Cidades

PREVENÇÃO

Defesa Civil de Corumbá constatou infiltração em barragem no Urucum

Mineradora Vetorial ainda não instalou equipamentos de segurança

RENAN NUCCI

30/01/2019 - 09h48
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Inspeção realizada em setembro do ano passado pela Agência Municipal de Proteção e Defesa Civil de Corumbá constatou infiltração na barragem Laís, da mineradora Vetorial, localizada no Maciço do Urucum. No entanto, de acordo com o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros Isaque do Nascimento, diretor-executivo da agência, o problema é considerado “tênue” e não representa risco, apesar de ser sinal de alerta quanto às condições da estrutura.

Em entrevista ao Correio do Estado, Nascimento explicou que após a fiscalização, a empresa iniciou série de vistorias diárias no local, com consentimento da Agência Nacional de Mineração (ANM). Os reparos devem ocorrer ainda este ano, quando a barragem passará por alteamento, saltando de 23 metros para 27 metros de altura, aumentando a capacidade de armazenamento de rejeitos de 800 mil metros cúbicos para 1,09 milhão de metros cúbicos.

Ainda de acordo com Isaque, em caso de rompimento, 12 famílias, aproximadamente 40 pessoas, podem ser atingidas. Além disso, a Vetorial ainda não implementou sistema de segurança com alarmes, sirenes, sinalização para rotas de fuga e pontos de encontro. “Isso deve ser implantando também este ano, porque o alteamento da barragem só vai acontecer depois que todos os requisitos de segurança foram cumpridos. Mas a empresa está dentro do prazo”, explicou.

De acordo com o parecer técnico de 2015 do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), a mineradora Vale tem 14 barragens de rejeitos no Morro do Urucum e 1 no Morro de Santa Cruz, denominada Barragem do Gregório. A Vetorial, por sua vez, tem duas no Urucum, sendo a Laís a maior deste grupo. “Todas elas foram vistoriadas no ano passado pela Defesa Civil de Corumbá. Primeiro a Vetorial, em setembro, e em seguida a Vale, em outubro. No caso da Vale, tudo estava dentro das conformidades”, pontuou Nascimento.

Ele reforçou ainda que as mineradoras operaram em Mato Grosso do Sul por mais de 40 anos sem alguns dispositivos de segurança como as sirenes, que passaram a ser obrigatórios a partir do ano passado, conforme decreto ministerial após o caso de Mariana (MG). “No caso da Vale, por exemplo, o aparato de segurança foi montado em Corumbá no ano passado mesmo. Ela foi a primeira. Logo em seguida fizemos um simulado nas imediações da barragem do Gregório, que é a maior delas [com capacidade de 9,3 milhões de litros cúbicos de rejeito] e cujo a rota afetaria aproximadamente 250 pessoas em um dia comum”, pontuou ele, reforçando que o problema pode ser maior.

“Como é uma área de balneários, dependendo do dia, podem estar na rota dos rejeitos até 600 pessoas. Por isso fizemos simulado na prática com os moradores, juntamente com o Exército, a Marinha, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Defesa Civil e todo o contingente da Vale, como forma de prepararmos as pessoas e orientá-las caso haja rompimento”, pontuou. A barragem do Gregório tem baixo risco de rompimento, mas os danos são altos, pois poderia causar estrago sem precedentes pelo Pantanal, num trajeto de 16 quilômetros até nas imediações da BR-262.

FORÇA-TAREFA

Grupo de trabalho coordenado pelo Imasul, criado para vistoriar as barragens de contenção de rejeitos de minérios de ferro da Vale e da Vetorial – mineradoras que exploram as reservas minerais de Corumbá -, iniciou nesta ontem a ação preventiva para identificação da rotina operacional das instalações recomendada pelo governador Reinaldo Azambuja.

Ontem houve uma reunião com as empresas e hoje as equipes participam de vistorias no local. Pela manhã, visitam as instalações da Vetorial e à tarde da Vale. Participam: a procuradora federal Maria Olívia Pessoni Junqueira, Ricardo Ebole, do Imasul; deputado Felipe Orro, da comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa; Marcos Derzi, da Sudeco; e representantes da prefeitura de Corumbá, Defesa Civil do Estado; Corpo de Bombeiros; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/MS) e Polícia Militar Ambiental.

 

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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