Mato Grosso do Sul, que já soma 32 óbitos por dengue neste ano, adotou a estratégia dos "10 minutos de cuidado" Neste Dia D Nacional de mobilização contra o mosquito transmissor dessa e de outras arboviroses.
Conforme o Governo do Estado, apesar de simples, a atividade de 10 minutos de fiscalização em casa - que é executada hoje nos 79 municípios de MS - é "essencial para eliminar possíveis criadouros do mosquito".
Com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) indica que 32 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul vítimas de dengue, conforme balanço compilado até a primeira semana de dezembro.
Ou seja, com outros 17 óbitos possivelmente relacionados à dengue em investigação, Mato Grosso do Sul pode alcançar 49 mortes causadas pela doença e ultrapassar o maior índice registrado desde 2021.
Pelo panorama dessa série histórica em Mato Grosso do Sul, quanto aos casos confirmados e óbitos pela doença, desde 2021 o Estado registrou os seguintes números:
- 2021 : 8.027 casos confirmados - 14 mortes
- 2022: 21.328 casos confirmados - 24 mortes
- 2023: 41.046 casos confirmados - 43 mortes
Como bem destacou a Ministra da Saúde, Nísia Trindade - conforme apuração da Agência Brasil -, durante a Mobilização Contra a Dengue hoje (14), em evento no Rio de Janeiro: "75% dos focos se encontram nas nossas casas ou no entorno delas".
Ações regionais
Há cerca de um mês - às vésperas do Dia D Estadual em 18 de novembro, como acompanha o Correio do Estado -, Mato Grosso do Sul ainda batia 30 óbitos por dengue.
Então, a partir da data citada o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde intensificou uma série de ações já visando os meses que são característicos como mais chuvosos.
Entre as ações do plano do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul aparecem:
- Visitas domiciliares e mutirões: limpeza para eliminação de criadouros em áreas críticas;
- Bloqueio químico e monitoramento estratégico: uso de máquinas de UBV (Ultra Baixo Volume) para pulverização em áreas de maior infestação;
- Capacitação de agentes de saúde: treinamentos técnicos para manejo integrado de vetores e uso de ferramentas como o e-Visit@s Endemias;
- Campanhas informativas: distribuição de materiais educativos; blitzes e palestras;
- Criação de comitês municipais: formação de equipes para coordenação e monitoramento das ações;
- Engajamento comunitário: orientação direta à população, através de visitas domiciliares e mobilizações coletivas;
- Atualização do Plano de Contingência de MS: medidas específicas para municípios de fronteira e áreas indígenas;
- Revisão de equipamentos: manutenção e distribuição de máquinas de UBV e insumos para operações de campo;
- Apoio técnico municipal : assessoria técnica para gestores locais;
- Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegyptI (LIRAa): identificação de áreas críticas com índices de infestação predial superiores a 1% para ações direcionadas;
- Relatórios semanais: monitoramento constante da incidência de casos, etc.
Importante lembrar que, além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é responsável também pela transmissão da Zika e Chikungunya, que costumam ter suas propagações aumentadas principalmente durante o período de festas de fim de ano.