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Calçada do Lago do Amor cede um mês após obra ter sido concluída

Segundo informações da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, na última sexta-feira (27) durante um teste no vertedouro a calçada cedeu

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Não deu nem tempo da população aproveitar a obra na região do Lago do Amor após um trecho da calçada ceder e ser interditado com placas da Agetran. A calçada quebrou no espaço ocupado por dois vendedores. 

O vendedor de água de coco, que trabalha há três anos na região do lago, Nivaldo, contou ao Correio do Estado que o local onde a calçada desnivelou era justamente onde costumava colocar os banquinhos para realizar o comércio. "A obra durou quase um ano. Foi tudo feito de novo. Demorou quase um ano, espero [que o problema] fique só ali no passar da água mesmo. Ficou bonita a obra, mas...", lamentou Nivaldo.

O pedreiro, Osmar, que costuma passear pelo Lago do Amor, parou para observar a área interditada. "Esses tempos estava fechado em reforma e agora deve voltar. Fizeram serviço mal feito de novo", lamentou e complementou: “provavelmente a estrutura foi mal feita embaixo da calçada”.

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Segundo informações da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), a calçada cedeu na última sexta-feira (27) durante um teste no vertedouro. Na segunda-feira (30) será feita uma avaliação para verificar o que ocasionou o desnivelamento. Veja a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) informa que durante os testes que estavam sendo realizados na última sexta-feira no vertedouro construído no Lago do Amor, houve um desnivelamento na calçada próxima a comporta. O local foi interditado e sinalizado. Nesta segunda-feira (30) equipe da Sisep irá verificar o que provocou o problema e definir o que precisará ser feito. 
O vertedouro foi construído para que nos períodos de chuva forte possa ser feito o controle da vazão da água no Lago do Amor e, assim, evitar transbordamento, como ocorreu em janeiro deste ano e provocou o desmoronamento do muro de contenção da Avenida Filinto Muller em frente ao Lago. A operação do vertedouro é feita manualmente.


A obra  

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em decorrência de uma forte chuva no mês de janeiro, que chegou a 80 milímetros na região da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em apenas uma hora, o lago voltou a transbordar e o trânsito da Avenida Filinto Müler ficou interditado por cerca de 90 minutos. 

A obra custou 3,8 milhões, o secretário municipal de obras, Domingos Sahib Neto, à época explicou que a ideia era instalar uma espécie de "ladrão" para aumentar a vazão de água quando ela atingisse determinada altura e desta forma evitar os constantes transbordamentos. 

Relembre o estrago


Importante lembrar que essa cratera do Lago do Amor foi aberta ainda em janeiro, causada pelas chuvas do dia 04, que transformaram ruas em rios, com 92,6 mm registradas em seis horas seguidas de precipitação nessa ocasião. 

Tanto essa obra quanto a que resolveria o solapamento da Av. José Antônio, tiveram seus processos de contratação emergenciais publicados no dia 24 de março, pelo Diário Oficial de Campo Grande, destacando a CCO como a escolhida para o serviço a ser executado sem licitação. 

Conforme detalhado em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande, da quarta-feira (29 de março), a CCO receberá quase quatro milhões de reais (R$ 3.880.427,10) pelas obras do Lago do Amor, para recomposição estrutural do aterro; instalação de vertedouro; o muro de contenção e seu complementos.

Em meio a burocracias com as notas de serviço emitidas pela Secretaria Municipal De Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), a obra inclusive chegou a ter seu início adiado. 

Mais recente, ainda em 21 de junho, o engenheiro da prefeitura responsável pelo andamento das obras já apontava que o serviço deve ter o prazo prorrogado em até três meses, ficando para o último trimestre de 2023. 


**Com informações de Leo Ribeiro e Nery Kaspary

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Crise na saúde

"Empurra-empurra" entre gestores pode deixar população sem atendimento médico

O CRM afirmou que, além da Santa Casa, outras casas de saúde sofrem com escassez total de medicamentos e materiais e especialidades médicas têm data para parar devido à crise

23/12/2025 18h15

Santa Casa de Campo Grande

Santa Casa de Campo Grande FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Conselho Regional de Medicina (CRM) em Mato Grosso do Sul afirmou que algumas especialidades médicas devem paralisar suas atividades na Santa Casa devido à falta de materiais, medicamentos e a falta de recebimento de salários há meses. 

A situação crítica foi confirmada pelo vice-presidente Dr. Flávio Freitas Barbosa nesta terça-feira (23). 

Segundo o médico, o “empurra-empurra” entre os órgãos gestores sobre a responsabilidade da Santa Casa, assim como de toda a crise na saúde municipal, só deve ser cessada através da Justiça, e tem causado prejuízos aos pacientes, bem como desistência de profissionais.

“A saúde do paciente não está em discussão, está vaga. Além de tudo, o maior dever do médico é promover saúde para o seu paciente, e isso está ausente do cenário discutido, há somente falas com acusações de ambos os lados. A gente precisa fazer isso porque, quem vai ser responsabilizado quando realmente acontecer de as pessoas sofrerem por desassistência médica? É a Secretaria Estadual de Saúde? É a Secretaria Municipal? É a própria instituição?”, indagou o Dr. Flávio. 

De acordo com uma nota emitida pelo CRM-MS, já foram realizadas vistorias em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos Centros Regionais de Saúde (CRSs), sendo constatados baixos estoques e, em diversos casos, a completa ausência de medicamentos básicos indispensáveis ao funcionamento dos plantões de urgência. 

