Na manhã desta quarta-feira (30), o Consórcio Guaicurus confirmou oficialmente que contratará um seguro para os veículos do transporte coletivo de Campo Grande. A exigência já constava em uma cláusula do contrato da empresa de transporte com a Prefeitura Municipal de Campo Grande desde 2012, mas não estava sendo cumprida.
No mês passado, durante uma oitiva da Comisão Parlamentar de Inquérito - (CPI), que investiga a prestação de serviço do Consórcio Guaicurus, o ex-motorista Weslei Moreli relatou que quando o ônibus se envolvia em um acidente que causava algum ferimento à um passageiro, o motorista era responsabilizado, sendo descontado de seu salário as despesas médicas e medicamentosas do passageiro, já que a empresa não é acobertada por seguro.
Além disso, em uma das oitivas, João Resende disse que se mantém na diretoria do Consórcio após deixar o cargo de presidente das empresas. Na ocasião, ele respondeu questões sobre a frota antiga e confirmou que os veículos não possuem seguro.
De acordo com o que foi divulgado pelo Correio do Estado no dia 10 de junho de desse ano, o Consórcio Guaicurus tinha em sua frota naquela data, 97 ônibus acima do limite de idade máxima que é permitido em contrato com a prefeitura .
A informação foi do diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Brito de Oliveira. Conforme o contrato, a idade média dos ônibus deve ser cinco anos e a máxima, 10 anos. "Nós temos 97 carros acima de 10 anos. Pelo contrato, a idade média dos ônibus deve ser cinco anos e a máxima, 10 anos para o convencional e de 15 anos para o articulado", disse
A regularização do seguro obrigatório foi uma das questões centrais apuradas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Consórcio Guaicurus na má qualidade do serviço prestado à população. Para o presidente da comissão, vereador Dr. Lívio, a contratação representa uma importante conquista do trabalho da CPI. “É mais uma vitória da comissão e essa correção mostra o impacto positivo da nossa atuação”, declarou.
A CPI está na fase de elaboração do relatório final, que deve ser apresentado na segunda quinzena de agosto. O documento trará um diagnóstico detalhado sobre a gestão do transporte coletivo, incluindo possíveis recomendações de medidas legais e administrativas.


