Cidades

SOLUÇÃO PALIATIVA

Com obras a todo vapor, problema do Lago do Amor só será resolvido com desassoreamento

Situação do assoreamento é acompanhada desde 2008 e 88 mil metros cúbicos de sedimentos se acomodaram no local ao longo de 14 anos, causando enchentes a cada chuva

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Aproximadamente 37 mil caminhões caçamba (com capacidade para 5m³) seriam necessários hoje, para resolver o problema de assoreamento do Lago do Amor, que há uma semana segue suas obras de reparo a todo vapor. 

No local, caminhões de caçamba; escavadeiras; retroescavadeiras e guindastes são utilizados na obra, para limpeza do entulho acumulado, com a derrubada das árvores para início das obras, e também o descarregamento de materiais que serão usados nos próximos passos. 

Conforme publicação, o prazo total que a CCO tem para conclusão dos trabalhos é de quatro meses. Como detalha a equipe técnica da Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos (Sisep), a obra segue dentro do cronograma.  

"O mais difícil era limpar tudo, e até a semana passada ainda estava cheio aqui, se continuar nesse ritmo aí, a ideia é fazer antes desses 120 dias, até porque já demorou muito para começar, por questões burocráticas e tal", explica o engenheiro da Sisep, Rodolfo Quevedo. 

Além de derrubadas as árvores e parte da escora da ciclovia, que são retiradas aos poucos, e as ferragens despejadas na manhã desta segunda (10), conforme os engenheiros, serão utilizadas para a construção de uma lage sobre o canal. 

"Ele tem que fazer uma estrutura de concreto, onde vai sair a comporta da outra drenagem, que vai fazer a água ir para o lado de cá (margem onde houve o desmoronamento)", explica o engenheiro da Sisep, Bernardo Chagas, fiscal da obra

Longe de ser a solução definitiva para o problema, o projeto no Lago do Amor visa a instalação de um novo vertedouro que, segundo Bernardo, ficará em um nível mais alto do que a primeira saída de água.

"Enquanto o primeiro vertedouro é 'tulipa', esse segundo vai ser tipo 'monge' e vai ter mais uma drenagem de 80",  

Assoreamento e chuva

Desde 2008 a situação do Lago do Amor é acompanhada pelo Laboratório de Hidrologia, Erosão e Sedimentos (Heros), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Hidrosed Engenharia. 

Pelo estudo de caso do assoreamento, foi observado que o ponto turístico vem diminuindo em área e, devido ao assoreamento, em uma década, registrou perda de 37% de volume em comparação com o primeiro levantamento em comparação com o primeiro levantamento. 

Confira os registros e marcações de níveis do estudo: 

Data Volume (m³) Área (m²)
Agosto de 2008 199225,14  96354,30
Novembro de 2011 182002,59 90001,35
Fevereiro 2013 165742,92 87179,87
Novembro de 2013 155096,42 84476,44
Outubro de 2014 152310,47 82110,31
Março de 2016 158289,58 81777,36
Março de 2017 140759,07 75661,60
Novembro de 2018 125558,53 58913,87

Passado 10 anos do início do estudo, os 37% na queda do volume, registrados em 2018, saltou para 45% de perda da capacidade de armazenamento de água, já que dos 196.651 metros cúbicos - observados em 2008 -, o total da capacidade, até o fim do ano passado, beirava 108.725  metros cúbicos.

Assoreamento Lago do Amor Em 14 anos, aproximadamente 88 mil metros cúbicos de sedimentos acumularam no Lago do Amor. Foto: MV

Conforme o laboratório Heros, em 14 anos o reservatório acumulou 88 mil metros cúbicos de volume de sedimentos e, diagnósticos classificam o "tempo de vida" do lago em aproximadamente mais 15 anos, caso o assoreamento não seja resolvido até lá. 

"O lago deste tamanho está super raso. Esse é um dos problemas que está ficando, que tem que desassorear. Só que é da Universidade, aí tem que fazer algum acerto, com o Estado ou Prefeitura, como fizeram no das Nações e aqui vai ter que fazer algo do tipo e limpar ele", aponta Quevedo. 

Ainda que na semana passada, em pelo menos algum ponto da cidade tenha chovido, como pontuam os engenheiros, as obras avançaram na limpeza e a torcida é para que essa chuva forte não atinja a região do Lago do amor.

"Chove lá na Carlota, e então aquela água toda vem parar aqui. Quando chega aqui, já está assoreado esse lago também, e qualquer coisinha já enche", diz ele. 

Mesmo que, como Rodolfo bem classifica, não seja fácil limpar o Lago do Amor, essa é uma tarefa necessária, tendo em vista que o atrativo turístico tem cada vez menos água. 

"A chuva vem parar aqui e quanto menos volume ele segurar, mais ele tende a transbordar. Por isso que já tem essa passagem do centro e vai fazer mais uma, para dar vazão maior e não acumular muito tempo ali a água", finaliza ele. **(Colaborou Neri Kaspary)

 

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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