Cidades

CORREIO 70 ANOS

Debate do Correio do Estado expõe problemáticas de vazio urbano e propõe expansão de moradias

Especialistas da área expuseram problemas de desabitação e a necessidade de expandir moradias, sobretudo as quitadas

Continue lendo...

Correio do Estado completou 70 anos em 7 de fevereiro de 2024 e, quem ganha o presente, é a cidade de Campo Grande.

Exatamente seis meses depois, o maior e mais tradicional jornal impresso de Mato Grosso do Sul realiza, na manhã desta quarta-feira (7), o evento “Campo Grande Que Queremos”, no Espaço D, localizado na rua Pernambuco, número 1205, bairro Cruzeiro, em Campo Grande.

Evento "Campo Grande Que Queremos", promovido pelo Correio do Estado. Foto: Marcelo Victor

O evento consiste em um debate com especialistas das áreas de saúde, educação, infraestrutura, meio ambiente, mobilidade urbana e economia sobre desafios existentes e sugestões de melhorias, avanços, desenvolvimento e progresso para a Capital sul-mato-grossense.

Conclusões e ideias discutidas, nesta data, serão compiladas/resumidas em um livro e entregues para candidatos que disputam as eleições municipais.

Os candidatos que disputam a Prefeitura de Campo Grande, em 2024, são Rose Modesto (União), Adriane Lopes (PP), Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Beto Figueiró (Novo), Luso Queiroz (PSOL), Ubirajara Martins (DC) e Jorge Batista (PCO).

Confira as autoridades e especialistas presentes no evento:

  • Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos - Promotor de Justiça
  • Fernando Bumlai - médico veterinário
  • Carlos Alberto Coimbra - PhD em Economia
  • Gyselle Saddi Tannous - cirurgiã dentista
  • Themis Oliveira - Geólogo
  • Elcio Terra - administrador
  • Rosângela Maria Rocha Gimenes - advogada
  • Edson KAwamoto - contador
  • Berenice Maria Jacob Domingues - adovgada e diretora-presidente da Planurb
  • Ângelo Arruda - Arquiteto e urbanista
  • Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva - Arquiteto e urbanista
  • Michel Constantino - PhD em Economia
  • Fernando Madeira - engenheiro
  • Eli Rodrigues - Bacharel em Teologia
  • Geraldo Paiva - Engenheiro Civil
  • Geraldo Mura - Graduado em Administração de Empresas
  • José Abelha - Formado em Gestão de Recursos Humanos e Técnico em Segurança do Trabalho

CONSTRUÇÃO CIVIL

Construção civil foi um dos temas debatidos durante o evento. Especialistas da área expuseram problemas de desabitação e a necessidade de expandir moradias, sobretudo as quitadas.

De acordo com o Engenheiro Civil, Geraldo Paiva, o plano diretor é trazer novas habitações, comércios, empreendimentos e negócios para reduzir o vazio urbano que existe em Campo Grande.

Trazer habitação e trazer novos negócios, é o plano diretor que está aqui: essa é ferramenta que permitirá a cidade se desenvolver.

O mercado imobiliário participou da discussão e foi convidado, o mercado percebeu que tínhamos grande vazio urbano. Campo grande, nos últimos 5 anos, não esta produzindo habitação suficiente para aumento da população que tem.

A cidade é maravilhosa e nós temos que investir nela. Campo Grande tem pujança e esse novos gestores tem que entender isso. A zona de expansao urbana pode ser usada dentro de um a regra, de um planejamento, de uma diretriz, tem que compatibilizar sistema viário e disponibilidade de infraestrutura”, explicou.

Além disso, Paiva explicitou que, ultimamente, o número de casas alugadas tem aumentado em relação ao número de casas quitadas.

“Campo Grande, nos últimos 10 anos, diminuiu percentualmente o número de habitações privadas quitadas. Está aumentando o número de habitação de locação. A locação é um meio de ocupação transitória, numa fase da vida da pessoa. Isso mostra que não estamos conseguindo moradia de habitação para a cidade e estamos entregando locação. Precisamos utilizar maciçamente, explorar essa infraestrutura disponível, e ser economia para o município, economia para a atividade privada”, disse.

