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Congresso derruba veto de Lula e retoma exigência de exame toxicológico para primeira CNH

O veto é derrubado dias após a aprovação de uma reformulação no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para eliminar a obrigatoriedade de aulas

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O Congresso Nacional rejeitou, em sessão conjunta realizada na tarde desta quinta-feira, 4, um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que barrava a exigência de exame toxicológico para os candidatos à primeira habilitação de condutores nas categorias A (motos e ciclomotores) e B (veículos de passeio).

O veto é derrubado dias após a aprovação de uma reformulação no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para eliminar a obrigatoriedade de aulas;

A exigência do exame toxicológico representa, na verdade, uma ampliação: a realização do exame já é obrigatória para motoristas das categorias C, D e E (transporte de cargas e passageiros).

Na justificativa do veto, de junho deste ano, o governo Lula argumentou que a exigência do exame para as categorias A e B aumentaria os custos para tirar a CNH, o que poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação - estimativas indicam que há cerca de 20 milhões de pessoas nessas condições.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a inclusão do artigo para prever que os condutores de todas as categorias de veículos sejam obrigados a realizar exame toxicológico para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) contraria o interesse público, pois importaria em aumento de custos para a sociedade e poderia influenciar que mais pessoas optassem por dirigir sem a devida habilitação, o que comprometeria, por consequência, a segurança viária", justificou o Planalto, no veto.

Parte dos parlamentares entendeu que o argumento, porém, ficou ultrapassado, uma vez que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editou recentemente uma resolução autorizando regras menos rígidas para acesso à CNH sem precisar cursar escolas de trânsito.

Em nota, a Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox) afirmou considerar a "derrubada do veto ao exame toxicológico obrigatório para a primeira habilitação um avanço decisivo para a segurança viária no País".

"A medida reforça uma política pública que comprovadamente tem impacto positivo na sociedade: desde 2016, quando passou a ser obrigatório para motoristas das categorias C, D e E, o exame evitou ao Brasil uma perda estimada de R$ 74 bilhões em sinistralidades apenas em seu primeiro ano e permitiu que mais de 28 mil condutores inicialmente reprovados retornassem às atividades após tratamento e reabilitação", estima a entidade.

Conforme a ABTox, a decisão também reflete a vontade da sociedade: segundo pesquisa Ipec de fevereiro de 2025, 83% dos brasileiros apoiam a exigência do exame para novos condutores.

Como funciona o fim da obrigatoriedade de aulas para obter a CNH

Como mostrou o Estadão, a nova resolução para facilitar a obtenção de CNH prevê um curso teórico gratuito e digital, maior flexibilidade nas aulas práticas e permissão para que candidatos sejam acompanhados por instrutores credenciados dos Detrans, e não apenas por autoescolas.

O processo também poderá ser iniciado online, pelo site do Ministério dos Transportes ou pela Carteira Digital de Trânsito (CDT).

A mudança mira os altos custos e a burocracia que afastam milhões de brasileiros. Dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) indicam que cerca de 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação, e outras 30 milhões têm idade para tirar a CNH, mas não conseguem arcar com despesas que podem chegar a R$ 5 mil O governo estima que o novo modelo pode reduzir em até 80% o custo total da habilitação.
 

Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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Gastos Públicos

TCE-MS quer 19 novos cargos comissionados com supersalários de quase R$ 30 mil

Caso projeto passe na Assembleia e seja sancionado pelo governador, conselheiros poderão nomear servidores que ganharão até R$ 29,7 mil por mês no contracheque

04/12/2025 17h26

Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul

Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul Arquivo

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O Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei para criar mais 19 cargos em comissão, todos com salários elevados, sendo que 16 deles são para assessores que vão receber R$ 29,7 mil no contracheque.

Outros dois cargos são para assessores que ganharão, por mês (soma de salário mais auxílios), R$ 20,8 mil, e mais um, com salário de R$ 17,8 mil.

Os cargos são de comissão, de livre nomeação por parte dos sete conselheiros da corte.

A justificativa do presidente da corte, conselheiro Flávio Kayatt, é a seguinte:

“a crescente complexidade das atribuições de controle externo — trazidas no aumento do volume processual, na sofisticação das contratações públicas analisadas, na intensificação das auditorias especializadas e na necessidade de respostas técnicas mais céleres e multidisciplinares — tem exigido desta corte uma estrutura de assessoramento superior mais robusta e tecnicamente preparada”.

O estudo de impacto financeiro enviado pelo presidente do Tribunal de Contas aos deputados estaduais indica que os novos cargos terão um impacto de R$ 8,8 milhões por ano no orçamento da instituição.

Kayatt diz que as despesas ocorrerão por dotação orçamentária própria, ou seja, explica que há margem em seu repasse orçamentário enviado pelo Poder Executivo (duodécimo).

Serão criados, caso a Assembleia Legislativa aprove a lei e o governador Eduardo Riedel (PP) a sancione, 14 cargos em comissão para “assessor de gabinete”, sob a sigla TCAS201; dois cargos em comissão de “assessor especial”, também sob a sigla TCAS201; além de dois cargos de “assessor executivo I”, na sigla TCAS203, e um cargo de “assessor executivo II”, na sigla TCAS204.

Os salários dos cargos são os seguintes:

TCAS201 (16 cargos):

  • Salário: R$ 26.787,40
  • Auxílios mensais: R$ 3.000,00
  • Plano patronal de saúde: R$ 1.406,36

TCAS203:

  • Salário: R$ 17.938,03
  • Auxílios mensais: R$ 3.000,00
  • Plano patronal de saúde: R$ 941,75

TCAS204:

  • Salário: R$ 14.828,75
  • Auxílios mensais: R$ 3.000,00
  • Plano patronal de saúde: R$ 778,51
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