Cidades

COVID-19

Capital aprova protocolo com hidroxicloroquina e ivermectina

Secretário alerta sobre disponibilidade dos medicamentos, que já faltam em algumas cidades

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Uma reunião entre o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), o secretário municipal de Saúde, José Mauro de Castro Filho, e representantes de um grupo de médicos da cidade estabeleceu um protocolo para tratamento da Covid-19 na Capital. 

Pessoas sem sintomas que tiveram contato com casos confirmados e pacientes em fases iniciais dos sintomas serão tratados com ivermectina e hidroxicloroquina, respectivamente.

De acordo com o médico toxicologista Sandro Benites, que coordena o Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), que faz parte de um grupo composto por cerca de 200 médicos, esse protocolo será usado para tratar precocemente a doença, que ainda não tem cura.

“O prefeito é de acordo com o tratamento precoce, agora vamos só aguardar a questão da burocracia. 

A população de Campo Grande pode se tranquilizar, que ainda esse mês de julho, vamos ter a medicação disponível. Apesar dessa demora, é uma conquista muito grande que todos os nossos colegas tiveram”, declarou.

A Ivermectina, remédio para infecção causada por parasita, também utilizado para verme, vai ser usada de forma preventiva para os contactantes de casos confirmados e para os profissionais de saúde que estão na linha de frente. 

Já a hidroxicloroquina vai ser usada na fase inicial de quem apresenta sintomas. “Vamos lembrar que criança não pode usar esse tipo de medicamento. 

E toda essa medicação com prescrição médica e orientação de um profissional”, salientou Benites.

Entretanto, o secretário da Saúde da Capital já avisou que a compra desses medicamentos para disponibilização na rede de saúde da cidade depende de sua disponibilidade de entrega, já que em muitas cidades do país eles acabaram da prateleira de farmácias.

“É uma decisão do prefeito em adotar o protocolo, agora a vontade de adotar o protocolo também passa pela viabilidade de adquiri-los. 

Há necessidade de encontrar disponibilidade disso, de ver indústrias que possam fabricar esses medicamentos em larga escala, estamos falando de uma cidade de 1 milhão de habitantes. 

Então viabilizar o protocolo é outra discussão, que deve ser implementada junto ao nosso comitê de operações emergenciais”, observou Castro.

Segundo o secretário, a pasta tem encontrado muita dificuldade em conseguir os insumos necessários por conta da pandemia da Covid-19. 

O prazo para compra, ainda conforme o titular da pasta, tem variado de 20 a 30 dias, por conta do decreto de emergência em saúde. 

“O que vinha acontecendo ao longo do tempo com a Covid-19 e que muitas vezes você compra o insumo, compra o EPI e na hora de se entregar não se entrega. Então tem todos esses nós administrativos e do serviço público que acaba levando mais tempo”.

O secretário ainda lembrou que esse protocolo adotado não representa a cura para a doença, e sim uma forma de ajudar a nortear o trabalho dos médicos.

“Que a população não crie uma expectativa de que amanhã possa ter algum protocolo, algum tratamento e que se diga também, são protocolos sem uma comprovação de que possa ter um efeito de cura. 

Haverá necessidade de anuência, bem como o Ministério da Saúde recomenda, por parte do paciente, por parte do médico. A prescrição de qualquer medicamento é de autonomia médica. 

Então protocolo vem para auxiliar o médico no momento que ele tem que decidir”.

OUTRO LADO

O uso da hidroxicloroquina e da cloroquina foi amplamente discutido no Brasil, em função do incentivo do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). 

Porém, em última manifestação a Sociedade Brasileira de Infectologia, junto da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira já havia soltado nota para seus profissionais orientando para “não utilizar hidroxicloroquina ou cloroquina de rotina no tratamento da Covid-19 (recomendação fraca, nível de evidência baixo)”.

Segundo a presidente da Sociedade de Infectologia de Mato Grosso do Sul, Andrea Lidenberg, a entidade do Estado segue a recomendação nacional. 

Cujo informe publicado ontem diz que o “uso no tratamento da Covid-19 nos primeiros dias de doença, em casos de Covid-19 leve e moderada, está sendo avaliado e se aguardam os resultados”. 

