Cidades

INFRAESTRUTURA

Cresce para 35 o número de obras paralisadas na Capital

A interrupção mais recente foi a revitalização do Parque Cônsul Assaf Trad, na região norte de Campo Grande

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Com a paralisação da revitalização do Parque Cônsul Assaf Trad, na região norte de Campo Grande, o município tem, pelo menos, 35 obras paradas.  

Ao Correio do Estado, o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, apontou que a interrupção no serviço foi necessária para ajustes no projeto.  

“Nesse caso do Parque Cônsul Assaf Trad, houve paralisação das obras para ajustes no projeto. Estamos trabalhando para concluir as obras até o fim de setembro”, disse Fiorese.  

De acordo com o portal Mais Obras, da prefeitura da Capital, a previsão inicial de conclusão do parque, fechado há anos, localizado na Avenida Cônsul Assaf Trad, entre o residencial Alphaville e o Shopping Bosque dos Ipês, era janeiro deste ano. 

As obras inicialmente orçadas em R$ 1,1 milhão já tiveram R$ 492,1 mil empregados no projeto.  

No projeto, as obras contemplam a retirada de estruturas avariadas, pintura de pergolado, revitalização do estacionamento com demarcação de vagas para portadores de necessidades especiais, instalação de lixeiras, construção de calçadas e instalação de gradil em toda a área de intervenção, entre outros.  

Também haverá a instalação de playground com piso emborrachado, com quatro torres, passarela, escorregador, tobogã e balanço. O parque terá, ainda, teatro de arena, pista de bicicross, área de ginástica e campo de futebol.  

HISTÓRICO

Em 2006, o grupo Alphaville doou à Prefeitura de Campo Grande uma área de 302.032,54 metros quadrados, como compensação ambiental por empreendimento. Em parte dessa área, foi implantado o Parque Cônsul Assaf Trad, inaugurado em 2008.

No entanto, o local, que conta com aproximadamente 25 hectares de área verde e três lagos, permanece fechado para o público. 

No parque funciona o projeto Florestinha, da Polícia Militar Ambiental (PMA), que atende crianças e adolescentes, promovendo educação ambiental, como plantio de árvores para recuperação das matas ciliares das lagoas existentes no parque.

Em 2014, denúncias de abandono e degradação ambiental, com formação de erosões, levaram o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) a se reunir com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, quando foi estabelecido prazo para limpeza, manutenção e abertura à população, que não foi cumprido.

No ano seguinte, um inquérito civil público foi instaurado pela 42ª Promotoria de Justiça para apurar a situação, com informações da PMA de que a galeria de águas pluviais localizada no parque estaria provocando o surgimento de diversas ravinas que poderiam se tornar voçorocas.

Foram solicitados laudos de vistoria e relatórios técnicos, comprovação de limpeza, abertura e inexistência de degradação ambiental. Sete anos depois, o parque continua fechado para uso da população. 

OBRAS PARADAS

Além da revitalização do Parque Cônsul Assaf Trad, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Sisep, oficializou no dia 18 de julho a rescisão de contrato com a Orkan Construtora, empresa que estava responsável pelas obras no Centro Municipal de Belas Artes. As obras, que tiveram ordem de serviço dada em fevereiro, haviam sido paralisadas em junho.  

Segundo o secretário Rudi Fiorese, a Orkan Construtora, contratada por R$ 5,1 milhões, não estava cumprindo o cronograma da obra e a expectativa de atraso já estava em cerca de seis meses.  

A empreiteira foi notificada e teve prazo para apresentar defesa, mas o contrato foi rescindido bilateralmente, ou seja, de comum acordo entre as partes.  

Com a rescisão, a segunda empresa classificada no processo de licitação será chamada para assumir a obra. Caso ela não tenha mais interesse, será chamada a próxima, e assim sucessivamente.  

Conforme levantamento feito pelo Correio do Estado, publicado em 20 de junho, pelo menos outras 33 obras estão paralisadas na Capital. São edificações para atender os mais diversos setores, entre os principais, as reformas de Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e a construção de escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme).

Segundo Fiorese, esse é um problema que tem sido enfrentado em todo o Brasil, causado pela alta exorbitante nos preços da construção civil. 

“É uma situação generalizada no País: o diesel aumentou quase 40%, o cimento mais de 50% e o reajuste anual dos preços das obras, que é o que a legislação permite, não consegue cobrir esses custos, por isso, há essas desistências”, explicou o secretário.  

SAIBA

Só no setor da saúde, por exemplo, são sete obras de Cras que começaram e estão abandonadas neste momento: Jardim Botafogo; Canguru; Zé Pereira; Guanandi; Vila Popular; Vida Nova; e Vila Gaúcha.

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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