Cidades

PORTUGAL-BRASIL

Comunidade brasileira em Portugal encolhe

Comunidade brasileira em Portugal encolhe

Folhapress

30/07/2017 - 08h37
Continue lendo...

Há cada vez menos brasileiros com visto de residência em Portugal. Em 2016, pelo sexto ano consecutivo, houve um decréscimo no número de cidadãos do Brasil com esse tipo de autorização.

Embora os brasileiros continuem sendo, com folga, a maior comunidade estrangeira no país -20,4% do total-, nossa participação vem diminuindo. De 2010, recorde histórico, até 2016, há 38.111 brasileiros menos residindo em Portugal -uma redução de 31,9% no período.

As informações constam na edição mais recente do Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilos elaborado pelo SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), órgão responsável pela imigração no país.

A quantidade total de estrangeiros em Portugal, porém, voltou a crescer após seis anos em queda. O aumento foi puxado principalmente por cidadãos de outros países da União Europeia.

Embora as estatísticas digam que a imigração diminuiu, há um contingente significativo de brasileiros que não é contabilizado. É o caso dos que têm também cidadania portuguesa ou de outro país da UE, que não precisam do visto de residência.

E nunca tantos brasileiros obtiveram a cidadania portuguesa como agora. Desde 2010, foram quase 90 mil.
O Consulado-Geral de Portugal em São Paulo é o que mais emite cidadanias portuguesas no mundo. Só em 2016, foram 7.413 novos portugueses, ou 20,3 cidadanias concedidas por dia. Um aumento de 231% em relação a 2005, quando foram atribuídas 2.235 nacionalidades.

No outro extremo da "invisibilidade" estão os imigrantes ilegais, que também não aparecem nas estatísticas.

De acordo com o relatório das autoridades portuguesas, a crise econômica no Brasil reacendeu o fluxo de permanência irregular. Tanto é que, em 2016, a quantidade de brasileiros barrados nos aeroportos portugueses praticamente dobrou em relação ao ano anterior.

Embora o primeiro-ministro António Costa tenha reiteradamente afirmado ser a favor da chegada de brasileiros, o governo do socialista endureceu as regras de legalização para estrangeiros.

Uma das vias mais usadas por brasileiros para se regularizar -a obtenção de um contrato de trabalho e alguns meses de contribuição para a segurança social- ficou inviável, deixando um grande contingente de trabalhadores sem visto adequado.

MAIS RICOS
Autoridades portuguesas e brasileiras concordam, porém, que o perfil do imigrante vem mudando, e há, entre os que chegam, cada vez mais profissionais qualificados.

A procura de brasileiros por imóveis no país é um bom indicativo deste fenômeno.

Dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal indicam que, em setembro, os brasileiros superaram os chineses e tornaram-se a terceira nacionalidade que mais compra imóveis no país.

Números do Banco Central do Brasil indicam interesse crescente pelo país de Camões desde 2012. No fim de 2015, Portugal já era o terceiro país onde os brasileiros mais investiram em imóveis.

A sensação de que brasileiros endinheirados invadem o país já ecoa na mídia lusa. A revista "Sábado" publicou neste mês longa reportagem de capa intitulada "O luxo dos brasileiros em Portugal".

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

Continue Lendo...

O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

Continue Lendo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

Assine o Correio do Estado
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).