Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em um período de quatro anos, o volume de jovens que moram em Mato Grosso do Sul que nem estudam nem trabalham, os chamados “nem-nem”, é 21 mil pessoas menor: queda de 18%.
O total de “nem-nem” em Mato Grosso do Sul é de 16,1% da faixa etária entre 15 e 29 anos. A maioria dos que nem estudam e nem trabalham são mulheres, e de cor preta ou parda. Homens brancos são os que menos se enquadram neste padrão.
Em 2019, conforme o IBGE, o total de moradores de Mato Grosso do Sul que nem estudavam e nem trabalhavam era de 124 mil pessoas, e agora, em 2022, este número fechou em um total de 101 mil pessoas.
Mais indicadores entre os jovens
O PNAD que avalia a educação no Estado mostrou que, mesmo com a pandemia de Covid-19, pelo menos entre os adultos, subiu o total de pessoas estudando e trabalhando no Estado. Em 2019, havia 105 mil pessoas entre 15 e 29 anos nesta condição e em 2022 subiu para 2022.
Conforme o IBGE, há 17,2% da população estudando e trabalhando nesta faixa etária, o que dá a Mato Groisso do Sul a 9ª maior porcentagem entre as unidades da federação. Santa Catarina é a primeira (22,5) enquanto o menor percentual foi encontrado no Acre (9,4%).
Entre os moradores de Mato Grosso do Sul que estão ocupados, mas não estão estudando, eram 286 mil em 2019, e agora em 2022 eram 277 mil. Entre os que frequentavam escola mais não trabalhavam, o total caiu de 146 mil (2019) para 143 mil (2022).
Média de anos de estudo
Mato Grosso do Sul também tem uma média de anos de estudo maior que a brasileira, indicou a PNAD contínua. No Brasil, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2022, foi de 9,9 anos, enquanto para Mato Grosso do Sul a média foi de 10,1.
No estado de MS, entre as mulheres, o número médio de anos de estudo foi de 10,4 anos, enquanto para os homens, 9,8 anos.
Com relação à cor ou raça, mais uma vez, a diferença foi considerável, registrando-se 11 anos de estudo para as pessoas de cor branca e 9,4 anos para as de cor preta ou parda, ou seja, uma diferença de 1,7 anos entre esses grupos.
Mais gente com nível superior
Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino superior completo, que subiu 60,7% em 2022 (365 mil), na comparação com 2016 (227 mil). Em percentuais, 14,5% da população de MS tinha nível superior em 2016. O número aumenta para 21,2% em 2022.