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Consórcio Guaicurus receberá quase R$ 30 milhões de subsídios neste ano

Valor repassado pelo governo do Estado subiu para R$ 13 milhões, enquanto a prefeitura manteve teto em R$ 15,6 milhões

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O Consórcio Guaicurus deverá receber neste ano quaseR$ 30 milhões só de subsídios, caso Prefeitura de Campo Grande e governo do Estado repassem os valores destinados ao pagamento das gratuidades do transporte público que estão prometendo.

De acordo com a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), o valor deste ano deverá ser o mesmo do ano passado, quando a prefeitura estabeleceu teto mensal de repasse de R$ 1,3 milhão, o que representa um montante anual de repasse ao Consórcio Guaicurus de
R$ 15,6 milhões.

Já o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou na semana passada que o Estado deverá fazer o repasse, mas com aumento. Pelo relatado, o montante deve sair de R$ 10 milhões para R$ 13 milhões.

Com isso, só contabilizando os repasses do Estado e do município, o Consórcio Guaicurus terá R$ 28,6 milhões em recursos. Esse valor, porém, não contabiliza o que é destinado pelo governo federal para o pagamento dos passes dos idosos nem a isenção fiscal do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que também deverá ser feita pela prefeitura.

A administração municipal, porém, ainda não encaminhou o projeto de lei que permite esse subsídio para a Câmara. Segundo o presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, assim que o documento chegar, ele deverá ser posto em discussão pelos parlamentares.

SUBSÍDIO

O subsídio às gratuidades foi implantado em 2022, após motoristas do transporte coletivo marcarem greve. A medida começou com teto de R$ 1 milhão por mês, a depender do volume de passes gratuitos municipais utilizados.

No ano passado, o valor da ajuda subiu para R$ 1,3 milhão mensais, patamar que deve se manter neste ano, caso a Câmara Municipal da Capital aprove o projeto de lei do Executivo.

O valor foi estabelecido porque o Consórcio Guaicurus alegava haver defasagem entre o valor recebido e o que deveria receber. A diferença se dava por causa da tarifa técnica apontada pela Agereg e pelo que era efetivamente colocado como tarifa pública.

Em 2022, o Consórcio Guaicurus alegou que essa suposta defasagem entre o valor que deveria ser cobrado da população e a tarifa técnica seria de R$ 1,8 milhão ao mês.

Com isso, pelas contas do Consórcio Guaicurus, o valor anual a ser recebido como forma de “compensação” deveria ser de R$ 21,6 milhões.

Com a homologação dos dois repasses, da prefeitura e do governo do Estado, além do valor destinado pela União, o Consórcio Guaicurus deverá receber neste ano uma quantia muito acima da que dizia ter de receber em razão da defasagem.

Os passes subsidiados pela prefeitura são de estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) e de pessoas com deficiência (PCDs). Já o governo paga pelos alunos da Rede Estadual de Ensino (REE).

TARIFA

Na semana passada, a Prefeitura de Campo Grande reajustou o valor do passe de ônibus em Campo Grande. Após briga judicial, o município reajustou em 2,94% a passagem, passando de R$ 4,65 para R$ 4,75.

Na mesma publicação, a Agereg também oficializou o valor da nova tarifa pública, que aumentou de R$ 5,80 para R$ 5,95 (esse valor é usado pelo poder público para estipular o valor do subsídio às gratuidades).

IMPASSE

A novela do reajuste da tarifa pública de ônibus começou no fim do ano passado, quando o Consórcio Guaicurus entrou na Justiça para pedir que o aumento fosse realizado sempre em outubro, já que o contrato de concessão foi assinado nesse mês, em 2012. Além disso, o grupo de empresas também solicitava que fosse feito o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão.

Sobre a revisão contratual, a última determinação, também neste ano, foi a da presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, que deu parecer favorável ao Consórcio Guaicurus para negociar uma revisão contratual extraordinária com a Prefeitura de Campo Grande, o que pode encarecer a tarifa. A administração municipal deve recorrer desta decisão, segundo a Procuradoria-Geral do Município.

Na semana passada, o diretor-presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Júnior, afirmou que esse aumento só será feito se a Justiça determiná-lo. 

“Essa definição de hoje foi a definição da tarifa do reajuste anual. O entendimento da Agereg é de que não há necessidade de outro aumento, principalmente por conta dessa anualidade. Agora, se a Justiça determinar qualquer outro entendimento, nós vamos ter de cumprir, recorreremos, mas teremos de cumprir”, destacou Oliveira Júnior, durante evento da prefeitura na tarde de ontem.

Caso esse aumento seja mantido, o valor da tarifa técnica do transporte poderá chegar a R$ 7,79. Esse valor foi apresentado pela Agereg, em 2022, ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), após determinação da Corte de Contas para que o estudo de reequilíbrio fosse feito. 

SAIBA

Matéria do Correio do Estado publicada nesta segunda-feira mostrou que, entre 2022 e 2023, houve um aumento de 8% no número de pessoas com direito a gratuidades no transporte coletivo de Campo Grande, segundo dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Em 2022 foram 96.525 usuários, enquanto no ano passado foram 104.789.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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