Cidades

Prejuízo

Carreta que devia divertir rompe fios e deixa bairro sem luz em Campo Grande

Na noite de sábado (05), a Carreta da Alegria deixou mais de 80 consumidores sem energia elétrica ao arrancar a fiação no bairro Santa Luzia, em Campo Grande

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Em menos de uma semana, mais uma carreta rompeu fios de energia e deixou pelo menos 80 consumidores sem luz por por aproximadamente quatro horas no bairro Santa Luzia, em Campo Grande.

Desta vez, o veículo em questão atingiu cabos de energia. Trata-se da carreta que ficou popular nos bairros da Capital por promover eventos com personagens temáticos que saltam, brincam com o público e divertem as crianças.

O incidente na rua Santo André ocorreu no sábado (05). Populares que estavam sentados na calçada se divertiam com a passagem da carreta quando houve o contato com os cabos de energia.

A reportagem teve acesso ao vídeo de uma moradora que registrou o momento em que o caminhão atingiu a fiação elétrica, levando pânico aos moradores.

 

 

Crédito: João Gabriel Vilalba

Outro caso

No dia 1º de outubro, conforme noticiado pelo Correio do Estado, um caminhão passou pela Avenida Afonso Pena e acabou arrancando a fiação dos serviços de telefonia e televisão, assim como desativou a sinalização semafórica.

 

Segurança

O coordenador de construção e manutenção da Energisa, João Ricardo Costa Nascimento, salientou que, acima de tudo, diante de acidentes que envolvam rompimento de cabos de energia, a população precisa buscar segurança.

Na questão da Avenida Afonso Pena, os cabos de telefonia ficam a cinco metros e meio do solo.

“Muitas vezes, como esses cabos estão em desuso e ainda estão nas estruturas, acontece a situação de abalroamento. Vem um caminhão, um veículo de grande porte, e acaba enroscado nesses cabos, e esse contato ocasiona um evento na estrutura elétrica”, explicou João Ricardo.

Diante desses eventos, siga a recomendação repassada pela concessionária:

  • Ao manobrar caminhões, cuidado com a rede elétrica. Verifique a altura do caminhão e também da rede;
  • Caso esteja em um veículo e o cabo de energia romper, não desça nem toque em nada metálico do carro;
  • Quando se trata de rede de distribuição, não existe cabo isolado, sempre considere o condutor como energizado.
  • Mantenha distância do cabo elétrico e acione a concessionária de energia.

Saiba o que fazer

Na situação em que o caminhão da Santa Luzia atingiu a rede elétrica, afastou-se, dando ré. No momento em que os funcionários chegaram a saltar para sinalizar, o coordenador voltou a frisar que evitar o toque na estrutura é essencial para a manutenção da segurança.

“Para esses casos, tudo que envolve abalroamento com a rede de energia elétrica, o mais importante de tudo é manter a distância, não tocar em nenhum cabo e em nenhum condutor.”

O que diz a equipe da carreta?

Como a empresa que circula pelas ruas de Campo Grande vem de fora do estado, a reportagem falou com a funcionária responsável pelas redes sociais da Carreta da Alegria.

Em conversa, a responsável pelas redes sociais disse que não tomou conhecimento do ocorrido e que os responsáveis que estão com a carreta saberiam responder.

Ao ser questionada sobre licenças para para circular, informou que a documentação está em dia.

“A gente tem toda a autorização da Prefeitura e do trânsito para funcionar tudo”, disse Maria Eduarda.

Fiscalização

A Agência de Transporte e Trânsito (Agetran) informou que a altura máxima permitida para circular na Cidade Morena é de 4,4 metros.

Sobre o incidente, informou que a Guarda Civil Metropolitana esteve no local para zelar pela segurança dos populares. Entretanto, a questão da autorização para circulação foi pontuada como de responsabilidade do Detran-MS. Veja a nota:

“É importante ressaltar que, por se tratar de uma empresa de fora, todas as questões relacionadas a vistoria e autorização para que os veículos circulem na cidade ficam a critério do Detran. A Agetran é responsável apenas pela fiscalização da movimentação desses veículos nas ruas, tarefa que também pode ser realizada pela Guarda Civil Municipal e pelo BPMTran.”

A reportagem entrou em contato com a assessoria do Detran-MS, porém até o fechamento do material não objeve resposta. Assim que a nota chegar será atualizada no texto.

