Cidades

HOMOFOBIA

Casal gay diz que foi vítima de violência em boate da Capital

Casal gay diz que foi vítima de violência em boate da Capital

VIVIANNE NUNES

22/11/2010 - 10h48
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Denúncia feita ao Portal Correio do Estado revela mais um caso de homofobia em Campo Grande. No último fim de semana um casal de gays, a quem vamos chamar nesta reportagem apenas pelos nomes fictícios de Claudio e Cesar, foram expulso de uma casa noturna por um segurança que teria reprovado a atitude de ambos por estarem de mãos dadas em um dos camarotes.

A denúncia foi feita por um amigo do casal que revelou toda sua indignação através de um e-mail:

“Eu não posso ficar quieto e deixar que isso continue a acontecer. O segurança da boate chegou em um dos rapazes e o pegou pelo braço arrastando-o para o banheiro. Isso é um absurdo, expulsarem o casal de lá só porque são homossexuais. Onde esta escrito que homossexuais não podem andar de mãos [dadas] dentro da boate? Onde esta o direito de igualdade?”, indagou o amigo, que acompanhou todo o caso.

Cláudio e Cesar optaram por não registrar um Boletim de Ocorrência junto à Polícia para que não fossem alvo de uma exposição ainda maior. Pelo telefone, Cláudio falou um pouco sobre a dificuldade de lidar com a situação. “Já é difícil para gente ter que assumir esse lado e de repente, passar pelo constrangimento de ser expulso de um local por uma demonstração de carinho”, reclamou.

Cláudio tem 24 anos, César, apenas 18. O namorado conta que depois do fato ocorrido, o mais jovem deles passou um fim de semana em um conflito pessoal muito grande. “Ele se trancou no quarto e não queria sair mais. Não atendia ninguém, nem mesmo ao telefone. Isso causou um baque muito grande pra vida dele”, afirmou chorando.

Narrando o acontecido, Cláudio conta que o segurança não chegou a dizer muita coisa. “Ele apenas arrastou meu namorado pelo braço até o banheiro e eu fui até lá para saber o que estava acontecendo. Neste momento ele bateu meu braço na parede e mandou que a gente fosse embora”, afirmou. Claudio conta que tentou argumentar e ouviu do segurança: “Aqui não é lugar para isso”. Indginado com a situação, Cláudio questionou o que seria o “isso” e o segurança apenas respondeu: “Você sabe bem do que eu estou falando”.

Eram 3h da madrugada quando o casal optou por ir embora. “Eu queria ficar, mas ele [César] estava com medo e achou melhor que fossemos realmente embora para não causar um constrangimento ainda maior”, relatou. “Por mim, faria uma denúncia, mas ele [o namorado] tem problemas com a família que não o aceita e por isso resolvemos deixar para lá”, afirmou.

O local

A reportagem do Portal entrou em contato com os proprietários do estabelecimento que informaram não saber sobre o ocorrido. A segurança da Casa é terceirizada, como na maioria dos estabelecimentos, e não chegou até a direção qualquer registro de expulsão. “O fato mencionado não procede já que não tivemos essa informação”, afirmou o responsável que terá sua identidade mantida em sigilo neste relato.

O empresário diz que o público homossexual é sempre muito “bem-vindo” e que para haver uma expulsão teria que ter ocorrido um caso muito grave, totalmente fora dos limites permitidos pelo bom senso, o que não quer dizer “andar de mãos dadas”.

A equipe de reportagem tentou contato com a empresa de segurança mas foi alertada que só poderia falar após o meio-dia.

 


 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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