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Capitão de aeronave de MS explica o perigo dos drones de Whindersson em Porto Alegre

Atuando no salvamento das vítimas da enchente do Rio Grande do Sul, capitão de aeronave de MS diz que é preciso prudência com uso de drones para não prejudicar o trabalho de resgate

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O humorista Whindersson Nunes, que arrecadou R$ 3 milhões para vítimas da enchente no Rio Grande do Sul, utilizou a rede social X (antigo Twitter), para comunicar a possibilidade da utilização de drones que seriam usados para sobrevoar prédios e socorrer famílias que ficaram ilhadas.

A publicação gerou preocupação e ficou entre os assuntos mais comentados da rede social. Vários usuários chegaram a alertar que a Defesa Civil gaúcha proibiu o uso do equipamento que coloca em risco outras aeronaves de resgate na região.

 

 

 

O tenente-coronel da polícia Militar Gimenez de Mato Grosso do Sul, que pilota uma das aeronaves que estão atuando na força tarefa no Rio Grande do Sul, explicou ao Correio do Estado que mesmo que o drone seja utilizado de boa vontade para localizar pessoas pode colocar em risco a segurança de voo. 

 "Ele acaba que coloca em risco todas as aeronaves porque tem a possibilidade de colisão e a gente não consegue enxergar. E a utilização nesse sentido, para essa finalidade, acaba que tem um custo-benefício pequeno. À noite existe ainda a utilização de aeronaves que voam, que tem possibilidade de voar noturno e durante a noite a gente não consegue visualizar nem da aeronave, nem do drone que precisa de um equipamento específico para isso que é o óculos de visão noturna, ou uma câmara termal, então essa ferramenta acaba prejudicando mais a segurança de voo do que contribuindo nessa fase da operação", explicou Gimenez. 

Além disso, segundo Gimenez, são aproximadamente 50 aeronaves trabalhando, com controle de espaço aéreo, implementado rigorosamente para a operação de resgate das vítimas, mantendo a separação da aeronave nos seguintes pontos: 

  • Pouso decolagem;
  • Altitude e longitude (previamente acertada para não ocorrer colisão); 

Segurança

"[O drone] é mais uma variável que a gente tem que se preocupar, já foram reportados alguns drones que passaram muito próximo das aeronaves,  colocando em risco toda a tripulação, podendo ocasionar uma colisão e até com vítimas", destacou Gimenez.

Ainda, no dia 4 de maio, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, proibiu o uso de drones para resguardar as aeronaves de resgates de estão atuando na região. Veja a nota na íntegra:

"Após detectar o sobrevoo de diversos drones civis em áreas de resgate, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), impôs restrições ao uso de equipamentos que não pertençam aos órgãos envolvidos nos salvamentos.

A medida foi adotada para garantir a segurança das aeronaves tripuladas que operam nas missões de resgate. Segundo informações divulgadas neste sábado (4/5), a Defesa Civil do Estado tem recebido notificações frequentes sobre drones civis levantados para capturar imagens das áreas alagadas.

A prática, neste momento, compromete a segurança dos voos das aeronaves de socorro, o que expõe tanto as equipes de resgate quanto as pessoas em situação de risco e que aguardam salvamento".

As autoridades, estão pedindo que os voluntários que queiram ajudar nos resgates alinhem a atuação com o governo do Rio Grande do Sul, para que desta forma, não prejudiquem o trabalho das equipes que estão atuando ininterruptamente. 

 

Equipe de Mato Grosso do Sul

Durante uma entrevista do governador Eduardo Leite (PSDB), concedida para a Globo News, na quinta-feira (09), ohelicóptero da da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sejusp), "Fronteira 03", foi flagrado pelo GloboCop, durante o resgate de uma família que estava ilhada no telhado de uma residência em Eldorado do Sul (RS).

O resgate chamou atenção devido uma das mulheres ter sido içada agarrada ao cachorrinho da família. No momento do resgate o governador Eduardo Leite, chegou a agradecer o apoio de aeronaves de outros estados que estão prestando apoio inestimável para a população do Rio Grande do Sul. 

Desde o dia 4 de maio na região, equipes de MS, estão atuando no salvamento pelo ar e na água. Já resgataram mulheres, crianças, idosos e animais, além de ter feito o transporte de uma equipe da Starlink para reestabelecer comunicações em regiões em que não havia sinal de telefonia.

