Cidades

CAPITAL

Carnaval de Campo Grande terá 400 PMs por dia na Esplanada

Evento na Esplanada Ferroviária conta ainda com a presença do Corpo de Bombeiros e mais de 370 guardas municipais que fazem a segurança desse e outros pontos de folia

Continue lendo...

Nesta sexta-feira (28) começa oficialmente o Carnaval de Campo Grande e, com expectativa de receber um total de 120 mil foliões durante todos os dias de festividade, os agentes da segurança pública foram reforçados para garantir a alegria e prevenir os perigos. 

Em coletiva na manhã desta quinta-feira (27), onde o Governo do Estado reuniu além de representantes das forças de segurança, diversas entidades ligadas à celebração do Carnaval, foi revelado que o policiamento da Esplanada irá contar com 400 policiais militares diariamente, até o próximo 08 de março.

Segundo coronel Emerson de Almeida, comandante de policiamento metropolitano da Polícia Militar, a PM estará em todos os lugares de concentração do carnaval, inclusive em municípios sem atrações ou eventos específicos, com o policiamento ordinário. 

Para Campo Grande, ele esclareceu que a agenda de organização das forças começou ainda em 15 de fevereiro. 

"A partir de sexta-feira, dia 28, até o dia 4 de março, nós estamos com a média de 400 policiais empregados. Trabalhar para que a gente consiga levar segurança de qualidade, que as pessoas possam se divertir com a família e aquele também não gosta do Carnaval e possa ser preservado nesses dias", complementa. 

Pode ou não? 

Quando o assunto é Carnaval certos assuntos são recorrentes, principalmente em relação à folia de blocos em Campo Grande, que apesar de ganhar maiores proporções com o passar do tempo ainda ajusta os parâmetros na base da "tentativa e erro". 

Polêmica do passado, o gelo voltou a ser assunto na coletiva de hoje (27), com o comandante de policiamento explicando que não é mais proibido, porém há ressalvas. 

"Fizemos apenas no primeiro ano e mudou a metodologia de segurança, então a gente foi um pouco mais severo nas restrições, mas depois a gente já aboliu", comentou. 

Com isso, o folião fica liberado para entrar na esplanada com "cooler" próprio e o gelo, desde que essa não esteja no formato de barra. 

"Pode levar seu 'cooler' com gelo raspado ou em cubo. Só o que a gente proíbe é o gelo em barra, justamente para não virar como uma arma em lançamento", completa. 

Além disso, quem optar por curtir a folia ao lado do "melhor amigo" os pets, ou seja, os animais de estimação, também estão livres para cair na folia já que sua entrada e circulação não será proibida na Esplanada.

Organização e ruas fechadas

O comandante de policiamento metropolitano explica que o Carnaval de 2025 será o terceiro ano com fechamento de ruas específicas, sendo os mesmos dos dois pontos dos anos anteriores, contribuindo com um ar "característico" e de padronização da folia local. 

"Para dar segurança para o folia, para que ele possa ter o espaço preservado e conseguir se divertir", cita o coronel Emerson de Almeida Vicente. 

De acordo com a Polícia Militar, a folia na Esplanada Ferroviária terá dois acessos, com entradas:

  • Pela Mato Grosso com a 13
  • Pela Calógeras com Antônio Maria Coelho.

Além da PM, o Corpo de Bombeiros Militar também estará a postos na festa, segundo o tenente Bandeira, que indica a presença de sete viaturas na Esplanada com cerca de quatro agentes em cada. 

Já a Guarda Civil Metropolitana traz números próprios da corporação empregados para a segurança na folia, segundo o subtenente da GCM, Alexandre Pedroso. 

Serão 397 Guardas Civis Metropolitanos empregados para segurança, além de 70 motos e outras 40 viaturas de quatro rodas, rondando entre os pontos de folia para além da Esplanada, como na Orla Morena e também Praça do Papa. 

Campanhas de segurança

Como estratégia de prevenção nesse período, diante do aumento do consumo de alcoolismo, a Guarda Municipal irá colocar dois agentes em cada Unidade de Pronto Atendimento, para segurança em casos de violência doméstica, por exemplo, indica o subtenente da guarda. 

Coronel Emerson complementa a fala nesse sentido, indicando que os policiais militares também estarão orientados como patrulha de prevenção ao ciclo de violência contra a mulher. 

