Cidades

DESBALANCEADO

Conselho Tutelar Sul terá demanda 147% maior que a do Centro

Enquanto unidade central atenderá cerca de 15,7 mil crianças e adolescentes, reordenamento coloca quase 39 mil em polo que cuida de Aero Rancho e Centenário

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Divulgada a relação após o reordenamento dos territórios dos Conselhos Tutelares, a divisão da quantidade de crianças e adolescentes sob a guarda de cada unidade traz diferenças que podem ser preocupantes, como a região central que cuida de aproximadamente 15,7 mil, enquanto a Sul é responsável por aproximadamente 39 mil menores. 

Se antes, cada região do Conselho Tutelar era responsável por aproximadamente 48,6 mil crianças, a média agora gira em torno de 30,4 mil sob a responsabilidade de cada unidade. Ao todo, cada polo ficará responsável pelos seguintes totais: 

  • 15.705| Centro
  • 31.002| Imbirussu
  • 36.987| Norte
  • 24.970| Prosa
  • 27.774| Bandeira
  • 38.832| Sul
  • 37.206| Lagoa
  • 33.793| Anhanduizinho

Sendo que cada unidade comporta cinco conselheiros, 25 irão compôr os cinco Conselhos que já existiam, e outros 15 devem ocupar os três novos. Antes, os conselhos eram divididos em: Anhanduizinho; Prosa e Segredo; Centro e Imbirussu; Bandeira e Lagoa.  

Como detalha o Conselho Municipal através do Diogrande, os oito Conselhos ficam reordenados da seguinte forma: o da região Imbirussu, a ser implantado, será desmembrado do centro e, agora, assume por completo os bairros de sua região (Nova Campo Grande; Núcleo Industrial; Panamá; Popular; Santo Amaro; Santo Antônio e Sobrinho).

O mesmo acontece com o da região Prosa, que assume por completos os bairros: Autonomista; Carandá; Chácara Cachoeira; Chácara dos Poderes; Estrela Dalva; Margarida; Mata do Jacinto; Noroeste; Novos Estados; Santa Fé e Veraneio. 

Já na região do Ahanduizinho a unidade assume o Alves Pereira; Centro Oeste; Los Angeles; Lageado e Moreninhas, enquanto os da região centro; norte; bandeira e sul perdem território para os respectivos polos desmembrados. Apenas o Conselho da Lagoa mantém sua extensão sem alterações. 

Escolha dos conselheiros

Agora também, a comissão do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) estuda agora quando os conselheiros eleitos poderão escolher seus postos de trabalho. 

Como bem esclarece o vice-presidente do CMDCA, Márcio Benites, sendo que cinco conselheiros ficam alocados em cada unidade (Centro; Imbirussu; Norte; Prosa; Bandeira; Sul; Lagoa e Anhanduizinho), a divisão não é nem por sorteio; ordem ou proximidade, mas sim de forma democrática. 

"Ou seja, quem teve mais votos escolherá para qual dos oito Conselhos deseja ir, e assim sucessivamente até completar os oito", afirma. 

Relacionados na edição de sexta-feira (20) do Diário Oficial de Campo Grande, os 40 eleitos conforme classificação são:

  1. Anna Paula Falcão Bottaro Machado
  2. Ana Clara Sanches Sales
  3. Ana Cláudia Palmeira
  4. Maria Lucia Maciel Vera 
  5. Letícia Ferreira Da Silva 
  6. Maria Carolina Marquez Zamboni
  7. Débora Machado Castro
  8. Tatiane Lima De Oliveira
  9. Larissa Abdo Corr
  10. Loisa Do Nascimento Lopez 
  11. Raffael Oliveira Brugeff
  12. Syelle Ferreira Correa Pereira
  13. Silvana Mônica Da Silva
  14. Adriana Marques Mourão Cabrera
  15. Renata Carla De Lima De Mello
  16. Adriano Ferreira Vargas
  17. Aline Vanessa Rigotti Ayala
  18. Any Gabrieli Ribeiro Da Silva 
  19. Cristiane Da Silva Cantieri Santana 
  20. Suellen Francelino Gomes
  21. Fernanda Valiente 
  22. Jacob Alpires Silva Filho
  23. Michele Pauline Alves De Jesus 
  24. Eliane Diniz De Souza 
  25. Sandra Aparecida De Souza De Jesus Szablewiski 
  26. Gislaine Spessoto Soares Matoso
  27. Joana Queiroz Dos Santos Lopes
  28. Nathália Gomes De Oliveira
  29. Huanna Passos Dos Santos
  30. Heloísa Rodrigues Oliveria Lemos
  31. Hellen Prado Benevides Queiroz – Sub Judice 
  32. Anna Karoline Kalache Correa Lima Barreto
  33. Maria Suenia De Lima Romeiro
  34. Marcelo Marques De Castro – Sub Judice
  35. Bianca Borges Da Silva Morais
  36. Daniel Castro Lima
  37. Mariany Ferreira Macedo 
  38. Gleise De Fatima Ramos Da Silva De Melo Franco
  39. Adriana Gonçalves Dias 
  40. Raquel Lázaro De Lima Oliveira

"Nós do Cmdca temos o mesmo parecer de sempre, que é, proteger nossa crianças e adolescentes de todos os seus direitos violados, onde acontecer isso, esperando que os CTs estejam presentes para que esses direitos sejam mantidos, como rege o ECA", diz Marcio. 

Com aumento no número de votantes (36.540 nestas eleições), os conselheiros eleitos devem atuar entre 2024 e 2027, sendo empossados em 10 de janeiro do próximo ano.

 

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CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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