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Novo Destino

Campo Grande pode ter voos diretos para destinos turísticos do Chile

Além de reforçar a importância da Rota Bioceânica, o governo chileno está de olho no potencial turístico, que cresceu entre os dois países

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Após o presidente do Chile, Gabriel Boric, declarar que a Rota Bioceânica é prioridade, autoridades dos dois governos estão alinhando voos diretos de Campo Grande (MS) para a região norte chilena.

A fala foi feita durante encontro entre Boric e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira (22), em Brasília.

A rota atravessará o Brasil por Porto Murtinho (MS), Paraguai, Argentina e Chile, e deve reduzir em até 10 dias o tempo de transporte de cargas entre o Brasil e a Ásia.

Conhecida como Norte Grande, a região abriga as seguintes localidades: Arica, Tocopilla, Calama, Antofagasta e Indique; esta última entrou no mapa por fazer parte da Rota Bioceânica, caminho que ligará a produção brasileira até a China pelo Oceano Pacífico.

A subsecretária de Turismo do Chile, Veronica Pardo, explicou em entrevista ao Broadcast que o Brasil é um parceiro estratégico que oferece possibilidade de lucro para ambos os países.

Isso porque os brasileiros estão colocando o Chile como rota de férias. Para se ter uma ideia, em 2022 o país recebeu 247 mil turistas; em 2024, esse número saltou para 787 mil, o que representa um aumento de 223%.

Os chilenos também estão de olho nos destinos turísticos do Brasil: foram 202 mil visitantes em 2022 e, em 2024, o saldo foi de 235 mil turista, um crescimento de 218%.

Diante desse potencial, os governos estão estudando a possibilidade de uma linha direta, saindo da Cidade Morena para a região norte do Chile, que ainda tem baixa procura por parte dos brasileiros.

“Se conseguirmos manter o mesmo patamar do ano passado, já será positivo. O desafio é apresentar regiões do Chile que não são conhecidas pelos brasileiros”, disse a subsecretária.

Atualmente, quinze rotas saem de 11 estados do Brasil, todas com destino concentrado na capital, Santiago.

Saindo de Campo Grande


Caso a ideia seja concretizada, o voo será entre Campo Grande e Antofagasta, cidade à qual os brasileiros só conseguem chegar atualmente fazendo diversas conexões.

Nas proximidades de Antofagasta estão Arica e Iquique, que possuem diversas atrações turísticas, como:

  • El Morro de Arica
  • Parque Nacional Lauca
  • Praias e balneários
  • Geoglifos do Vale de Lluta, entre outros.

Indique

 

  • Praia Cavancha
  • Zona Franca de Indique
  • Centro Histórico
  • Proximidade com o Deserto do Atacama

Entre os passeios do Deserto do Atacama, com acesso por Antofagasta, o turista pode observar o céu noturno e formações geológicas.

Estratégia


A chefe da pasta de Turismo teve reuniões com a Agência Brasileira de Promoção Internacional ao Turismo (Embratur), traçou um panorama do funcionamento das companhias aéreas e buscou aproximação com governadores.

“No momento, nosso foco é a rota de Campo Grande. Mas estamos abertos a outros estados. Os governadores podem contribuir, subsidiando os primeiros voos de uma nova rota”, disse Pardo.

Como acompanhou o Correio do Estado, em julho de 2024, ao anunciar a abertura de um escritório em Indique, o governador Eduardo Riedel (PSDB) debateu a possibilidade de voos diretos entre Campo Grande e Indique.

Incentivo ao turismo


O crescimento no número de turistas entre os países ocorreu por conta do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), lançado pelo Governo Federal em 2024, com o objetivo de aumentar o número de assentos e voos internacionais com destino ao Brasil.

O programa foi conduzido pela Embratur, que fez um investimento de R$ 3,3 milhões e conseguiu 70 mil assentos em voos internacionais na temporada 2024/2025 - entre 27 de outubro e 30 de março.

Neste ano, o montante destinado ao PATI foi de R$ 63,6 milhões.

A liberação do aporte leva em conta projetos apresentados pelas companhias aéreas, que vão desde a criação de novas rotas até a ampliação de assentos.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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