Cidades

IGUALDADE RACIAL

Coordenadora diz que '13 de maio' têm pouco a festejar

Coordenadora diz que '13 de maio' têm pouco a festejar

DA REDAÇÃO

13/05/2011 - 00h02
Continue lendo...

Nesta sexta-feira, 13 de maio, completam-se 123 anos, depois de abolida, oficialmente, a escravidão no Brasil. A coordenadora de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial de Mato Grosso do Sul (Cppir/MS), Raimunda Luzia de Brito, entende que embora a data seja celebrada como uma forma de resistência do povo negro contra as desigualdades e injustiças sociais,  também há alguns avanços em prol da população, dentre eles, o Programa de Ações Afirmativas para a População Negra.

“É um avanço, quando a gente pensa em ação afirmativa, que atinge poucas pessoas, mas está atingindo. Porque está atingindo aquelas pessoas que estão se esforçando para sair do zero. Isso é muito bom”, disse Raimunda, ao afirmar que a população negra ainda tem muito pelo o que lutar. “Enquanto a gente tem o que lutar, nós não temos porque festejar. Nós temos que celebrar alguns avanços que tivemos. Mas são muito poucos, considerando que nós somos 50,6% da população brasileira”.

Eventos

Os eventos relativos ao 13 de maio estão sendo promovidos, durante esta semana, por todo o Brasil. Nas cidades de Olinda e em Recife, por exemplo, foram realizados encontros com lideranças negras do estado, visitas a fundações e universidades e abertura de projeto turístico para a Copa do Mundo de 2014.

Segundo informações da Fundação Cultural Palmares, na semana do 13 de maio, marcada por mobilizações em todo o País, a expectativa é de que a Lei 10.639, de 2003, que institui como obrigatório o ensino da História da África, seja imediatamente absorvida pelos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares – o que irá contribuir para o resgate da participação do povo negro na construção das riquezas materiais e imateriais do Brasil. 

Batalha

Ainda, de acordo com a Fundação Palmares, após 123 anos da abolição formal da escravatura, a bandeira de luta pela cidadania do povo negro levantada pelo grande líder Zumbi dos Palmares continua tremulando no Brasil. Alvos constantes de preconceito e violência por conta da cor da pele, os descendentes de africanos escravizados ainda anseiam pela real liberdade, que só pode ser alcançada com o fim do racismo. 

Políticas de ações afirmativas, propostas por iniciativas como o sistema de cotas, criam reservas de vagas em instituições de ensino superior, aumentando a inclusão de alunos negros nas universidades. Dados de uma pesquisa adotada pelo Ministério da Educação apontam que nos últimos sete anos, mais jovens afrodescendentes ingressaram em instituições de ensino superior do que nos vinte anos anteriores. 

Estatuto

O Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/10) foi aprovado em 20 de novembro de 2010. O documenta visa garantir a implementação de políticas públicas favoráveis à população negra, objetivando a correção de desigualdades históricas e a erradicação do racismo na sociedade brasileira.

Texto segue à Câmara

Senado aprova emenda que permite separar polícias civil e científica

Nelsinho Trad e Tereza Cristina votaram a favor da proposta; Soraya Thronicke não compareceu

17/12/2025 15h30

Foto: Paulo Ribas / Arquivo Correio do Estado

Continue Lendo...

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (16), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 76/2019, que inclui as polícias científicas no rol dos órgãos de segurança pública previstos na Constituição, medida que abre caminho para a separação administrativa e funcional entre a Polícia Civil e a Polícia Científica nos estados, reforçando a autonomia dos órgãos responsáveis pelas perícias criminais. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

Em primeiro turno, a proposta recebeu 65 votos favoráveis e apenas uma abstenção. No segundo turno, foram 64 votos a favor, superando com folga o mínimo constitucional de três quintos dos votos dos senadores. Para entrar em vigor, a PEC ainda precisa ser aprovada em dois turnos pela Câmara, com pelo menos 308 votos favoráveis.