“A Organização Mundial da Saúde (OMS), a FDA (agência reguladora de medicamentos dos EUA), a Sociedade Americana de Infectologia (IDSA) e o Instituto Nacional de Saúde Norte-Americano (NIH) recentemente recomendaram que não seja usado cloroquina, nem hidroxicloroquina para pacientes com Covid-19, exceto em pesquisas clínicas, devido à falta de benefício comprovado e potencial de toxicidade. 

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) também segue e recomenda tais decisões”, diz trecho do documento. 

O que é Ivermectina:

Ivermectina é um fármaco usado no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas. 

Entre elas estão a infestação por piolhos, sarna, oncocercose, estrongiloidíase, tricuríase, ascaridíase e filaríase linfática. Em infestações externas, pode ser administrada por via oral ou aplicada na pele.

Os efeitos secundários mais comuns são olhos vermelhos, pele seca e sensação de queimadura. Não é claro se a sua administração é segura durante a gravidez, embora seja provavelmente aceitável o seu uso durante a amamentação. 

A ivermectina pertence a uma classe de medicamentos denominada avermectinas. O mecanismo de ação consiste em fazer aumentar a permeabilidade da membrana celular do parasita, o que resulta na sua paralisia e morte.

A ivermectina foi descoberta em 1975 e introduzida no mercado em 1981. Faz parte da lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde, uma lista com os medicamentos mais seguros e eficazes fundamentais num sistema de saúde. Em outros animais é usada na prevenção e tratamento de dirofilariose e outras doenças.

Fonte: Wikipédia

Rio Brilhante

Capotagem na MS-470 deixa mulher morta e criança gravemente ferida

Os policiais, o motorista, que sofreu apenas ferimentos leves, confessou ter consumido bebida alcoólica antes de pegar a estrada

28/11/2024 14h00

Veículo ficou destruído com a capotagem

Veículo ficou destruído com a capotagem Imagens/ Rio Brilhante em Tempo Real

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Ana Paula Santos Pimenta, de 40 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira (28) após o veículo em que estava capotar na MS-470, nas proximidades do município de Rio Brilhante, a 160 quilômetros de Campo Grande. O motorista, que não teve identidade divulgada por estar sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação), confessou aos policiais que havia consumido bebida alcoólica antes de dirigir.

Segue uma versão revisada do trecho: **Segundo informações do site Rio Brilhante em Tempo Real, a vítima estava em um Chevrolet Corsa prata, com uma criança de 2 anos em seu colo, quando o acidente ocorreu por volta da meia-noite

Ao ser interrogado pelos militares, o motorista, que sofreu apenas ferimentos leves, relatou que trafegou pela rodovia quando passou pela direção “puxar”, o que o fez perder o controle do veículo, resultando na capotagem. Ana Paula e a criança foram lançadas para fora do carro. Todos os ocupantes foram encaminhados para o Hospital de Rio Brilhante, mas Ana Paula chegou ao local sem vida.

Até o momento, não há informações fornecidas sobre o estado de saúde da criança, que permanece internada em estado grave. O motorista sofreu ferimentos pelo corpo e avisado aos policiais ter consumido algumas doses de cachaça antes de dirigir, embora não apresentasse sinais aparentes de embriaguez.

Durante o interrogatório, enquanto buscavam informações sobre o acidente, os policiais solicitaram os documentos do motorista e constataram que ele não possuía CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e que o veículo estava com a licença vencida.

 

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MATO GROSSO DO SUL

Fazenda no Pantanal de MS mantinha 15 sob 'trabalho escravo'

Entre as demais condições desumanas, a alimentação era fornecida semanalmente pelos empregadores e considerada insuficiente, o que obrigava os funcionários locais a caçarem

28/11/2024 12h54

Operação de resgate contou com apoio das policias Militar e Federal, além de equipes dos ministérios do trabalho (MTE e MPT)

Operação de resgate contou com apoio das policias Militar e Federal, além de equipes dos ministérios do trabalho (MTE e MPT) Reprodução/PF

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Operação de resgate envolvendo os ministérios do trabalho (MPT e MTE) encontrou, em uma fazenda no Pantanal de Mato Grosso do Sul, 15 pessoas trabalhando em situações análogas à de escravo. 

