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CPI do Ônibus cobra mais fiscalização da prefeitura

Ex-diretor-presidente da Agetran informou durante a CPI que, para uma capital, o efetivo de agentes de transporte e trânsito é pequeno para fiscalizar a cidade

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o transporte coletivo de Campo Grande, vereador Dr. Lívio (União Brasil), afirmou que, após as oitivas já realizadas pelo grupo, um dos pontos claros foi a necessidade de a comissão transformar o que foi ouvido sobre a estrutura fiscalizatória da prefeitura em cobranças de melhorias para o Executivo.

“Cobrar a melhoria da fiscalização do transporte coletivo é um dos objetivos desta CPI. Para que haja mudanças necessárias, a CPI expõe para, depois, cobrar as responsabilidades que, em nosso entendimento, precisam ser implantadas”, disse o vereador.

Até agora, a CPI já ouviu os diretores da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e outros servidores.

Ontem, foi ouvido pelos vereadores Janine de Lima Bruno, ex-diretor-presidente da Agetran. Em seu depoimento, um dos destaques que ele fez foi sobre o número de agentes atualmente na autarquia, o qual, segundo ele, é insuficiente para fiscalizar com qualidade a cidade.

“A Agetran é pequena para o tamanho da cidade. A quantidade de funcionários que nós temos é pequena para Campo Grande. A estrutura é pequena. Nós solicitamos novos agentes de trânsito porque a gente tem esse número de agentes muito pequeno para o tamanho da cidade”, afirmou Bruno.

Segundo ele, há muito tempo não acontece concurso público para a contratação de novos agentes, o que contribui para o fato de que não há renovação no corpo de funcionários.

“Já foi discutido a necessidade de concurso em várias reuniões junto ao município. Você precisa criar um número de funcionários, precisa ter concurso público. As pessoas estão envelhecendo dentro da Agetran, se aposentam e saem, e não entra ninguém no lugar”, acrescentou.

Bruno também informou em oitiva que quando assumiu a Agetran, em 2017, a agência estava “um desastre”. “Iniciamos os trabalhos na Agetran em uma situação de terra arrasada, não tinha carro funcionando, não tinha dinheiro, era um terror, e os funcionários estavam desmotivados. Tivemos que fazer uma remontada na agência”, disse Bruno.

De acordo com o ex-diretor-presidente, o grande ganho da sua administração foi a implementação do Centro de Controle Integrado (CCI), inaugurado em 2022, um espaço que monitora e controla o trânsito de Campo Grande em tempo real, otimizando a mobilidade urbana. Ele também falou que o sistema da Agetran é regido por poucos fiscais, mas equivale ao trabalho de centenas.

“Foi vital a criação do CCI, que faz o trabalho de centenas de pessoas. Fiscais não são infalíveis. O sistema sim. O ser humano pode errar, pode andar com coisa errada, pode não gostar do consórcio, pode gostar demais do consórcio. 

O sistema não. Tudo o que acontece ele registra”, disse Bruno.

SIG-SIT

O sistema que reúne dados operacionais do transporte coletivo e que é usado pela Agetran e pago pelo Consórcio Guaicurus para fazer o levantamento das informações foi citado novamente na CPI.

Questionado pela vereadora Ana Portela (PL) se a Agetran já conferiu in loco se os dados do transporte público oferecido pelo sistema SIG-SIT do Consórcio Guaicurus são confiáveis ou não, o ex-diretor da agência afirmou que confia no sistema porque a empresa que criou o SIG-SIT tem prestígio no segmento de transporte.

“O SIG-SIT é um sistema de responsabilidade do consórcio. Conforme o contrato estabeleceu, o consórcio contratou esse sistema já pronto de uma empresa multinacional que tem milhões de usuários e mais de 100 mil ônibus fiscalizados. Então, é um sistema bastante confiável, e eu acredito que uma empresa multinacional desse porte [não] vai fraudar nenhuma coisa, colocando em cheque a sua credibilidade”, disse Bruno.

