Cidades

CAMPO GRANDE

Construtora cobra R$ 10 milhões para entregar obra de shopping

Empreendimento possui 31.240 m² de área construída em um terreno de 120 mil m²

SÚZAN BENITES

30/09/2019 - 09h21
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O prédio localizado no Núcleo Industrial Indubrasil, em Campo Grande, construído para ser um outlet e posteriormente anunciado como shopping do agronegócio, segue de portas fechadas. O real motivo seria a falta de pagamento de mais de R$ 10 milhões à empresa construtora. 

De acordo com a defesa da construtora Haddad Engenheiros Associados, desde a conclusão do imóvel a empresa tenta negociar o pagamento, sem sucesso. “A obra está concluída, mas a empresa contratante não se acerta quanto ao valor do imóvel. A empresa paulista Rivercom não fez nenhuma proposta de valor a ser pago, apenas questiona o preço cobrado. Enquanto nada for resolvido, o shopping não pode funcionar”, explicou o advogado André Borges. 

A empresa solicitou uma perícia para determinar o valor devido. “Por enquanto, o processo aguarda o juiz definir ser haverá perícia ou não para apurar o valor devido”, informou advogado da construtora.

Conforme a petição inicial, o valor cobrado pela construtora é de R$ 10.058.533,33, descontado o valor recebido (o saldo foi acrescido de juros e correção monetária), relativo a serviços executados e não pagos.

“A requerida, ao mesmo tempo em que desfez o vínculo, ficou inadimplente, o que foi objeto de várias negociações infrutíferas, e chegou a propor o pagamento de quase R$ 5,5 milhões, não aceito por ser bem inferior ao devido”, informa o documento.

O mesmo texto diz ainda que a construtora foi regularmente contratada pela requerida para prestação de serviços de engenharia e construção. “Cobrou preço justo e de mercado, realizou grande parte do que foi contratado, recebeu parte do serviço, a obra está quase concluída, mas foi paralisada por decisão da requerida, que não pagou parte do valor de serviços contratados e executados, que, confirmados tecnicamente, alcançou o valor objeto desta ação, que merece ser pago por determinação judicial, por ser evidentemente antijurídica a inadimplência prolongada”.

SHOPPING 

A pedra fundamental do outlet de Campo Grande foi lançada em abril de 2014. A previsão inicial era de que a inauguração fosse realizada em novembro daquele ano. Em razão da não conclusão da obra da rotatória, foi adiada para o primeiro trimestre de 2015 e, depois, para o segundo semestre de 2016.

O investimento inicial no empreendimento foi de R$ 30 milhões. As obras foram concluídas em 2017, no mesmo ano, em outubro, o grupo empresarial responsável reformulou a proposta e as 115 lojas passariam a comercializar produtos agropecuários, estabelecendo-se como o primeiro shopping rural do País. 

Em outubro do ano passado, os sócios das empresas Rivercom e Inova apresentaram ao governo do Estado as mudanças no projeto. “Diante da retração no mercado de vestuário e do volume de shoppings neste segmento em Campo Grande, os empresários resolveram mudar o foco do empreendimento”, detalhou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, na época.

“A indústria da moda está sem expansão neste momento e optamos por redefinir a vocação do empreendimento”, disse Mascarenhas.

Em fevereiro deste ano, a empresa anunciou que as atividades comerciais seriam iniciadas em março. 

De acordo com um dos sócios do empreendimento, o CEO da Inova Mall & Retail Antônio Mascarenhas, uma nova data para inauguração do centro comercial será divulgada em breve. “Não desistimos do shopping, pelo contrário, a gente acredita muito no sucesso do projeto. Estamos resolvendo algumas questões legais de infraestrutura, logística e outros detalhes para definirmos uma data de inauguração. Dentro de 60 dias definiremos a data para a abertura do shopping”, informou Mascarenhas.

Com o impasse, o local que abrigaria o primeiro shopping do agronegócio do País segue de portas fechadas. O prédio é escoltado por seguranças e tem grades para que visitantes não entrem na área.

ACIDENTE

Vídeo: van com 14 passageiros capota e 8 pessoas ficam feridas na BR-163

Van pertence a Secretaria de Saúde de Naviraí e transportava pacientes até Dourados

28/11/2024 12h00

Parte frontal e lateral da van e do Vectra foi completamente destruída

Parte frontal e lateral da van e do Vectra foi completamente destruída DIVULGAÇÃO

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Oito pessoas ficaram feridas em colisão entre três veículos – Van, Vectra e Corsa –, na noite desta quarta-feira (27), no KM-251 da BR-163, em Dourados, município localizado a 229 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, a van pertence a Secretaria de Saúde de Naviraí e transportava 14 pacientes até Dourados, em um percurso de 137 quilômetros.

