Uma festa de casamento realizada de forma clandestina foi encerrada pela Polícia Militar no último sábado, em uma fazenda em Maracaju.
O evento contava com mais de 50 convidados, além de funcionários de empresas prestadoras de serviços e da dupla Jads e Jadson, contratada para um show.
Conforme o comandante da Companhia Independente da PM no município, major Edcezar Zeilinger, familiares do noivo procuraram a unidade dias antes da cerimônia para pedir autorização para realizar a festa em uma fazenda na MS-460.
Porém, devido a decreto municipal que proíbe eventos e qualquer tipo de aglomeração, foi feita notificação prévia de que a festa, comemoração ou qualquer tipo de aglomeração não poderia ser realizada.
No entanto, a procuradoria jurídica do município pediu para que a PM fosse até a fazenda no dia previsto para o evento, para verificar se a notificação seria respeitada.
Policiais encontraram a festa em andamento e, de imediato, foi determinado o encerramento do evento e foi confeccionado um boletim de ocorrência, com registro de todas as pessoas que estavam presentes.
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Ainda segundo a prefeitura, todas as pessoas que estavam no local serão penalizadas, desde os noivos, convidados, organizadores e empresas que prestaram serviços, como buffet, decoração e músicos.
Até quem não estava no momento da abordagem poderá ser penalizado e responder pelo ocorrido, desde que seja comprovado, por meio de foto ou vídeo, que a pessoa participou da festa.
Para isto, vídeos divulgados pelos convidados nas redes sociais foram copiados e apreendidos pela Polícia Civil. Eles serão usados como provas e também para identificação dos participantes.
As Polícias Civil e Militar já identificaram e qualificaram mais de 25 pessoas.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Guilherme Sarian, todos os envolvidos serão multados e responderão por desobediência e infração de medida sanitária preventiva, que tem penas que variam de 15 dias a 1 ano de prisão.
As pessoas que estavam sem máscaras também responderão pela falta do uso do equipamento de proteção obrigatório.
“Nós iremos encaminhar todo o material que temos para a Vigilância Sanitária, para que esses autores sejam também responsabilizados administrativamente”, afirmou o delegado.
O crime de desobediência foi qualificado porque, segundo a PM, mesmo após o flagrante e encerramento da festa de casamento, quando os policiais saíram do local, os familiares dos noivos continuaram com a comemoração.
“No domingo nos deparamos com diversos vídeos divulgados nas redes sociais, mostrando não apenas que a festa teve continuidade, mas que não houve qualquer respeito às medidas sanitárias, pois todos estavam sem máscaras e aglomerados”, contou o major PM Edcezar.
Mãe da noiva exonerada
A mãe da noiva, Maria do Carmo Nascimento da Silva, mãe da noiva, era servidora pública municipal, ocupando o cargo de assessora municipal de programas sociais.
Após a repercussão da festa, ela pediu exoneração do cargo na manhã desta segunda-feira (7). A exoneração já foi publicada no Diário Oficial.