"Nossos policiais vão estar com o 'bóton' junto ao Carnaval, é uma campanha entre a PM e o Ministério Público, uma parceria do 'Não é Não'. Teremos o vídeo institucional no camarote do Detran, levando a mensagem para as mulheres ali presentes". 

Por fim, ele orienta que as mulheres que, por qualquer situação, vivenciem a sensação de insegurança, que procurem os policiais mais próximos. 

"Infelizmente, que carnaval não é o carnaval em si, mas o encontro de pessoas, e tem quem aproveite o momento para o assédio. A gente busca que prevaleça essa máxima, uma frase curta, forte. Que as mulheres que estejam no Carnaval possam buscar e ser protegidas pelas equipes policiais", conclui. 

 

Assine o Correio do Estado

EM CRISE

Fundo para financiar transporte coletivo da Capital pode nem sair do papel

Idealizado em outubro pela Câmara Municipal, projeto está em análise e corre risco de ser inconstitucional, diz especialista

10/12/2025 09h00

Usuários do transporte coletivo podem não ter ônibus a partir de segunda-feira, caso ameaça de greve se concretize

Usuários do transporte coletivo podem não ter ônibus a partir de segunda-feira, caso ameaça de greve se concretize Gerson Oliveira

Continue Lendo...

Idealizado pela Câmara Municipal de Campo Grande visando levar segurança financeira ao transporte público da Capital, o Fundo Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (FMMUT) pode nem sair do papel por correr risco de ser inconstitucional, segundo especialista em Direito entrevistado pelo Correio do Estado.

Em 23 de outubro, um dia depois dos motoristas pararem por 1 hora e 30 minutos a circulação dos ônibus em Campo Grande, a Casa de Leis criou o Projeto de Lei nº. 12.127/2025. Conforme consta no texto que define detalhes sobre o fundo, o objetivo dele é “assegurar a captação, gestão e aplicação de recursos destinados à execução de políticas públicas voltadas à mobilidade urbana, ao transporte coletivo e à infraestrutura viária”.

Contudo, segundo o professor de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Sandro Rogério Monteiro de Oliveira, o projeto tem um teor do chamado vício de iniciativa, que é quando um projeto de lei é criado por quem não tem a prerrogativa constitucional para tal, sendo reservada essa prerrogativa a um dos Poderes (Executivo, Legislativo ou Judiciário).

“Em tese tem vício de iniciativa, deveria ser de iniciativa do Executivo Municipal”, afirma.

O especialista também chama a atenção para a ausência de justificativa legal para o projeto virar lei. Nas justificativas presentes no projeto, o presidente da Câmara Municipal, Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), cita a importância do Fundo para o transporte público de Campo Grande e o contexto atual de necessidade urgente do projeto ser aprovado, mas não cita leis ou outras normas.

“Com o Fundo, o Município passa a dispor de um instrumento permanente de financiamento e de planejamento estratégico, capaz de garantir maior estabilidade e autonomia à gestão pública da mobilidade”, diz Papy em uma das justificativas, além de acrescentar que o transporte coletivo enfrenta dificuldades financeiras e operacionais.

Caso seja comprovado o vício de iniciativa por parte da Casa de Leis, Sandro afirma que “haveria necessidade de intervenção judicial provocado pelo Executivo Municipal”.

À reportagem, a Câmara Municipal disse que o projeto segue em tramitação para “conhecimento das Comissões Permanentes”, para que depois seja levado à votação no plenário. Porém, segundo informações obtidas pela reportagem, o projeto não foi à votação porque a Procuradoria Jurídica da Casa analisa a legalidade da iniciativa. Caso seja deliberada sua aprovação, o Fundo vai entrar em vigor dentro de 90 dias a partir de sua publicação.

DETALHES

Segundo o texto do projeto em tramitação na Câmara, a ideia é que o Fundo seja gerido por um Comitê Gestor, que será formado por representantes da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), além de pessoas da sociedade civil ligadas ao tema.

Ao todo, as receitas do Fundo poderão ser provenientes de nove espaços diferentes, a maioria ligados a atividades e projetos públicos relacionados à mobilidade urbana e ao transporte público. Ademais, recursos oriundos dos executivos Municipal, estadual e federal também poderão compor a ferramenta.