A van seguia na BR-163, quando o Vectra, que trafegava em uma estrada de terra, acessou a rodovia e ambos colidiram. A van bateu na lateral do Vectra, capotou e ainda atingiu um terceiro veículo, o Corsa.

Apesar o impacto, os passageiros ficaram levemente feridos e ninguém morreu. 

Os pacientes foram encaminhados por duas ambulâncias, uma da CCR MSVia e outra do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), até o Hospital da Vida, em Dourados.

Uma ocupante do Vectra também precisou ser socorrida. Ninguém do Corsa se feriu.

A parte frontal e lateral da van e do Vectra foi completamente destruída. Já o Corsa sofreu escoriações leves. Veja o vídeo:

As causas do acidente serão apuradas pelas autoridades competentes.

* Crédito do vídeo: Sidnei Bronka Lemos

CIGARRO ELETRÔNICO

Operação da Polícia Civil apreende 3 mil cigarros eletrônicos na capital

Equipes policiais cumpriram mandados de busca e apreensão nos bairros Jardim Bela Vista, Amambai e em tabacarias dos bairros Tiradentes e Vila Progresso; Venda do dispositivo é proibida pela Anvisa desde 2009

28/11/2024 10h30

Polícia Civil apreendeu mais de três mil dispositivos vendidos ilegalmente

Polícia Civil apreendeu mais de três mil dispositivos vendidos ilegalmente Foto: divulgação

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Em uma ação coordenada para combater a venda de cigarros eletrônicos em Campo Grande (MS), a Polícia Civil apreendeu na última quarta-feira (27) mais de três mil dispositivos de fumo vendidos ilegalmente na capital.

A ação, realizada em conjunto com a Delegacia Especializada de Proteção ao Consumidor (DECON) e a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), teve como alvo pontos de vendas identificados em quatro pontos da cidade, nos bairros Jardim Bela Vista e Amambai, e em tabacarias dos bairros Tiradentes e Vila Progresso

Além da apreensão dos famosos “pods”, popularmente conhecidos como cigarros eletrônicos, cinco homens e uma mulher foram presos em flagrante pelo crime de contrabando e conduzidos à DECON.

Polícia Civil apreendeu mais de três mil dispositivos vendidos ilegalmenteFoto: Divulgação

Ao todo, a polícia apreendeu 730 acessórios para cigarros eletrônicos, 520 frascos de “juice” (uma essência realizada para preencher os vaporizadores), 239 fumos saborizados e 65 caixas de papel de seda importados sem as devidas informações legais. 

Segundo o PROCON/MS, a Vigilância Sanitária Estadual e a ANVISA estimam que a operação resultou na retirada de circulação de produtos no valor de meio milhão de reais.

Estado do “Pod”

Segundo a  pesquisa divulgada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), que analisou dados de 2018 a 2023 com pessoas de 18 a 54 anos, o Mato Grosso do Sul é o segundo Estado do país com maior número de consumidores de cigarro eletrônico.  Conforme a pesquisa, cerca de 4% da população analisada (aproximadamente 31 mil pessoas) consomem o produto.

Além do consumo exagerado, MS é o vice-campeão no ranking nacional de apreensões, ficando atrás, novamente, apenas do Estado do Paraná. Em 2023, foram 363.911 registros de cigarros confiscados no Estado. Já no Paraná, líder das apreensões, foram 618.889 registros.

De acordo com a Receita Federal, as apreensões vêm crescendo em todo o Brasil desde o ano de 2019. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 25% dos confiscos no Estado. Em todo o país, foram 1.094.622 unidades apreendidas em 2022 contra 1.367.719 em 2023.

Venda proibida

No Brasil, a legislação proíbe a fabricação, importação, exportação e comercialização de alguns tipos de cigarro, dentre eles os famosos vapes e demais dispositivos eletrônicos para fumar.

A proibição dos cigarros eletrônicos (ou dispositivos eletrônicos para fumar) pela Anvisa começou em 2009 e se mantém até hoje.

A Resolução da Diretoria Colegiada RDC n° 855/2024 além de proibir a comercialização, importação, o armazenamento, o transporte e a propaganda dos DEF, reforça a proibição de seu uso em recintos coletivos fechados, público ou privado. 

O motivo alegado pela Anvisa foi a "falta de evidências científicas suficientes sobre a segurança e a eficácia desses dispositivos para cessação do tabagismo, além de preocupações com potenciais riscos à saúde, já que muitas dessas substâncias continham nicotina e outros aditivos prejudiciais".

O que são PODS?

 Pod é um dispositivo eletrônico portátil que vaporiza um líquido aromatizado, oferecendo uma experiência similar ao cigarro, mas com algumas diferenças em termos de tamanho, complexidade e regulamentação.

No entanto, apesar da aparência inofensiva, pods contêm nicotina e outras substâncias que podem causar dependência e prejudicar a saúde.

Por que os cigarros eletrônicos são proibidos enquanto os tradicionais são permitidos no Brasil?
 

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