Após a aprovação no Senado, entidades representativas da categoria comemoraram o avanço. Francisco Orlando, presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul (Sinpof/MS) agradeceu aos senadores de Mato Grosso do Sul que votaram favoravelmente à proposta, destacando o apoio de Nelsinho Trad e Tereza Cristina. A senadora Soraya Thronicke não participou da votação.

Segundo Orlando, a autonomia da Polícia Científica garante mais independência técnica e fortalecimento institucional. O sindicato afirmou estar mobilizado para acompanhar a tramitação da PEC na Câmara dos Deputados, confiantes na continuidade do apoio parlamentar a uma medida considerada histórica para a segurança pública brasileira.

Texto

A PEC foi apresentada em 2019 pelo então senador Antonio Anastasia (MG), hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e tem como objetivo garantir autonomia constitucional às polícias científicas, responsáveis por atividades criminalísticas, de identificação e ações médico-legais. Atualmente, em muitos estados, esses órgãos ainda estão vinculados à estrutura da Polícia Civil.

Relatora da matéria, a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) afirmou que a mudança representa um avanço institucional para a segurança pública brasileira. Segundo ela, o reconhecimento constitucional fortalece a independência técnica das perícias, fundamentais para a qualidade das investigações criminais e das decisões judiciais. De maneira muito equilibrada, o Senado respeita muito a área da segurança pública, declarou a relatora durante a votação.

Dorinha também acatou parcialmente uma emenda apresentada pelo senador Dr. Hiran (PP-RR), esclarecendo que a PEC contempla os peritos criminais, os peritos médico-legistas e os peritos odontolegistas como peritos oficiais de natureza criminal.

Plenário

Durante a discussão em Plenário, senadores de diferentes partidos elogiaram a proposta. Para Jayme Campos (União-MT), a PEC representa um marco na modernização do Estado brasileiro. Marcos Rogério (PL-RO) e Sergio Moro (União-PR) destacaram que a iniciativa valoriza os profissionais da polícia científica e fortalece o sistema de justiça criminal. Moro afirmou que rende homenagens não apenas à polícia científica, mas a todos os policiais que se dedicam à segurança pública.

A relatora ressaltou ainda que diversos estados já possuem polícias científicas estruturadas de forma independente da Polícia Civil, o que demonstra a viabilidade do modelo agora proposto em nível constitucional.

Assine o Correio do Estado

Cidades

Ladrão de carne é preso por posse ilegal de armas, violência doméstica e crime ambiental em MS

Homem ameaçava companheira com armas ilegais, mantinha aves em cativeiro e furtava animais de abate de vizinhos

17/12/2025 15h00

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Um homem foi preso em flagrante na última terça-feira (16) por violência doméstica no município de Anaurilândia, localizado a 376 km de Campo Grande.

O suspeito era investigado pela prática de ameaças contra a companheira, que relatou  à Polícia Civil um comportamento agressivo do homem, especialmente quando sob efeito de bebida alcoólica. Em um episódio recente, ele efetuou disparos de arma de fogo, o que a obrigou a buscar abrigo na casa de vizinhos.

A mulher informou que o armamento estava no interior da residência do casal e autorizou o ingresso da equipe policial para busca. Foram apreendidas duas armas de fogo, além de munições, espoletas e outros armamentos, configurando situação de flagrante delito.

CRIME AMBIENTAL

Também no interior da casa, os policiais encontraram animais da fauna silvestre mantidos em cativeiro, entre eles um papagaio e outras aves.

A Polícia Militar Ambiental foi acionada para adoção das providências administrativas e legais cabíveis.

O homem recebeu voz de prisão em flagrante e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Anaurilândia, onde foram adotadas as providências legais.

ABIGEATO

Após a prisão do suspeito, a Polícia Civil esclareceu um caso de abigeato ocorrido na zona rural do município. O crime, que consiste no furto de animais, havia sido denunciado às autoridades na segunda-feira (15), quando foi registrado o boletim de ocorrência.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).