Cidades

Campo Grande

Carreta arrebenta fios de alta tensão e bloqueia trechos da Afonso Pena

O acidente deixou diversos quarteirões sem semáforos funcionais, e os comerciantes reclamam dos prejuízos causados pela falta de energia elétrica.

Continue lendo...

Um caminhão que transportava maquinário agrícola arrebentou fios de alta tensão e deixou parte da região central de Campo Grande sem semáforos e sem energia elétrica na tarde desta terça-feira (1º). O trânsito na área está lento, e os comerciantes estimam prejuízos devido à falta de luz. Um pedestre que passava pelo local no momento do acidente sofreu ferimentos leves no nariz, mas não precisou de atendimento médico.

Em entrevista ao Correio do Estado, o motorista, que preferiu não se identificar, alegou que não é de Campo Grande. Ele decidiu acessar a Avenida Afonso Pena após o GPS indicar que o caminho mais fácil para chegar ao macroanel sentido Três Lagoas seria pela região central.

Divulgação/ 

A carreta que mede 24 metros de comprimento e 3,20 metros de altura, ao passar pelo quadra entre Afonso Pena com a 13 de maio, acabou se enroscando em meio aos fios de alta tensão desligando todos os semáforos da região e deixando os trabalhadores sem energia elétrica e com prejuízo enorme por não conseguirem trabalhar. 

A gerente de uma conveniência de um posto de combustível em frente ao acidente relatou que, apesar do prejuízo, levou um susto. Um pedestre ficou ferido quando os fios de alta tensão atingiram seu nariz. Em entrevista ao Correio do Estado, ela estimou que o prejuízo de hoje é de aproximadamente 8 mil reais. 

"Acabei de abastecer o meu estabelecimento, escuto o barulho. Um pedestre que passava pela via ficou ferido, porque o fio acertou o seu nariz, mas ele seguiu em frente. Agora sem luz e internet, sabendo que o meu dia é no horário de pico, acabou. O prejuízo é enorme porque está tudo descongelando. Posso estimar uns 8 mil de prejuízo", relatou. 

Equipes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estão no local organizando o fluxo de veículos. A Energisa e a Engelmig também estão na região central, trabalhando rapidamente para restabelecer a eletricidade.

Fotos: João Gabriel Vilalba 

Carretas podem trafegar pelo centro? 

De acordo com um decreto municipal, o veículo não poderia transitar pela região central de Campo Grande. Embora o motorista não tenha informado o peso da carga, caminhões acima de 5,1 metros de altura e 18 toneladas estão proibidos de acessar essa área.

Para os policiais, o motorista também alegou que não havia nenhuma placa de sinalização ao longo do trajeto, apontando essa irregularidade como justificativa.

 

  • Veículos até uma tonelada (veículo leve) horário livre;
  • Veículo Urbano de Carga VUC até de 5,1 toneladas das 20h às 10h;
  •  Veículo transportador de bebidas até 12 toneladas das 20h às 9h;
  • Veículo Leve de Carga VLC até 12,5 toneladas das 20h às 7h;
  • Veículo transportador de caçamba até 16 toneladas das 20h às 6h 30min; e
  •  Veículo Pesado até 18 toneladas das 20h às 6h.

Aos sábados, a prefeitura estabeleceu uma flexibilização para a circulação de veículos pesados, permitindo o tráfego a partir das 14 horas. Nos domingos e feriados, o fluxo é livre.

Questionado pelos policiais, o motorista argumentou que não havia nenhuma placa de sinalização ao longo do caminho que indicasse a proibição de passagem pela região. 

A reportagem entrou em contato com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), que informou que o motorista será notificado pela infração e pelos danos causados ao romper os fios de alta tensão.

 

Fotos: João Gabriel Vilalba

Assine o Correio do Estado

 

 

 

Cidades

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Maioria dos casos prováveis foram entre mulheres

10/03/2025 22h00

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70% 41330/PIXABAY

Continue Lendo...

De janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

São Paulo lidera o ranking de estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).

Análise

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil registrou uma redução de 69,25% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024.

O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025.

“A queda demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, e reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução”, avaliou a pasta.

Dados do ministério indicam que, nos primeiros meses de 2024, o Brasil havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos e 85 em análise.

Saúde

Padilha defende combate à dengue com Estados e municípios e política permanente contra doenças

Novo ministro pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde

10/03/2025 21h00

Mosquito da dengue

Mosquito da dengue Reprodução, Fiocruz

Continue Lendo...

O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o combate à dengue deve ser feito a partir de um trabalho conjunto entre o governo federal, os Estados e os municípios. Defendeu que o enfrentamento à covid-19 sirva de aprendizado para estabelecer uma política de combate à dengue e que haja uma "política permanente de Estado para enfrentarmos novas pandemias".

"A pandemia de covid-19, a um custo muito alto, nos apontou caminhos para enfrentar possíveis surtos e endemias. Só se enfrenta o problema de saúde pública com ciência. Isso significa ter profissionais mobilizados e bem orientados, estabelecer mensagem correta para mobilização das famílias e comunidades. Unir esforços em vez alimentar conflitos políticos entre União, Estados e municípios", declarou, em seu discurso de posse nesta segunda-feira, 10.

"Essa é a nossa diretriz nas ações contra a dengue. Porque o mosquito não é do prefeito, do governador ou do presidente. Ele está dentro das casas das pessoas e dos locais de trabalho. Somente seremos bem sucedidos em reduzir os focos do mosquito, a transmissão da doença e os casos graves e óbitos se trabalharmos juntos", completou o novo ministro da Saúde.

O novo ministro da Saúde disse que pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde. Padilha afirmou que seu único inimigo à frente do Ministério da Saúde será o "negacionismo" e que pretende "impulsionar um amplo movimento nacional pela vacinação".

Padilha defendeu, ainda, a revisão da tabela SUS, modelo de remuneração que complementa os pagamentos dos hospitais pelo Sistema Único de saúde. Disse que pretende estabelecer um novo modelo que sinalize aos Estados, municípios e à rede privada que o SUS pagará mais pelos atendimentos.

"Sei que a tabela SUS, da forma como remunera os serviços hoje, não acabará com a peregrinação do nosso povo por atendimento médico especialista. Teremos a coragem e ousadia necessárias para superar o modelo da tabela SUS, enterrá-lo de uma vez por todas e criar um novo modelo que garanta acesso à nossa população. Começaremos essa superação pelos procedimentos que mais geram tempo de espera, como as ofertas de cuidado integral propostas pela equipe da ministra Nísia", declarou.

"Queremos um novo modelo de remuneração que sinalize aos Estados, municípios e aos serviços privados que pagaremos mais e melhor para o atendimento especializado que aconteça no tempo correto. Uma tabela que poupe o tempo e reduza o tempo de espera", afirmou.

Padilha tomou posse nesta segunda-feira como novo ministro da Saúde. Ele, que já ocupou a pasta de 2011 a 2014, substitui Nísia Trindade. A Secretaria de Relações Institucionais, que era ocupada por Padilha, será comandada, a partir de agora, por Gleisi Hoffmann, que também tomou posse nesta segunda-feira. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, estava lotada com autoridades e convidados presentes.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).