Confira a atualização feito pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul neste domingo (12)

  • Municípios afetados: 446
  • Pessoas em abrigos: 81.285
  • Desalojados: 538.284
  • Afetados: 2.115.704
  • Feridos: 806
  • Desaparecidos: 131
  • Óbitos confirmados: 143
  • Óbitos em investigação*: 0
  • Pessoas resgatadas: 76.399
  • Animais resgatados: 10.555
  • Efetivo: 27.589
  • Viaturas: 4.398
  • Aeronaves: 41
  • Embarcações: 340

 

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Colapso na saúde

Deputado protocola ação pedindo intervenção urgente do Estado na saúde de Campo Grande

O parlamentar classifica a situação do SUS da Capital como grave e à beira de um colapso

19/12/2025 18h15

Saúde de Campo Grande é alvo de ações e acumula discussões por estar

Saúde de Campo Grande é alvo de ações e acumula discussões por estar "à beira de um colapso" FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O deputado estadual Pedrossian Neto entrou com uma ação no Ministério Público de Mato Grosso do Sul pedindo que o Governo do Estado adote medidas e providências na saúde de Campo Grande. 

O parlamentar classifica o quadro como “grave, estrutural e persistente”, além de “risco concreto de desassistência à população”. 

No documento encaminhado ao procurador-geral de Justiça, Romão Ávila, o deputado afirma que a crise na saúde da Capital não apresenta mais episódio pontuais de descaso, mas, sim, falhas recorrentes de organização, financiamento e governança, afetando diretamente na segurança dos pacientes, capacidade de resposta da rede de urgência e emergência, além do funcionamento regular do Sistema Único de Saúde. 

Um dos pontos centrais do pedido é a situação da Santa Casa de Campo Grande, o maior em atendimento do SUS no Estado e referência em urgência, emergência e alta complexidade. 

O documento mostra alertas e registros públicos que apontam superlotação extrema, atendimento de pacientes em corredores e macas, ocupação acima da capacidade e risco iminente de um colapso assistencial, repercutindo em toda a rede estadual. 

Além disso, o hospital sofre com desabastecimento de insumos e medicamentos na área de urgência e atenção básica, segundo já foi alertado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MS), além de falhas estruturais na rede de odontologia, como comunicado pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO-MS), o que já levou à paralisação de atendimentos e prejuízo à assistência. 

Pedrossian ainda destacou a fragilidade da governança da saúde municipal, evidenciada pela reprovação do Relatório Anual de Gestão da Saúde de 2024 pelo Conselho Municipal de Saúde, aliado à ausência de secretário municipal de Saúde, deixando a pasta sob condução de um comitê gestor, que não condiz com o princípio de direção única do SUS. 

Para o deputado, a intervenção estadual não se trata de uma medida política, mas de “providência excepcional prevista na Constituição, necessária para assegurar a continuidade de um serviço público essencial, evitar um colapso sistêmico e proteger o direito à saúde da população”. 

PLANO DE AÇÃO

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul determinou na última quinta-feira (18) que o Estado de Mato Grosso do Sul e o Município de Campo Grande têm 90 dias para apresentarem um Plano de Ação que se mostre eficaz à plena retomada do atendimento integral no Hospital Santa Casa. 

A decisão foi dada após o MPMS entrar com uma Ação Civil com o objetivo de impedir o agravamento da crise assistencial enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande. 

O hospital, maior do Estado que atende o Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta problemas constantes de superlotação extrema, falta de insumos, dívidas acumuladas com médicos e fornecedores, comprometendo a continuidade dos serviços prestados. 

Na ação, o MPMS descreve o cenário como um “colapso institucional”, com setores essenciais funcionando muito acima da capacidade, superlotação do pronto-socorro agravada por uma reforma iniciada sem planejamento financeiro e sem conclusão após mais de dois anos de obras. 

Segundo o órgão, a unidade funciona em condições precárias há anos, com pacientes aguardando atendimento em ambiente inadequado, como os corredores, além do desabastecimento de medicamentos e insumos, falta de materiais cirúrgicos, dívidas com médicos e prestadores e o risco real de paralisação de atendimentos de alta complexibilidade. 

Diante desse quadro, o Estado e o Município, com a participação da Santa Casa, têm 90 dias para apresentarem um plano emergencial concreto voltado para a regularização integral dos atendimentos, regularização dos estoques, reorganização do fluxo do Pronto-Socorro, além de garantir um cronograma físico-financeiro para a retomada plena dos serviços. 

Em caso de descumprimento, deve ser aplicada multa no valor de R$ 12 milhões mensais, valor correspondente ao déficit apontado pelo hospital. O valor deve ser pago de forma dividida igualmente entre o Estado e o Município, mediante o sequestro de R$ 6 milhões das contas de cada um. 

A decisão da 76ª Promotoria de Justiça enfatiza que a situação ultrapassou o limite da gestão interna do hospital e ameaça diretamente o direito fundamental à saúde. 

“A ação civil pública destaca que o que está em risco não é apenas a administração de um hospital, mas a vida de milhares de pacientes que dependem diariamente da Santa Casa. A crise instalada ultrapassa qualquer margem de tolerância administrativa, e o MPMS atua para impedir que a situação se transforme em tragédia assistencial, garantindo respostas imediatas e soluções estruturais para que o SUS continue a prestar atendimento em saúde com segurança e respeito ao cidadão”, ressaltou o Ministério Público. 
 

Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

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