Segundo a Polícia Federal em Nota, distante aproximadamente 425 km da Capital, Campo Grande, o flagrante foi registrado no município de Corumbá, sendo que denúncias foram responsáveis por desencadear a operação. 

Quanto às graves violações de direito, os trabalhadores que estavam em uma região "remota e de difícil acesso, alcançada apenas após três dias de viagem de barco", essas pessoas estavam expostas a: 

  • Privação de água potável;
  • Alimentação insuficiente e 
  • Impedimento de deixar o local de trabalho. 

Imagens obtidas pelo trabalho de investigação mostram, por exemplo, que a água disponível para esses trabalhadores era imprópria para consumo, o que gerava nessas pessoas constantes casos de diarreia. 

Entenda

Entre as demais condições desumanas, a alimentação era fornecida semanalmente pelos empregadores e considerada insuficiente, o que obrigava os funcionários locais a caçarem para complementar as próprias refeições 

Operação de resgate contou com apoio das policias Militar e Federal, além de equipes dos ministérios do trabalho (MTE e MPT)Reprodução/PF

Além disso, o local reservado como alojamento desses trabalhadores eram improvisados, com um punhado de madeiras montando o que seriam os pilares e estruturas, que eram cobertos e envolvidos por lonas e material vegetal seco. 

Sem qualquer proteção, para afastar animais ou mesmo as condições mais adversas do clima (como vento e chuva) os funcionários se amontoavam em camas e redes dispostas entre as cabanas e cobertas com mosquiteiros. 

Sem instalações sanitárias ou água para banho, esses  trabalhadores eram ainda ameaçados, segundo a Polícia Federal em nota, para que não denunciassem a situação.

Investigação detalhada permitiu que o operação policial não só identificasse exatamente onde os trabalhadores estavam alojados, como também possibilitou o resgate seguro. 

Depois disso, foi garantida assistência imediata às vítimas, que recebem também acompanhamento à partir desse momento, bem como suporte para restabelecer seus direitos trabalhistas e sociais.

"Os empregadores responderão pelas sanções administrativas e trabalhistas cabíveis, sem prejuízo de sua responsabilização criminal pelo crime de redução a condição análoga à escravidão", expõe a PF.

'Lista Suja'

Conforme última atualização do Ministério do Trabalho e Emprego da chamada "Lista Suja", ao todo seis propriedades de Mato Grosso do Sul entraram, neste ano de 2024, na relação de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. 

Cabe lembrar que, ainda no fim de 2023, como bem acompanha o Correio do Estado, a "Lista Suja" tinha 21 propriedades sul-mato-grossenses relacionadas. 

Ainda em 07 de outubro veio a público a última atualização da Lista, por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontando que, dos 727 nomes totais, 13 propriedades de Mato Grosso do Sul aparecem relacionadas atualmente. 

Vale lembrar que, nessa leva recente de atualização, até mesmo Emival Eterno da Costa - o popular cantor Leonardo - entrou para a "lista suja do trabalho escravo do MTE. 

Na série histórica, desde 1995, Mato Grosso do Sul já acumula 3.112 trabalhadores em Condições análogas à escravidão encontrados pela Inspeção do Trabalho. 

Nesse período, o ranking de municípios de MS com mais autos de infração lavrados são: 

  1. º 317 - Água Clara
  2. º 258 - Corumbá
  3. º 224 - Porto Murtinho 
  4. º 220 - Ribas do Rio Pardo
  5. º 163 - Brasilândia. 

No último ano, 77 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à de escravo pela Inspeção do Trabalho, com Corumbá liderando o ranking. 

Conforme o MTE, na Cidade Branca, em 2023, 49 autos de infração foram lavrados no município corumbaense, seguido por: Porto Murtinho (30); Aquidauana (25); Bela Vista (20) e Nova Alvorada do Sul (14). 

 

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