Cidades

Caso Marcel Colombo

Defesa de Jamil Name tenta vincular morte de Playboy da Mansão ao narcotráfico

Segundo as provas apresentadas, Colombo tinha um comportamento violento e foi morto por pessoas que haviam sido ameaçadas por ele devido a dívidas relacionadas ao narcotráfico.

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Os advogados de defesa de Jamil Name Filho, o Jamilzinho, apresentaram, na tarde de hoje (18), uma das provas de que a morte de Marcel Colombo, conhecido como Playboy da Mansão, está relacionada a dívidas provenientes do tráfico de drogas.

Apresentando slides, o advogado de defesa Neffi Cordeiro, relatou que Colombo era conhecido em Campo Grande por resolver situações com o uso da violência. Ele apresentou provas de que a morte de Marcel Colombo foi uma vingança de pessoas que sofreram ameaças ou de vítimas envolvidas no narcotráfico, que foram agredidas pelo Playboy da Mansão, questionando o trabalho das investigações. 

“Ele andava [pelas ruas] com soco inglês e cobrava as pessoas com violência, mas a polícia não ouviu ninguém. [Eu mesmo] tive acesso a diversos boletins de ocorrência dessas vítimas que sofreram lesão corporal por Colombo, e o delegado não chamou ninguém para conversar ou apurar. Iniciaram as investigações com provas baseadas na internet”, relatou.

Segundo o advogado de defesa de Jamilzinho, a Polícia Civil e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul seguiram uma única linha de investigação e não apuraram outros detalhes que pudessem levar a outros suspeitos, atribuindo toda a responsabilidade pela execução a Jamil Name.

“Segundo a polícia, Marcel Colombo contraiu uma dívida milionária com traficantes e não teria condições de pagá-la, o que irritou os criminosos e culminou na morte do empresário. As provas apresentadas mostram que a vítima [Jamil Name] foi presa pela Polícia Federal porque o delegado do inquérito entrou em contato com eles e disse que não havia nenhuma prova relevante para seguir com a investigação."

Neffi ainda afirma que as investigações acharam mais fácil se basear em uma briga que aconteceu antes do crime para alegar que se tratou de homicídio. 

“Uma organização criminosa vai esperar quatro anos para executar alguém? Quais são as provas que existem indicando que Jamil Name Filho matou Marcel? É preciso ter certeza para essa condenação. Se há dúvidas, que haja a absolvição do caso", relatou o advogado.

Foi desenhado um cronograma para explicar sobre a morte de ColomboDesenhos foram realizados para explicar a morte de Marcel Colombo. Fotos: Gerson Oliveira

Júri
Começou na segunda-feira (16) o julgamento de Jamil Name Filho e outros acusados de envolvimento no assassinato de Marcel Hernandes Colombo, morto em um bar situado na Avenida Fernando Correa da Costa, em 2018.

Ele e mais dois amigos estavam sentados à mesa na cachaçaria, quando por volta da 0h, um suspeito chegou ao local de moto, estacionou atrás do carro da vítima e, ainda usando capacete, se aproximou pelas costas e atirou.  

A vítima morreu no local e um jovem de 18 anos foi atingido no joelho.

A motivação do crime, conforme o processo, seria vingança por um desentendido anterior da vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Name Filho. Ele já prestou depoimento, por meio de videoconferência, pois se encontra preso em Mossoró (RN) e confirmou o desentendimento, mas negou participação no crime.

José Moreira Freires, Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis foram são acusados de serem os intermediários, encarregados de levantar informações sobre a vítima, e Juanil Miranda foi o executor.

O ex-guarda Rafael Antunes Vieira não teve participação no homicídio, mas foi o responsável por ocultar a arma usada no crime.

(*Colaborou Judson Marinho e Glaucea Viccari)

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DESCASO

Donos do Nasa Park fogem da Justiça para escapar de indenização

Desde janeiro a Justiça procura os responsáveis do condomínio de luxo para intima-los a pagaram pelos danos causados as vítimas do rompimento de barragem

12/04/2025 11h30

Vitimas de rompimento da barragem do condomínio de luxo do Nasa Park aguardam a três meses indenização decidida pela justiça

Vitimas de rompimento da barragem do condomínio de luxo do Nasa Park aguardam a três meses indenização decidida pela justiça Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Passando por grave dificuldade financeira após perdas e danos causados pela queda de barragem do condomínio Nasa Park, vítimas de enxurrada esperam por pagamento indenizatório a mais de 3 meses.

Segundo Gabriele do Prado Lopes Bethencourt, uma das vítimas de tragédia, a indenização até então não paga, se trata de uma antecipação de tutela que foi proferida pela justiça em janeiro, dentro de processo contra o condomínio de luxo localizado em Jaraguari.