O projeto prevê também que no final de cada trimestre, o comitê gestor seja responsável por emitir um relatório de gestão e aplicação de recursos, que deverá conter: a origem e destinação dos recursos; os projetos e ações financiados; os resultados obtidos e indicadores de desempenho; e o saldo financeiro e a execução orçamentária do Fundo.

Além disso, a movimentação financeira e as aplicações do Fundo deverão ser publicadas mensalmente no Portal da Transparência do Município.

A Casa de Leis ainda deixa claro que, caso o Fundo seja extinto, o “saldo remanescente será transferido ao Tesouro Municipal, após a quitação de todas as obrigações e compromissos assumidos”.

CRISE

Na sexta-feira, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte público de Campo Grande desde 2012, anunciou que está em crise financeira, sob alegação de inadimplência do poder público acerca dos repasses, que beiram os R$ 35,8 milhões anuais (R$ 22,8 milhões do Município e R$ 13 milhões do Estado).

Segundo o comunicado da empresa, as consequências da suposta dívida serão o não pagamento dos direitos dos motoristas dos ônibus, já que os vencimentos de dezembro (salário, vale e 13º) devem atrasar.

Como informado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Demétrios Freitas, ao Correio do Estado, essa situação do Consórcio pode colocar em risco a circulação do transporte público, já que uma paralisação está em debate pela categoria.

Na semana passada, o governo do Estado já havia dito que estava em dia com o acordado no convênio. Ontem, a Prefeitura retornou os contatos feitos pela reportagem e também disse que está adimplente com suas obrigações financeiras previstas no contrato, ou seja, contrariando a versão dada inicialmente pelo Consórcio. Além disso, prestou esclarecimentos sobre uma possível greve dos motoristas perante a situação.

“Em relação à possibilidade de interrupção dos serviços de transporte público, o Município não foi informado previamente sobre possível paralisação ou greve geral, estando tal movimento suscetível a sanções contratuais previstas”, afirma o Executivo Municipal em resposta enviada ao Correio do Estado.

Porém, em mais uma guerra de narrativas, o Consórcio Guaicurus informou que o valor da dívida a curto prazo do poder público é de R$ 13,2 milhões, o que corresponde a pouco mais de um terço do repasse total. Também, a empresa disse que R$ 7.215.313,96 desse montante “representam apenas a quantia mais recente e urgente da dívida pendente”.

*SAIBA

Os motoristas de ônibus fazem amanhã assembleia para decidirem detalhes sobre a greve, incluindo a data. Conforme dito pelo presidente do sindicato, há risco de os ônibus não circularem na segunda-feira.

Assine o Correio do Estado

TRAGÉDIA

Homem morre após bater em traseira de carreta e ter carro esmagado

Acidente aconteceu na noite desta terça-feira (9), vítima estava em um Ford Fiesta

10/12/2025 08h45

Acidente aconteceu na noite desta terça-feira (9), vítima tinha 54 anos

Acidente aconteceu na noite desta terça-feira (9), vítima tinha 54 anos Reprodução: Jornal da Nova

Continue Lendo...

Um acidente fatal registrado na noite de terça-feira (9) na rodovia MS-267, em Nova Andradina, resultou na morte de Marcos Alves de Souza, 54 anos, morador de Garça (SP). Ele conduzia um Ford Fiesta quando colidiu violentamente contra a traseira de uma carreta bitrem que seguia no mesmo sentido da via.

A Polícia Civil foi acionada após comunicação da PRF de Nova Casa Verde sobre a ocorrência. No trecho indicado, os investigadores constataram que ambos os veículos trafegavam na mesma direção no momento da colisão. Com o impacto extremamente forte, o Fiesta ficou totalmente destruído. Marcos não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local, antes da chegada da equipe de resgate.

De acordo com informações do portal Dourados Agora, o motorista da carreta relatou que, inicialmente, sentiu apenas uma leve oscilação na carroceria e não percebeu que havia sido atingido. Ele só parou o caminhão cerca de 500 metros à frente, ao notar que algo estava errado.

Segundo o boletim de ocorrência, os elementos apurados até agora indicam que o acidente pode ter sido provocado pelo próprio condutor do Fiesta. A Polícia Civil segue investigando o caso, e o laudo pericial deverá apontar as circunstâncias finais da batida.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).