Cidades

ELEIÇÕES 2024

Candidatas precisarão de verba para planos de infraestrutura

Segundo especialista, as propostas de Adriane Lopes e Rose Modesto envolvem recursos e um planejamento de execução eficaz para serem entregues no prazo

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O empresário e professor Pedro Chaves analisou as propostas de infraestrutura de Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil) e alertou que, para o cumprimento das promessas de campanha,  será necessário que a futura prefeita de Campo Grande levante recursos e tenha um planejamento de execução eficaz.

Isso porque, segundo Chaves, ambos os projetos de iniciativa para a infraestrutura da Capital envolvem entregas de obras, revitalizações, pavimentações, entre outros planos, que precisam de um orçamento planejado e uma gestão eficiente para serem entregues no prazo proposto.

Sobre o plano da atual prefeita, Chaves destaca como pontos positivos a revitalização de praças e parques, 
a quantidade de pavimentações – a qual, conforme ele, “contribuirá para melhorias substanciais na infraestrutura urbana” – e a integração com a Rota Bioceânica.

Apesar de classificar as propostas de Adriane como viáveis, o empresário frisa que “obras de grandes proporções exigem rigorosa atenção, para evitar atrasos e custos excedentes”, sendo necessária uma cuidadosa coordenação institucional e uma gestão eficaz para garantir a finalização dentro do cronograma.

Com relação ao plano de Rose, Chaves destaca que são positivos os investimentos em saneamento, iluminação e pavimentação – os quais, segundo ele, melhoram a segurança pública e qualidade de vida na cidade – e o incentivo ao transporte sustentável, como uso de ciclovias e ciclofaixas.

Para o empresário, além de melhorarem a infraestrutura e o transporte público, esses modais também contribuem para uma cidade “mais verde e conectada”.

Entretanto, Chaves ressalta que esses projetos de desenvolvimento urbano e mobilidade podem ser extremamente caros e necessitarem de recursos intensivos.

“Manter a coesão na implementação desses projetos em diferentes bairros ao mesmo tempo exige uma eficiente coordenação de planejamento e execução”, frisa o analista.

PLANOS DE GOVERNO

Além do que já foi citado como positivo por Chaves, a prefeita Adriane Lopes tem como propostas a finalização de obras iniciadas, a pavimentação de mais de 400 km de vias, a requalificação de vias, a melhoria de bairros e da infraestrutura logística, a modernização de terminais de transbordo e pontos de embarque/desembarque, a redimensão das linhas de ônibus existentes e o início da implantação de veículos coletivos com combustíveis limpos, como ônibus elétricos e movidos a gás natural veicular (GNV).

Com relação à iniciativa de requalificação de vias, a atual prefeita pontua que serão feitos – com recursos próprios, do Estado e do governo federal – a requalificação e o recapeamento “de vias estruturantes e importantes para a mobilidade da cidade”, entre elas a Av. Mascarenhas de Moraes, a Av. Ernesto Geisel e o corredor gastronômico da Av. Bom Pastor.

Já no quesito melhoria dos bairros Adriane promete universalizar o abastecimento de água e esgoto, levar iluminação LED para todas as ruas e todos os espaços públicos e implantar drenagem, pavimentação, arborização, calçadas acessíveis, ciclovias, áreas de lazer da Capital.

Ela também pretende viabilizar um novo traçado viário da BR-163, a construção do anel viário entre São Paulo, Sidrolândia e Aquidauana e a duplicação da BRs 262 e 060 e integrar o planejamento urbano aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Enquanto isso, o plano de governo de Rose Modesto traz como propostas principais a melhoria da infraestrutura dos bairros e a modernização do transporte e da mobilidade urbana, com uma série de subitens cada.

A ex-deputada federal pretende realizar manutenções regulares nas ruas e nas avenidas, a fim de garantir a segurança e a fluidez do tráfego; criar e revitalizar praças, parques e áreas de lazer, aumentando pontos de recreação, arborização e atividades físicas na Capital; priorizar a conclusão de obras inacabadas, como a construção do Centro de Belas Artes e as reformas da Av. Ernesto Geisel e do Teatro do Paço Municipal.

