Cidades

Protesto

Clubes de tiro em área de preservação ambiental preocupam moradores do Santa Maria

Residentes temem que animais e nascente de rios sejam afetados pela poluição sonora e de componentes como pólvora

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Moradores da Área de Preservação Ambiental (APA) Lajeado, no bairro Santa Maria, zona rural de Campo Grande, estão preocupados com a criação de três clubes de tiro na região. A principal queixa é justamente o impacto que essa atividade pode exercer na conversação da natureza e na rotina de quem mora no lugar. 

De acordo com o presidente da Associação dos Moradores dos Sítios Santa Maria, Eduardo de Oliveira Carvalho, o questionamento é sobre a legalidade na instalação de clubes de tiros em áreas de preservação ambiental. 

“Queremos saber se isso é legal. Acredito que não seja porque aqui é área de preservação e pode espantar os animais que vivem por aqui e contaminar o solo com pólvora e chumbinho e aqui tem nascente de rios”, alega. 

No dia 17 de dezembro de 2021, a Associação de Moradores encaminhou um ofício à diretora-presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Berenice Maria Jacob Domingues, que também é Presidente do Conselho Gestor da APA Lajeado. 

No documento, o presidente informa ao órgão sobre a situação e questiona a legalidade da atividade na área de preservação. Entretanto, o documento ainda não foi respondido. 

“Nós pedimos para ver a legalidade e se estão licenciados. A maioria da chácaras tem moradores e famílias com crianças.”, afirma Carvalho, lembrando do perigo de ter balas perdidas enquanto os clubes estiverem em funcionamento. 

E ainda completa: “ Aqui tem capivara, anta, lobinhos, pássaros e o barulho pode espantar o ecossistema que vive aqui. Também tem o perigo de poluição do solo e da água porque aqui tem nascente de rios”. 

Ainda segundo o presidente da Associação, uma reunião foi realizada para falar sobre o caso e a maioria dos moradores estão insatisfeitos com esses estabelecimentos. Ao todo, serão três: um já está em funcionamento e outros dois serão inaugurados. 

“Todos mudaram para cá procurando tranquilidade e estão envolvidos com a questão da preservação ambiental. Faz um ano que o primeiro [clube de tiro] foi inaugurado, outro inaugura semana que vem e o outro neste sábado”, explica. 

Apesar de um deles estar fora da Área de Preservação oficial, ainda pode impactar na natureza, já que fica perto de onde estão as chácaras. 

“Acho um absurdo ter um clube de tiro aqui porque, geralmente, são em lugares afastados, mas aqui é habitado”, finaliza.

O que diz a lei

A Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) informou que no Plano de Manejo da APA do Lajeado, publicado por resolução da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, não consta restrições para o desenvolvimento de clubes de tiros na região. 

O órgão ainda esclarece que empreendimentos que forem instalados em Campo Grande devem seguir o disposto no Sistema Municipal de Licenciamento e Controle Ambiental (SILAM) conforme Lei n. 3.612, de 30 de abril de 1999, regulamentada pelo Decreto n. 14.114, de 6 de janeiro de 2020.

Confira o ofício enviado à Planurb

Documento enviado pela Associação de Moradores do dos Sítios Santa Maria à Planurb. Nele, os residentes questionam a legalidade da atividade na APA

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VIAGEM

MS: 790 mil veículos devem trafegar na BR-163 no Natal e Ano Novo

No Natal, 343 mil veículos vão passar pela rodovia e 446 mil no Ano Novo

23/12/2025 12h00

BR-163, em MS

BR-163, em MS Gerson Oliveira

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O movimento será intenso neste fim de ano nas estradas que cortam Mato Grosso do Sul. Quem tem disponibilidade e oportunidade, não perde a chance de curtir o Natal e Ano Novo em outra cidade.

De acordo com a Motiva Pantanal, e estimativa é que 790.279 veículos trafeguem pela BR-163/MS entre 23 de dezembro de 2025 e 5 de janeiro de 2026.

No Natal, entre 23 e 28 de dezembro, 343.326 veículos vão passar pela rodovia. Os dias com maior pico no movimento serão 23, 26 e 27 de dezembro.

No Ano Novo, entre 29 de dezembro até 5 de janeiro, o tráfego será de 446.953 veículos. Os dias mais movimentados serão 2, 3 e 4 de janeiro.

Operação Fim de Ano, da Motiva Pantanal - antiga CCR MSVia - iniciou às 00h desta terça-feira (23) e vai até 5 de janeiro.

BR-163

A BR-163 é a rodovia que corta o sul-norte de Mato Grosso do Sul. Possui 845,4 quilômetros de extensão e cruza 21 cidades, sendo elas:

  • Mundo Novo
  • Eldorado
  • Itaquiraí
  • Naviraí
  • Juti
  • Caarapó
  • Dourados
  • Douradina
  • Rio Brilhante
  • Nova Alvorada do Sul
  • Campo Grande
  • Jaraguari
  • Bandeirantes
  • Camapuã
  • São Gabriel do Oeste
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • Coxim
  • Sonora
  • Pedro Gomes

A BR-163 em Mato Grosso do Sul (MS) possui nove praças de pedágio, nos municípios de Sonora, Coxim, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes, Campo Grande, Rio Brilhante, Dourados, Naviraí e Mundo Novo.

A rodovia é 100% monitorada por 477 câmeras de monitoramento, distribuídas ao longo da BR-163/MS, permitindo acompanhamento em tempo real das condições de tráfego e apoio às ações integradas com a Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul (PRF/MS).

ORIENTAÇÕES

Se for pegar estrada neste fim de ano, é necessário que o condutor:

  • Não dirija caso consuma bebida alcoólica
  • Não dirija cansado ou com sono
  • Use cinto de segurança
  • Respeite a sinalização
  • Respeite o limite de velocidade da via
  • Porte documentos oficiais com fotos, os quais devem estar quitados
  • Realize revisão do carro: pneus, limpadores de para-brisa, freios, nível de óleo, bateria, lâmpadas, lanterna e extintor

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

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