Durante a manhã desta quinta-feira (27), a superintendente de Vigilância em Saúde e Ambiental, Veruska Lahdo de Campo Grande, Dra. Veruska Lahdo deu início à campanha de vacinação e proteção contra a influenza, doença que já vitimou quatro pessoas na Capital.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, iniciada a campanha de vacinação, a imunização deve acontecer nas 74 unidades de saúde da Capital, porém, há estratégias específicas desenvolvidas pela Sesau para melhor cobertura.
"A gente geralmente faz alguns pontos específicos, principalmente aos sábados. Como nesse próximo (29 de março) que vai ser só na unidade de saúde do Tiradentes, mas a gente vem estudando outras estratégias. A gente tem algumas unidades com horário estendido também para facilitar o acesso para a população", cita Veruska.
Ela frisa que a vacina é uma excelente ferramenta de prevenção, principalmente nesse período favorável ao aumento de circulação de vírus respiratórios, podendo ser a diferença entre um tratamento tranquilo e uma possível internação e risco de óbito.
"A gente já teve quatro óbitos decorrentes da influência esse ano, oito da Covid, e geralmente a grande maioria desses óbitos tem relação com um grupo prioritário, ou é muito idoso, muito jovem, ou pessoas que tenham comorbidades".
Ela alerta que a Influenza se manifesta pela coriza e arranhado na garganta, como qualquer outro vírus respiratório, começando muitas vezes com indícios leves de sintomas gripais e esclarecendo quando esse quadro pode evoluir.
"Quando a pessoa tem um desconforto respiratório, falta de ar, e aí ela precisa estar procurando uma unidade de pronto atendimento, porque ela pode estar entrando numa síndrome respiratória aguda grave que no caso, muitas vezes precisa de suporte, de oxigênio e ser encaminhada para uma rede de atendimento mais especializada".
Vacinação e cuidados
Certas classificações fazem parte dos chamados "grupos de risco" citados pela secretária, sendo os extremos de idade as crianças de seis meses até cinco anos, 11 meses e 29 dias; bem como idosos com 60 anos ou mais.
Também são considerados grupos prioritários:
- Gestantes
- Puérperas
- Povos indígenas
- Quilombolas
- Pessoas em situação de rua
- Trabalhadores da Saúde
- Professores do ensino básico e superior
- Forças de Segurança e Salvamento
- Profissionais das Forças Armadas
- Pessoas com deficiência permanente
- Caminhoneiros
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário
- Funcionários dos Correios
- População privada de liberdade
- Funcionários do sistema prisional
- Adolescentes de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e/ou condições clínicas especiais
A secretária frisa que as ampliações são determinadas pelo Ministério da Saúde, portanto a Sesau não poderia determinar abertura da vacinação para o público geral.
"Esse grupo escolhido pelo Ministério da Saúde não é por acaso, e sim porque os dados epidemiológicos mostram que eles têm um maior risco de agravamento pela doença", cita.
Além disso, Veruska lembra que o próximo 10 de maio segue reservado para o chamado "Dia D", com o foco seguindo os grupos de risco devido aos riscos de agravamento.
Veruska complementa que Campo Grande enfrenta uma crescente de casos de influenza normal para o período, porém lembra que em abril de 2024 houve um aumento dos diagnósticos de vírus respiratórios, o que já foi observado nesse mês de março.
"A questão da sazonalidade dos vírus respiratórios ela vem realmente com o período de outono, inverno, por isso que o Ministério da Saúde também antecipou a campanha de vacinação contra a influenza, para que a gente pudesse garantir a proteção desse grupo agora nesse período de maior circulação do vírus", completa.
A depender do porte da unidade de saúde, os estabelecimentos de Campo Grande devem receber entre 200 a 250 doses das 25,3 mil recebidas na primeira remessa, o que Veruska destaca ser um número menor do que o necessário para o grupo prioritário.
"Se eu for considerar só idoso, crianças e gestantes, passa de 200 mil pessoas. Mas a gente espera o recebimento de outros lotes, a gente tem uma população grande ainda para vacinar, trabalhadores de saúde que estão em hospitais, de escola... então a gente tem um grupo muito grande, em torno de quase 400 mil pessoas para vacinar, que faz parte do grupo prioritário", conclui.