Rose também destaca a acessibilidade na infraestrutura urbana como promessa, pretendendo incentivar a criação de espaços públicos inclusivos, seguros e acessíveis.

A promoção de bairros inteligentes, que integram habitação, infraestrutura, empregos, serviços e áreas verdes, finaliza o item melhoria da infraestrutura dos bairros.

Já na proposta de melhorar e modernizar o transporte e a mobilidade Rose promete priorizar e ampliar a tecnologia de semáforos inteligentes – as “ondas verdes” –, desenvolver campanhas de educação no trânsito, instalar sinalização adequada e faixas de pedestres elevadas em avenidas de tráfego intenso e ampliar 
o uso de sinalização urbana nos bairros e no Centro.

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Luto

Governador pede justiça por jornalista morta por ex-noivo

Vanessa Ricarte era servidora do Ministério Público do Trabalho (MPT), conhecida e respeitada por sua dedicação e comprometimento

13/02/2025 10h15

Reprodução: Redes Sociais

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O governador do Estado, Eduardo Riedel, se manifestou sobre a morte da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, vítima de feminicídio cometido pelo ex-noivo, o músico Caio Nascimento Pereira, de 35 anos, na noite da última quarta-feira (12).

Através de um vídeo, publicado em uma rede social, o governador declarou ter ficado profundamente impactado com a notícia da morte da servidora, que atuava no Ministério Público do Trabalho (MPT). Riedel estendeu a indignação não apenas à Vanessa, mas também ao sofrimento das famílias envolvidas não só nesse, mas em outros casos de feminicídio, crime que apresenta altos índices no estado.

"Isso não pode de maneira nenhuma passar com impunidade para ninguém envolvido nessa situação. Então, aqui lamento profundamente meu sentimento à família da Vanessa, aos colegas de trabalho, a todos os que estão próximos e a todas as famílias que viveram, vivem esse drama da perda por feminicídio de alguém próximo", disse o governador.

 

Em nota, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lamentou e manifestou indignação pela morte de Vanessa, e a descreveu como "uma profissional dedicada e comprometida".

"Sua perda é um golpe não apenas para a instituição, mas para toda a sociedade, que vê mais uma vida ceifada pela violência de gênero", diz texto.

O MPT reforçou ainda o compromisso do órgão com a defesa dos direitos humanos e repudia veementemente qualquer forma de violência contra as mulheres, e se solidarizou com a família, os amigos e colegas da vítima.

"Que sua memória inspire a luta por um mundo mais justo e seguro para todas as mulheres, e que sua tragédia nos motive a fortalecer as políticas públicas de proteção e combate à violência doméstica"

Confira a nota na íntegra:

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul e a Comissão de Mulheres da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também emitiram nota de pesar pelo falecimento de Vanessa.

No texto, relembram o caminho profissional da jornalista, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que atuou como professora de redação, editora, assessora de imprensa e chefe de assessoria de imprensa.

Vanessa foi definida como uma profissional de texto impecável e ideias constantes, que sempre tinha um projeto novo na manga e acreditava no potencial do ser humano como agente de boas transformações.

Confira a nota na íntegra:

"É com profunda tristeza e indignação que o Sindjor-MS (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul) e a Comissão de Mulheres da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) recebe a notícia do brutal feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos. 

Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul  (UFMS), Vanessa era uma profissional dedicada, atuou como professora de redação, editora no site Top Mídia News, assessora de imprensa da Agência Municipal de Habitação (Emha) e, atualmente, era chefe da assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT-MS).

De texto impecável e ideias constantes, Vanessa sempre tinha um projeto novo na manga. Era de uma vitalidade admirável. Inventiva e acreditava no potencial do ser humano como agente de boas transformações. Ela mesmo era reflexo disso.  

Sua morte representa uma perda irreparável para o jornalismo e para a sociedade.Seu caso indigna não só pela brutalidade, mas por expor falhas que não deveriam existir no sistema de combate à violência contra mulher. 

O Sindjor-MS condena veemente tais práticas e cobra agilidade das autoridades responsáveis pela condenação do responsável, o músico Caio Nascimento, preso em flagrante, bem como o fortalecimento dos mecanismos de defesa da mulher. 