Por meio desse sistema, os auditores da Agetran pegaram as informações do consórcio para produzir o polêmico “Relatório de Monitoramento dos Índices de Desempenho” (Remid), publicado no Diário Oficial de Campo Grande, em novembro do ano passado. Nesse relatório, foi avaliado como ótimo e excelente critérios como conforto e qualidade da frota utilizada pelos campo-grandenses.

PEDIDO DE DEMISSÃO

Antes do início da oitiva de ontem, a vereadora Luíza Ribeiro (PT) apresentou um pedido feito ao Executivo municipal para demissão imediata do atual diretor-presidente da Agetran, Paulo da Silva, após suas declarações na oitiva de quarta-feira.

Na ocasião, Silva informou que a Agetran não emite multa por superlotação nos ônibus para o Consórcio Guaicurus por não estar previsto em contrato – ação que, segundo os vereadores, é prevista no Código Nacional de Trânsito.

Silva havia alegado que não há amparo legal para realizar esse tipo de autuação e que a prerrogativa não está prevista no contrato firmado em 2012.

Para Luíza, a omissão do diretor-presidente da Agetran constitui crime de prevaricação. Além disso, a conduta pode ser caracterizada como ato de improbidade administrativa, ao “permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente”.

Saiba

A próxima oitiva da CPI do Ônibus ocorre nesta quarta-feira, às 14h, quando será ouvido o ex-diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior.

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VIAGEM

MS: 790 mil veículos devem trafegar na BR-163 no Natal e Ano Novo

No Natal, 343 mil veículos vão passar pela rodovia e 446 mil no Ano Novo

23/12/2025 12h00

BR-163, em MS

BR-163, em MS Gerson Oliveira

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O movimento será intenso neste fim de ano nas estradas que cortam Mato Grosso do Sul. Quem tem disponibilidade e oportunidade, não perde a chance de curtir o Natal e Ano Novo em outra cidade.

De acordo com a Motiva Pantanal, e estimativa é que 790.279 veículos trafeguem pela BR-163/MS entre 23 de dezembro de 2025 e 5 de janeiro de 2026.

No Natal, entre 23 e 28 de dezembro, 343.326 veículos vão passar pela rodovia. Os dias com maior pico no movimento serão 23, 26 e 27 de dezembro.

No Ano Novo, entre 29 de dezembro até 5 de janeiro, o tráfego será de 446.953 veículos. Os dias mais movimentados serão 2, 3 e 4 de janeiro.

Operação Fim de Ano, da Motiva Pantanal - antiga CCR MSVia - iniciou às 00h desta terça-feira (23) e vai até 5 de janeiro.

BR-163

A BR-163 é a rodovia que corta o sul-norte de Mato Grosso do Sul. Possui 845,4 quilômetros de extensão e cruza 21 cidades, sendo elas:

  • Mundo Novo
  • Eldorado
  • Itaquiraí
  • Naviraí
  • Juti
  • Caarapó
  • Dourados
  • Douradina
  • Rio Brilhante
  • Nova Alvorada do Sul
  • Campo Grande
  • Jaraguari
  • Bandeirantes
  • Camapuã
  • São Gabriel do Oeste
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • Coxim
  • Sonora
  • Pedro Gomes

A BR-163 em Mato Grosso do Sul (MS) possui nove praças de pedágio, nos municípios de Sonora, Coxim, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes, Campo Grande, Rio Brilhante, Dourados, Naviraí e Mundo Novo.

A rodovia é 100% monitorada por 477 câmeras de monitoramento, distribuídas ao longo da BR-163/MS, permitindo acompanhamento em tempo real das condições de tráfego e apoio às ações integradas com a Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul (PRF/MS).

ORIENTAÇÕES

Se for pegar estrada neste fim de ano, é necessário que o condutor:

  • Não dirija caso consuma bebida alcoólica
  • Não dirija cansado ou com sono
  • Use cinto de segurança
  • Respeite a sinalização
  • Respeite o limite de velocidade da via
  • Porte documentos oficiais com fotos, os quais devem estar quitados
  • Realize revisão do carro: pneus, limpadores de para-brisa, freios, nível de óleo, bateria, lâmpadas, lanterna e extintor

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

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