O debate sobre saúde pública pode ser assistido no Canal do Youtube. Todas essas ideias serão, posteriormente, compiladas e entregues para todos os candidatos a prefeito de Campo Grande em forma de livro, como sugestão para que as medidas propostas entrem nos planos de governo dos candidatos.

Cidades

Cadela Laika encontra corpo de idoso que desapareceu em Campo Grande

O idoso Joaquim Gonzales, que sofria de Alzheimer, foi localizado sem vida na tarde desta terça-feira (14), no Jardim Itamaracá

14/01/2025 18h00

Reprodução Redes Sociais

Continue Lendo...

O idoso Joaquim Gonzales, de 78 anos, natural da Espanha, que desapareceu no último domingo (12), foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (14), nas proximidades do pontilhão do Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

A vítima, que sofria de Alzheimer, estava desaparecida desde domingo, segundo relatos de familiares. De acordo com eles, Joaquim deixou a residência de madrugada. O corpo foi encontrado com o auxílio da cachorra Laika, do Corpo de Bombeiros.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a orientar as buscas. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Joaquim foi identificado nas gravações, e a partir disso, os militares delimitaram um perímetro de buscas.

Na região, que possui mata, foram localizados próximos a uma estrada de terra o chinelo, o boné e até um cinto que pertenciam ao idoso.

O trabalho da cachorra Laika foi fundamental para encontrar o local onde o corpo de Joaquim estava. Após a localização, os militares confirmaram que se tratava do desaparecido.

Equipamentos como drones com sensor de calor também foram utilizados durante as buscas. Durante todo o processo, familiares permaneceram mobilizados, espalhando cartazes pela cidade em busca de Joaquim.

Cadela que auxiliou nos resgates

A cadela de busca Laika do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMS), que atua ao lado do sargento Thiago Kalunga, levou poucos minutos para localizar o corpo da vítima. Em outubro de 2023 recebeu a Certificação Nacional de Cães de Busca e Resgate.

Laika, que é da raça pastor holandês, foi aprovada na prova de ‘busca urbana’ realizada nos dias 4 a 6 de outubro durante a 21ª edição do Seminário Nacional de Bombeiros (Senabom), em Gramado no Rio Grande do Sul. 

Além de estar apta para atender todos os municípios de Mato Grosso do Sul, após a certificação nacional, a cadela também está autorizada a atuar em ocorrências em todo o Brasil.

Posteriormente, no dia 13 de maio de 2024, Laika fez parte da  1º equipe especializada em busca e resgate juntamente com outros cães e militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul para auxiliar no resgate das vítimas na tragédia que assolou o Rio Grande do Sul. A equipe do Estado atuou no município de Encantado.

 A equipe formada pelo sargento Thiago Kalunga e os soldados Jéssica Lopes e Humberto permaneceu em torno de  10 dias atuando nos locais com as estruturas colapsadas pela enchente e inundação.

Assine o Correio do Estado

Transtorno

Briga na Justiça: passageiros de MS sofreram 1 atraso de voo por dia em 2024

Cenário acarretou em 435 ações judiciais contra empresas aéreas no estado

14/01/2025 17h45

Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande

Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande Gerson Oliveira, Correio do Estado

Continue Lendo...

Os passageiros do setor aéreo em Mato Grosso do Sul sofreram com um número médio de 1 atraso de voo por dia em 2024. 

Conforme levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), esse cenário acarretou em um total de 435 ações judiciais contra empresas aéreas entre os meses de janeiro e novembro do ano passado no estado.

Os processos foram solicitados principalmente por passageiros, em busca reparação por prejuízos causados pela alteração indevida do horário das viagens.