Em nome de todos que lutam pela igualdade de gênero e pelo combate à violência contra a mulher, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e colegas de trabalho de Vanessa neste momento de dor. A violência que tirou a vida de uma mulher tão extraordinária é um lembrete cruel de que a luta por um mundo mais justo e seguro para todas as mulheres deve continuar com ainda mais força.

Fica nosso compromisso de seguir combatendo o feminicídio e todas as formas de violência de gênero e nossa solidariedade aos que sofrem com essa perda irreparável. Que a memória de Vanessa inspire uma sociedade mais humana e mais vigilante na busca pela justiça e pelo respeito a todas as mulheres.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de MS (Sindjor MS), Comissão de Mulheres e Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)"

Feminicídio

A jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos, morreu esfaqueada pelo noivo, Caio Nascimento, na noite da última quarta-feira (12), em uma casa localizada no bairro São Francisco, em Campo Grande.

Na noite que antecedeu o crime, Vanessa havia procurado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o companheiro e solicitar uma medida protetiva contra ele. Horas antes de ser morta, ela havia ido até a delegacia para buscar a documentação da medida protetiva.

Ao chegar em casa, a jornalista se deparou com Caio. Eles discutiram e ele desferiu diversos golpes de faca contra o pescoço, peito e barriga da vítima. Os vizinhos ouviram os gritos e acionaram a polícia.

Viaturas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares se deslocaram até o endereço e encontraram a vítima caída no chão ensaguentada e com perfurações pelo corpo.

Na casa, estavam Vanessa, um amigo e o feminicida. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Caio foi preso e encaminhado à delegacia.

Ele trabalhava como músico, e era alvo de uma série de denúncias de violência doméstica, violência psicológica, agressão, ameaça e perseguição

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PUNIÇÃO

Mau-trato à cadela denunciado em 2023 gera condenação em Campo Grande

Mulher foi presa preventivamente na época do flagrante quando assumiu a tutela do animal

13/02/2025 09h45

pena privativa de liberdade foi trocada por duas de prestação pecuniária, com valores de um salário-mínimo cada, portanto R$ 3.036. 

pena privativa de liberdade foi trocada por duas de prestação pecuniária, com valores de um salário-mínimo cada, portanto R$ 3.036.  Reprodução/PCMS

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Apontada como tutora de uma cadela, encontrada em estado de subnutrição, com feridas, ossos e tecidos expostos em outubro de 2023, a campo-grandense de aproximadamente 23 anos foi condenada pela prática de maus-tratos na Capital. 

Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a sentença foi proferida pelo juiz da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, Márcio Alexandre Wust, prevendo pena de dois anos de reclusão, multa e proibição de guarda de animais.

Entretanto, essa pena privativa de liberdade foi trocada por duas de prestação pecuniária, com valores de um salário-mínimo cada, portanto R$ 3.036. 

Durante interrogatório a mulher negou as acusações, alegando que a cadela pertencia à sua mãe ou ao avô, dizendo ainda que morava em outro local diferente de onde o animal foi encontrado.

Com isso, essa declaração ficou isolada diante das provas documentais e periciais que confirmaram a conduta do delito. 

Porém, como bem esclarece o TJMS, "o local de moradia é juridicamente irrelevante, pois a acusada pode residir em um local e possuir animal em outro". 

Entenda

Na manhã de 02 de outubro, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) prendeu em flagrante uma mulher de 21 anos, no bairro Universitário, na Capital. 

Nessa casa havia quatro cachorros no total, sendo uma cadela de porte pequeno e cor bege que estava em estado de maus-tratos graves, apesar dos demais também apresentarem infestação de carrapatos, segundo a polícia na época. 

Subnutrida, com pele descamando e unhas grandes, além de várias feridas espalhadas pelo corpo, inclusive uma aberta na pata dianteira esquerda, com osso exposto e infestado por larvas. 

Quando questionada à época, ela chegou a confirmar aos agentes que era tutora e que estaria cuidando     do animal, porém nenhuma medicação, nome de veterinário ou mesmo a carteira de vacinação foi apresentada. 

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foi acionado para recolher o animal, junto da  Perícia Científica, para materialização dos fatos observados no local. 

 

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