begin; estabeleceu plenas relações diplomáticas entre EUA e China; devolveu o controle do Canal do Panamá aos panamenhos; chegou ao importante tratado Salt II de limitação de armas nucleares com a União Soviética, promoveu a causa dos direitos humanos pelo mundo todo, inclusive no Brasil, onde esteve em tensa visita ao presidente Ernesto Geisel em 1978.

Mas uma derrota internacional pôs a pá de cal em sua Presidência. Em 4 de novembro de 1979, 52 americanos foram feitos reféns na embaixada do seu país em Teerã. Durante 444 dias eles ficaram presos.

O governo Carter tentou libertá-los em abril de 1980 por meio de ousada ação militar, que acabou em desmoralizante incidente: oito soldados morreram após um choque entre helicópteros antes de terem se engajado em qualquer combate com inimigos.

Em outra atitude inusitada para políticos e típica dele, foi à TV assumir pessoalmente a responsabilidade pelo fiasco. O governo do Irã libertou os reféns no dia em que Carter transmitiu a Presidência a Ronald Reagan, que na campanha presidencial de 1980 explorara o tema dos reféns ao máximo.

A derrota de Carter foi acachapante: ele teve só 41% dos votos populares e 49 dos 538 delegados. Ganhou em apenas seis dos 50 estados. Fora da Casa Branca, após um período de retiro, Carter colecionou êxitos.

Passou a correr o mundo em isoladas iniciativas de paz e para promover a defesa dos direitos humanos e organizações como a Habitat for Humanity, entidade pancristã que se dedica a construir casas para pobres.

Só no ano de 1994, ele conseguiu obter um acordo nuclear entre as duas Coreias, o fim da ditadura militar no Haiti com a volta do poder do presidente Jean-Baptiste Aristide, e um cessar-fogo na Bósnia. Antes e depois disso, Carter visitou diversos países em crise —Libéria, Venezuela, Cuba— para fiscalizar eleições ou defender direitos de dissidentes. Obteve a liberação de cidadãos americanos aprisionados por regimes hostis.

Esteve várias vezes nos territórios palestinos —ele havia sido, em 1977, o primeiro chefe de governo dos EUA a defender a criação de um Estado palestino.

Seu Carter Center, em Atlanta, é uma entidade importante e ativa em debates de questões internacionais, tanto pelos estudos quanto pelas práticas que patrocina.

Na contramão da tradição política, como sempre, foi um ex-presidente que não poupou críticas aos sucessores, como George W. Bush, a quem atacou por violações de direitos humanos em sua gestão, e mesmo Bill Clinton, seu aliado de partido, a quem criticou na condução da crise do Haiti.

O prêmio Nobel da Paz de 2002 coroou o trabalho de Carter em favor da paz e dos direitos humanos, do qual milhões de pessoas e dezenas de países, entre eles o Brasil, são devedores.

No discurso na solenidade em que recebeu a distinção, disse: "Os vínculos da nossa humanidade comum são maiores do que as divisões de nossos medos e preconceitos. Deus nos deu a capacidade de escolher. Nós podemos escolher por aliviar o sofrimento. Nós podemos escolher por trabalhar juntos pela paz. Nós podemos fazer essas mudanças –e devemos."

DINHEIRO SOBRANDO

TJ-MT manda juízes e servidores devolverem "auxílio-ceia" de R$ 10 mil

Decisão foi anunciada após determinação do corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, que suspendeu o pagamento do auxílio

29/12/2024 19h15

A presidente do TJ-MT, Clarice Claudino da Silva, mandou que servidores devolvam o dinheiro em parcelas

A presidente do TJ-MT, Clarice Claudino da Silva, mandou que servidores devolvam o dinheiro em parcelas

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A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, determinou a devolução de R$ 10.055 pagos a título de auxílio-alimentação a juízes e servidores do Judiciário estadual.

A determinação responde a decisão do corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, que suspendeu o pagamento do auxílio. O tribunal informou que os valores já haviam sido pagos.

Segundo o TJ-MT, os juízes devem depositar o valor na conta do tribunal em uma parcela. Os servidores poderão retornar o dinheiro de forma parcelada, com desconto em folha. O tribunal afirma ainda que "está adotando as medidas administrativas necessárias para cumprimento da ordem de suspensão".

A adoção de um "valor excepcional" para o vale alimentação de dezembro foi anunciado pela presidente do tribunal no dia 17 de dezembro. A partir de janeiro de 2025, diz o despacho, o benefício passa a ser de R$ 2.055 por mês.

De acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o Tribunal de Justiça do Mato Grosso tem 323 magistrados e 4.835 servidores. O valor total do benefício excepcional, portanto, somaria R$ 51,8 milhões. O tribunal matogrossense teve em 2023 despesa total de R$ 2,47 bilhões.

Naquele ano, foi o segundo tribunal estadual brasileiro com maior gasto com magistrados, com um valor mensal médio de R$ 116.622, o que inclui benefícios, encargos, previdência social, diárias, passagens, e indenizações —o maior custo foi do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, R$ 120.354.

O custo com servidores também esteve entre os mais altos do Brasil, ocupando a quarta posição, com R$ 22.313, em média, por servidor.
 

(Informações da Folhapress)

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