Apesar de alto, o número de ações judiciais em Mato Grosso do Sul apresentou uma leve queda se comparado com 2023, ano em que registrou 440 processos. Em 2022, o número foi ainda maior, com 520 ações judiciais registradas.

Serviço ineficaz

A principal insatisfação dos consumidores é com a falta de resolução eficaz por parte das companhias aéreas. As buscas dos passageiros na Justiça são de valores financeiros por danos materiais e morais.

Segundo Mayra Sampaio, advogada especializada na área, a decisão de processar está diretamente relacionada à incapacidade das companhias aéreas de resolverem essas questões de forma adequada e em tempo hábil.

"Esse alto número acaba não só impactando esses processos a terem uma rápida solução, mas também o consumidor deve ter seus direitos respeitados, e infelizmente, não é o que tem acontecido por parte das companhias aéreas. Desta forma, talvez esse alto número acabe influenciando as companhias a reverem suas políticas para evitarem esses problemas judiciais", afirma.

Já para Henrique Arzabe, advogado especialista em Direito do Consumidor, o alto número de ações evidencia que, apesar da recuperação do setor aéreo após a pandemia, as companhias aéreas ainda enfrentam desafios para oferecer um serviço eficiente.

“O crescimento de casos pode ser um indicador para que as companhias revejam suas práticas e evitem recorrências judiciais, buscando soluções mais rápidas e eficazes para os consumidores”, conclui.

Atraso vs cancelamento

Ainda confome Arzabe, a diferença entre atraso e cancelamento de voo está na execução do serviço. Nesse sentido, as situações impactam o passageiro de maneira diferente.

“O atraso ocorre quando há uma nova previsão de partida e o voo é realizado, mesmo fora do horário inicial. O cancelamento, geralmente, implica maiores prejuízos para o passageiro, como a perda de compromissos ou diárias de hospedagem, além do transtorno de ter que replanejar toda a viagem”, ressalta.

Brisa Nogueira, advogada especializada em Direito do Consumidor alerta que o tempo de espera é um fator determinante para os direitos do consumidor em casos de atraso de voo.

“Em termos de direito do consumidor em relação ao atraso no voo, nós precisamos pensar quantas horas o consumidor fica ali à disposição da companhia aérea para que seja dada, se for dada, alguma providência. Até duas horas há ali uma pendência de alimentação, especialmente despesas com água e comida. Excedendo-se quatro horas de espera e havendo a necessidade de pernoite no aeroporto, é necessário que a companhia aérea faça o custeio de hospedagem, bem como transporte de deslocamento e retorno ao aeroporto, sem prejuízo do direito do consumidor de ser alocado no próximo voo, havendo disponibilidade”, afirma.

Registre provas

Vale destacar que é importante o consumidor conhecer seus direitos e ficar preparado para buscar reparação em casos de prejuízos causados por atrasos ou cancelamento de voo.

Nesse sentido, ao sentir-se lesado, é importante que o passageiro registre o maior número de provas possível, para assim, conseguir reinvindicar reparação jurídica de maneira mais eficaz.

“É muito importante o consumidor constituir a prova. Primeiro, prova do atraso do voo e, também, dos prejuízos. Se a empresa oferecer algum voucher, é importante registrar isso. Principalmente, se a empresa não o ofereceu, é fundamental ter a prova de que, por exemplo, o atraso gerou outro tipo de prejuízo, como a perda de uma diária de hotel ou reserva de carro. Relembrando que, a partir de quatro horas de atraso injustificado, é devido dano moral ao consumidor”, destaca Brisa Nogueira.

Por fim, o advogado Henrique Arzabe o consumidor não deve pensar duas vezes quando for buscar reparação caso se sinta prejudicado.

“As companhias aéreas têm a obrigação de oferecer um serviço adequado e de prestar assistência, independentemente do motivo do atraso ou cancelamento. Até porque, pequenos atrasos podem causar prejuízos significativos para o cliente, como perder uma conexão ou uma reserva. Por isso, documentar tudo é essencial para garantir que seus direitos sejam respeitados”, conclui.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).