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Cidades

Umidade chega a 8% e é considerada a mais baixa do ano em Campo Grande

Capital também registrou a segunda maior temperatura de 2024, até as 16h, os termômetros registraram 39,7°C. Chuva deve chegar nesta quarta-feira (09) para amenizar calor e tempo seco

07/10/2024 17h15

Umidade chega a 8% e é considerada a mais baixa do ano em Campo Grande

Umidade chega a 8% e é considerada a mais baixa do ano em Campo Grande Gerson Oliveira

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Se já não bastasse o calor dos últimos dias, Campo Grande começou a semana com a menor umidade do ano. Nesta segunda-feira (07) a Capital atingiu 8% segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Os dados foram coletados até as 16h desta segunda-feira. Além de Campo Grande, outras nove cidades de Mato Grosso do Sul registraram umidade menor ou igual a 10%; confira: 

  • Água Clara - 8%
  • Amambai - 9%
  • Aquidauana - 7%
  • Cassilândia - 8%
  • Chapadão do Sul - 10%
  • Jardim - 9%
  • Miranda - 7%
  • Paranaíba - 9%
  • Sidrolândia - 9%

De acordo com Vinícius Sterling, meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), "tudo é resultado da atuação da massa de ar quente e seca aliada à seca prolongada de muitos dias consecutivos de temperaturas elevadas, sem chuvas regulares. Como a massa de ar é muito quente, muito seca, a gente tem os recordes de temperatura máxima e os recordes de umidade mínima", detalhou.

Altas temperaturas

Somando à umidade baixa, Campo Grande também registrou a segunda maior temperatura do ano nesta segunda-feira (07) quando os termômetros chegaram a 39,7°C. Outras quinze cidades de Mato Grosso do Sul estiveram com as temperaturas em alta; confira: 

Ainda segundo Sterling, a onda de calor é causada por alguns fatores importantes, como o bloqueio atmosférico que impede a entrada de frentes frias e massas de ar mais significativas e também inibe a formação de nuvens e chuva. Desta forma, os raios solares atravessam a atmosfera com mais facilidade, e aumentam ainda mais as temperaturas.

“Agora em outubro a gente tem historicamente as maiores temperaturas registradas no Mato Grosso do Sul em vários municípios é no mês de outubro. Então a radiação solar já volta com mais incidência, então em outubro é um mês historicamente quente”, complementou.

Essa condição deve persistir até terça-feira (08), já que na quarta-feira (09), a chuva deve aparecer devido ao aumento de nebulosidade e à probabilidade de precipitações mais significativas, com acumulados acima de 30 mm em 24 horas.

Vem chuva por aí

Conforme informações do Cemtec, a população deve ficar em alerta sobre os riscos de tempestades com rajadas de vento e eventual queda de granizo. Essa situação meteorológica ocorre devido à influência de uma área de baixa pressão atmosférica, aliado ao intenso transporte de calor e umidade e também um vórtice em médios níveis da atmosfera que deverão favorecer aumento de nebulosidade e condições para chuvas.

Além disso, a aproximação de uma frente fria e o deslocamento de cavados favorecem a formação de instabilidades em Mato Grosso do Sul.

Na quarta-feira, o clima estará mais agradável, com temperaturas mais amenas. São previstas mínimas entre 19°C e 23°C e máximas de 24°C a 31°C para as regiões sul, leste e sudeste do estado.

Nas regiões pantaneiras e sudoeste, esperam-se mínimas entre 22°C e 27°C, com máximas entre 27°C e 36°C. Regiões do Bolsão e Norte, são esperadas mínimas entre 22°C e 25°C e máximas entre 34°C e 36°C.

Por fim, na Capital as mínimas ficarão entre 23°C e 25°C, e as máximas entre 28°C e 33°C. Nesses dias, são esperadas rajadas de vento entre 40 e 60 km/h.

Mais quente da história

Apesar de ainda não estar em dezembro, Campo Grande já registrou o ano mais quente da história contando a partir de janeiro até o mês passado. O calor médio de Campo Grande neste ano superou em quase 1°C a maior média de temperatura da Capital até então registrada, há quatro anos.