Além disso, também estavam escassos insumos fundamentais como luvas, lençóis, cânulas e outros materiais primordiais para a segurança tanto do paciente como dos profissionais. 

Somado a isso, o Conselho ressaltou o decreto emitido pela Prefeitura Municipal que reduzia pela metade a gratificação dos servidores de saúde no período do final do ano. 

“A medida fragiliza as condições de trabalho, desestimula a permanência de profissionais na rede pública e compromete diretamente a qualidade da assistência prestada à população”. 

Assim, algumas especialidades médicas da Santa Casa têm data para paralisar as atividades. 

  • Urologia tem notificação datada para o dia 29 de dezembro de 2025; 
  • A Ortopedia deve parar em 02 de janeiro de 2026; 
  • Cirurgias Pediátricas, Vascular e Geral estão datadas para o dia 07 de janeiro de 2026, que já operam com grandes limitações com risco de interrupção total antes da data; 
  • A Anestesiologia já está parcialmente parada, agravando a capacidade operacional da Santa Casa de Campo Grande. 

O vice-presidente do CRM ainda afirmou que o Conselho já havia alertado o Ministério Público sobre os impactos da crise que a instituição vinha enfrentando através dos resultados das vistorias e denúncias. 

“As vistorias feitas por esse Conselho são todas transparentes e foram encaminhadas a que, de fato, deveria ter o conhecimento, que é o Ministério Público. Esse momento crucial, esse momento de agora, foi alertado ao longo do período. Nossa preocupação é com o bem estar das pessoas, que tem sido precarizado, neste momento, pelo maior hospital do Estado, tanto em atendimento dos profissionais, que já registraram desistência de certas atividades nas próximas semanas, como em questões internas, como falta de leitos e de material de trabalho. É uma situação preocupante para todos nós”. 

Santa Casa de Campo GrandeDr. Flávio Freitas Barbosa em coletiva nesta terça-feira (23) / Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

GREVE

Para o CRM, caso a greve seja realmente instaurada na instituição, recai ao Sindicato dos Médicos a aceitação ou não do movimento. No entanto, o pedido de greve pela Instituição foi recebido com estranheza pelos órgãos. 

“A greve é o último cenário a ser avaliado. Mas, diante da situação colocada, deve ser avaliada por quem está na base, sempre ressaltando que é uma manifestação pessoal e não pode ser usada como opção política. A greve tem que ser usada como opção de reivindicação do trabalhador, constituída em lei, quando as condições de mudança não são atendidas. Não pode, por exemplo, um médico estar a seis meses sem receber, sem décimo terceiro”, avaliou o médico. 

A estranheza se deu ao fato de que, na última segunda-feira (22), o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed/MS) recebeu ofícios da Santa Casa sugerindo a deflagração de uma greve pela categoria médica, o que implicaria na paralisação completa do oferecimento dos serviços à população. 

A medida foi vista pelo Sindicato como uma tentativa de “lockout”, que é a paralisação total das atividades para exercer pressão, o que é proibido pela legislação brasileira. 

"Este sindicato se propôs a reunir a categoria para discutir o parcelamento proposto. Contudo, antes mesmo da decisão dos médicos, a Santa Casa sinalizou favoravelmente a uma greve que sequer havia sido discutida. Questionamos qual a real intenção por trás dessa conduta", pontuou em nota o presidente do Sinmed, Dr. Marcelo Santana.

Assim, o corpo jurídico do Sindicato pediu a imediata intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) nas negociações, assim como o pedido judicial pelo pagamento do 13º salário em atraso, responsabilização dos gestores da Santa Casa e a realização de uma audiência de conciliação. 

A paralisação parcial das atividades dos enfermeiros e serviços administrativos da Santa Casa segue em andamento pelo segundo dia consecutivo. 

boletim epidemiológico

Com duas novas vítimas, número de mortes por dengue chega a 20 em MS

Boletim aponta que foram confirmados 8.430 casos da doença no ano e há nove mortes em investigação no Estado

23/12/2025 18h00

MS soma 20 mortes por dengue no ano

MS soma 20 mortes por dengue no ano Divulgação

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Mato Grosso do Sul chegou ao número de 20 mortes por dengue neste ano, após a confirmação de dois novos óbito pela doença nest semana.

Conforme boletim epidemiológico divulgado nessa segunda-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), as duas mortes ocorreram em maio e junho, respectivamente, mas a confirmação de que a causa foi dengue ocorreu no dia 22 de dezembro.

As vítimas eram mulheres, sendo uma de 64 anos, moradora de Iguatemi, e uma de 76 anos, de Antônio João. Ambas tinham comorbidades.

Além destas vítimas, as outras 18 mortes por dengue ocorridas de janeiro a dezembro ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande.

Entre as vítimas, nove delas possuíam algum tipo de comorbidade. Com relação às idades, apenas uma era adolescente, de 12 anos, enquanto todas as demais eram maiores de 24 anos.

Atualmente, há nove mortes em investigação para saber se foram em decorrência da dengue no Estado.

De janeiro até essa segunda-feira, Mato Grosso do Sul já registrou 14.171 casos prováveis de dengue, com 8.430 confirmados.

Nos últimos 14 dias, Itaquiraí, Ribas do Rio Pardo, Jardim, Chapadão do Sul, Maracaju, Aquidauana e Ponta Porã registraram incidência baixa de casos confirmados para a doença.

Em todo o ano passado, foram confirmados 16.229 casos de dengue, com 32 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul.

MS soma 20 mortes por dengue no ano

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 201.633 doses da vacina contra a dengue foram aplicadas na população alvo neste ano.

Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 241.030 doses do imunizante. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

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