Cidades

tempo

Chuvas de abril ultrapassam o esperado do mês e deixam estragos

Com o acumulado de quase 100 milímetros no fim de semana, as precipitações continuam hoje e preocupam as autoridades sul-mato-grossenses

Continue lendo...

Faltando uma semana e meia para o fim do mês, o acumulado de chuvas em Campo Grande, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), superou os 128 milímetros, ultrapassando a normativa esperada para o período, que é de 102 mm.

No sábado, conforme o Inmet, o acumulado de chuvas na Capital atingiu 72,4 mm, enquanto ontem foram registrados 6 mm de chuva. 

Durante o feriadão, o acumulado chegou a quase 100 mm – e isso deve se prolongar hoje, apontam autoridades.

Segundo a Defesa Civil de Campo Grande, um novo alerta já foi emitido para a população sobre a previsão de hoje, de que possam ocorrer mais chuvas na cidade, a qual já foi afetada por estragos nas ruas. A Defesa Civil segue em alerta para novas ocorrências que possam surgir, com 18 agentes escalados na prestação de serviços.

Conforme informou o coordenador de Proteção e Defesa Civil de Campo Grande, Enéas Netto, foram registradas 16 ocorrências na cidade no fim de semana, envolvendo alagamentos, vias danificadas e quedas de árvores.

Entre os chamados, o de maior gravidade foi atendido na Vila Popular, onde a água do Córrego Imbirussu transbordado invadiu casas na Avenida José Barbosa Rodrigues.

Na estrada SE-1, localizada no Bairro Chacará dos Poderes, uma enorme cratera foi aberta pela força da chuva, além de ela ter causado estragos na rua de terra José Vitor Vieira. Em função do dano, foi necessária a interdição parcial da via pela Defesa Civil, que monitora o local.

Diversos bairros apresentaram problemas com drenagem – e que resultaram em alagamentos. Entre eles o Jardim Ouro Preto, que ficou com a Rua Quero-Quero e a Avenida Ernesto Geisel completamente alagadas.

No Bairro Lageado, por exemplo, um caminhão de coleta de lixo chegou a ficar atolado em uma das crateras, as quais ficaram ainda maiores com o volume de chuva.

Na Avenida Engenheiro Amélio Carvalho de Bais com a Rua Yokohama, próximo ao Jardim Panamá, a chuva causou a derrubada de uma árvore que fechou os dois sentidos da avenida, situação que se repetiu também próximo ao Cemitério Santo Antônio.

Ao todo, sete ruas precisaram ser interditadas totalmente ou parcialmente em Campo Grande por conta de alagamentos ou crateras que foram abertas no asfalto após a força da chuva.

Segundo a coordenação da Defesa Civil, a chuva na Capital ultrapassou os 100 mm no fim de semana, atingindo um índice de volume de chuva inesperado para o período.

O trabalho no atendimento das ocorrências realizado pela Defesa Civil teve apoio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

A Defesa Civil também comunicou que é possível acionar os agentes escalados do dia para atender aos chamados por meio dos números 156 (ouvidora da Prefeitura de Campo Grande) ou 199 (Defesa Civil).

INTERIOR

O temporal que atingiu o interior do Estado foi ainda mais devastador, uma vez que diversas cidades tiveram problemas com enchentes em torno de rios que causaram alagamentos em casas, rodovias e derrubaram pontes de acessos importantes.

Em Bela Vista, conforme informou a Defesa Civil do município para a reportagem do Correio do Estado, os maiores danos foram nas vias rurais.

A rodovia estadual MS-472, que fica na região de Apaporé, precisou ser interditada por conta de uma inundação que ocorreu no Rio Apa. No local, o Corpo de Bombeiros foi acionado para resgatar três pessoas que foram arrastada pela correnteza quando o motorista de um veículo tentou atravessar o ponto inundado.

Duas pontes na região foram danificadas. Uma fazenda que fica aproximadamente 40 km em direção a Caracol também foi inundada com as chuvas.

No município de Jardim, ocorreu o alagamento em residências de quase todos os bairros da cidade, e os prédios públicos da cidade também ficaram alagados após as chuvas.

Alguns moradores da localidade ficaram desabrigados e ainda precisaram de auxílio da Secretaria de Assistência Social jardinense para prestar acolhimento aos afetados pelo alagamento de suas residências.

Saiba

Apesar de diversos estragos, principalmente nos municípios da região centro-sul de MS, a Defesa Civil afirmou que nenhuma cidade solicitou apoio para atendimento após as chuvas.

Assine o Correio do Estado

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).