Em comparação ao mesmo período analisado, que começa em 1961, essa é a maior média histórica de temperatura já registrada. Antes, 2020 era o ano campeão, com uma temperatura média de 24,7°C. Na Capital, a maior temperatura máxima registrada neste ano foi de 39,8°C, em 24 de setembro.

Reportagem do Correio do Estado deste ano mostrou que estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) revelaram que, se não houver a redução da emissão de gases que causam o efeito estufa em Mato Grosso do Sul, a temperatura média do Estado pode aumentar de 5°C a 6°C em 80 anos.

Nesse cenário pessimista, os estudiosos alertaram que, além do aumento da temperatura, Mato Grosso do Sul também registraria uma redução de chuva acumulada anual de aproximadamente 15% no norte do Estado, um aumento de eventos de chuvas extremas em 20% e um crescimento de dias secos no ano, fazendo com que a estação seca tenha um mês a mais.

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Sustentabilidade

Governo irá lançar sistema que gerencia emissões de carbono

Plataforma digital surge para acelerar o atingimento da meta de tornar o MS um estado neutro na emissão de carbono até 2030

07/10/2024 16h00

Emissão de carbono

Emissão de carbono Agência Brasil

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O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), se prepara para lançar em breve o CarbonControl, uma plataforma digital que busca gerenciar as emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) no estado.

A iniciativa, que pretende agilizar e otimizar o registro de inventários ambientais, é uma resposta à regulamentação da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que institui o Registro Público Voluntário de Emissões Anuais de GEE.

Utilidades

O CarbonControl poderá ser utilizado por pessoas físicas e jurídicas cujas atividades gerem emissões ou remoções de GEE. O sistema permitirá o envio automatizado de informações para análise técnica, atendendo tanto a registros obrigatórios, vinculados ao licenciamento ambiental, quanto voluntários, destinados a empreendimentos que buscam aprimorar práticas sustentáveis.

De acordo com o diretor-presidente do Imasul, André Borges, o CarbonControl representa um marco na gestão ambiental do estado. "Essa nova ferramenta traz mais modernidade aos processos e proporciona transparência e eficiência, consolidando Mato Grosso do Sul como referência em desenvolvimento sustentável", afirma.

Uma das funcionalidades mais importantes do CarbonControl será a geração de relatórios detalhados sobre o balanço de carbono, permitindo que empresas e indivíduos ajustem suas práticas para reduzir emissões. Remoções de carbono, calculadas por técnicos responsáveis, também poderão ser registradas no sistema, seguindo as normas estabelecidas pelo Imasul e pela Semadesc.

Monitoramento

O sistema monitorará diversas fontes de emissão de GEE, como a combustão estacionária, que envolve instalações fixas como usinas e caldeiras, e a combustão móvel, que abrange veículos como automóveis e caminhões. O CarbonControl também irá acompanhar as emissões fugitivas, decorrentes de vazamentos acidentais, e as emissões industriais, geradas por reações químicas.

No setor agrícola, o foco estará nas emissões resultantes do uso de fertilizantes e da fermentação entérica de animais. Além disso, o sistema monitorará mudanças no uso do solo, como desmatamento, e emissões associadas ao tratamento de resíduos sólidos e líquidos.

O sistema terá integração direta com o Cadastro Ambiental Rural (CARMS), garantindo que os dados sobre emissões de propriedades rurais estejam em conformidade com os padrões do GHG Protocol Brasil. Haverá dois tipos principais de inventários: os vinculados ao CARMS, que envolvem atividades rurais, e os não vinculados, relacionados a operações urbanas.

Carbono Neutro

Durante a COP28, realizada em Dubai, o sistema foi oficialmente apresentado como parte da estratégia de Mato Grosso do Sul para se tornar um estado verde e carbono neutro até 2030. A ferramenta foi considerada um exemplo de inovação e compromisso com a sustentabilidade global, destacando o uso de tecnologias avançadas para uma gestão ambiental eficiente.

Além do monitoramento de GEE, o estado reforçou o compromisso com o combate ao desmatamento ilegal e à prevenção de incêndios florestais, ações fundamentais para a preservação da biodiversidade e para a redução de emissões.

Esses esforços ocorrem na busca por tornar o Mato Grosso do Sul um estado neutro nas emissões de carbono até 2030, meta ousada traçada em 2021, durante a COP26, em que o estado se comprometeu com as diferentes nações integrantes da ONU.

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