A ouvidoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o transporte coletivo de Campo Grande recebeu 452 denúncias durante o mês de julho. Em análise a essas denúncias, os vereadores fizeram recomendações que vão de manutenção da frota a monitoramento da pontualidade.
De acordo com o relatório, ss denúncias foram categorizadas e agrupadas em grandes eixos temáticos para identificar os principais problemas enfrentados pelos usuários do transporte público.
As principais queixas foram sobre a má conversação ou falta de manutenção dos veículos, que incluem ônibus quebrados, com defeitos, sujos, deteriorados ou com necessidade de manutenção. Esta categoria recebeu 168 denúncias.
Na sequência, a maioria das reclamações, com 79 denúncias, é referente a superlotação.
Em terceiro, são 67 denúncias registradas sobre problemas diversos que não se enquadram nas categorias principais, incluindo questões específicas e pontuais.
Estas três categorias representam 69,5% de todas as denúncias, indicando que estes são os problemas mais
críticos enfrentados pelos usuários, segundo o relatório.
Confira as 10 principais denúncias sobre o transporte público de Campo Grande:
- 1º- Má Conservação/Manutenção:168 denúncias (37,2%)
- 2º - Superlotação: 79 denúncias (17,5%)
- 3º - Outros: 67 denúncias (14,8%)
- 4º - Falta de Ônibus: 59 denúncias (13,1%)
- 5º - Atraso/Pontualidade: 34 denúncias (7,5%)
- 6º - Descaso com Usuário: 21 denúncias (4,6%)
- 7º - Má Gestão: 10 denúncias (2,2%)
- 8º - Problemas com Motorista/Conduta: 5 denúncias (1,1%)
- 9º - Sugestões de Melhoria: 5 denúncias (1,1%)
- 10º - Não Especificado: 4 denúncias (0,9%)
Com relação à distribuição regional das denúncias, dentre os que identificaram a localidade, a maioria veio de usuários da região sul do município, seguida por região central, norte e sudoeste.
Em análise, a CPI concluiu que as principais reclamações são relacionadas a problemas estruturais, como conservação e falta de ônibus, enquanto os problemas operacionais, como superlotação, atraso e descaso, tem menos queixas.
Com base nas denúncias, foram feitas cinco recomendações prioritárias, que serão encaminhadas aos órgãos responsáveis, sendo:
- Investimento urgente em manutenção preventiva e corretiva da frota;
- Ampliação da frota para reduzir superlotação e falta de ônibus;
- Melhoria nos processos de gestão e controle de qualidade;
- Foco especial na Região Sul que concentra grande volume de denúncias;
- Implementação de sistema de monitoramento de pontualidade e qualidade do serviço.
CPI do Ônibus
A fase de oitivas da CPI do Ônibus foi encerrada no dia 9 de julho, sendo ouvidos a secretária especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Catiana Sabadin Zamarrenho, a diretora-adjunta da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva, e o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ednei Marcelo Miglioli.
Com a conclusão das oitivas, os vereadores iniciaram a análise técnica de documentos para elaboração do relatório final, que deverá apontar responsabilidades e propor soluções para os problemas enfrentados pelos usuários do transporte coletivo em Campo Grande.
“Cada membro da CPI vai passar uma minuta com suas percepções, análises documentais para a relatora considerar no relatório final”, afirmou o presidente da comissão, vereador Dr. Lívio, na ocasião.
“O relatório tem como objetivo colocar o ‘dedo na ferida’ do Consórcio Guaicurus e da Prefeitura, mostrando suas responsabilidades e deficiências, tanto na prestação de serviço como na fiscalização”, acrescentou o parlamentar.
A previsão de conclusão dos trabalhos é até 15 de agosto, caso não haja mais prazo para análise dos dados.