O valor decidido para pagamento é de quatro salários mínimos (cerca de R$ 6 mil) que seriam divididos para três vitimas da tragédia da mesma família, Gabriele, Thiago Andelçon do Prado Lopes (Pai de Gabriele) e Thiago Andelço (irmão de Gabriele).

De acordo com a Gabriele, esta indenização estava prevista para ser paga em fevereiro, porém o valor nunca foi pago pelos Donos do Nasa Park, porque os proprietários do condomínio não foram encontrados pela justiça para receberem a intimação da antecipação de tutela.

Sem receber nenhum tipo de auxilio dos causadores do desastre, Gabriele batalha todos os dias para conseguir o básico para custear despesas e alimentação para sua família, já que a enxurrada causada pela queda da barragem no dia 20 de agosto de 2024, levou toda a renda que existia na chácara onde morava, perdendo tanques de peixe, porcos, plantação de mandioca, milho, abóbora e hortaliças.

"É humilhante você ter que pedir as coisas para os outros por conta da negligência dos órgãos ambientais e dos proprietários da Barragem. As contas continua chegando e ninguém quer saber se a barragem levou nossa casa e nossa renda. A conta sempre chega. Não tenho mais nem como manter o básico imagina conseguir paga as contas para deixar tudo em dia", declarou Gabriele.

Gabriele tem 4 filhos de 3, 7, 8 e 14 anos, dois dos menores usam fraldas e um deles é autista a família passa por dificuldades no pagamento de gastos sem renda fixa. "O gasto com combustível, alimentação, fraldas, remédios, aluguel, água, leite é absurdo. Estamos tentando refazer a horta na chácara mas os animais nativos da região estão acabando com tudo", descreveu.

Uma audiência deve ser realizada nos próximos dias para tratar sobre a falta de pagamento indenizatório, porém não se sabe se os proprietários ou representantes do Nasa Park comparecerão.

No dia 13 de fevereiro, um termo de ajustamento de conduta foi celebrado após reunião entre a advogada dos empresários do condomínio de luxo e promotores do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), onde seis vítimas da tragédia aceitaram o acordo totalizado de R$ 1,3 milhão. Entre as vítimas que firmaram este acordo, está a mãe de Gabriele, Luzia Prado Lopes.

Conforme informou Gabriele a reportagem, a primeira parcela deste acordo deveria ser paga ontem (11), porém o dinheiro indenizatório ainda não caiu na conta das vítimas.

"Era para ela [Luzia] ter recebido ontem os 30% da entrada, mas ela não recebeu um real, o advogado dela ligou para a comarca de Bandeirantes mas não tinham promotores para atender. Minha mãe iria usar o dinheiro desta entrada para alugar uma casa na cidade. Enquanto estamos dependendo de um milagre para ter comida para todo mundo", disse.

Precisando gerar renda para pagar aluguel de sua moradia na cidade, Gabriele informou a reportagem que está vendendo mini ovos de chocolate, com o que conseguiu investir em ingredientes.

Para quem se interessar na compra dos mini ovos de pascoa, como uma forma de ajudar Gabriele e sua família neste momento difícil, podem entrar em contato com o seguinte número: 67 99320-4224. Retiradas de encomendas podem ser feitas no seguinte endereço: Rua Albatroz nº 453 (Morada Verde) no bairro Coronel Antonino.

ACORDOS

Um termo de ajustamento de conduta foi celebrado no dia 13 de fevereiro, após reunião entre a advogada dos empresários do condomínio de luxo e promotores do MPMS.

O valor deverá ser pago para as seis vítimas da tragédia que aceitaram o acordo, em três parcelas quadrimestrais, ou seja, a cada quatro meses (R$ 435 mil por parcela).

O órgão fiscalizador ainda citou que o documento prevê que os empresários providenciem, dentro de 30 dias a partir da assinatura do documento, a penhora de imóveis que totalizem o valor de R$ 4 milhões, para possíveis negociações com as quatro vítimas que não aceitaram o primeiro acordo indenizatório.

Dias após a celebração de acordo com a maioria das vítimas do rompimento da barragem, foi publicado no Diário Oficial do Estado que o Nasa Park solicitou ao governo uma licença ambiental para a área afetada. O pedido foi indeferimento pelo Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

No mês passado, após acordo feito com algumas vítimas do rompimento da barragem, a justiça determinou que o Nasa Park tivesse bens desbloqueados no valor de R$ 35 milhões.

QUEDA DA BARRAGEM

Na região onde o desabamento da barragem aconteceu, pelo menos 10 propriedades foram afetadas pela força da água que desceu da represa do Nasa Park.

A reportagem do Correio do Estado esteve presente no dia 20 de agosto de 2024, na zona rural entre as cidades de Jaraguari e Campo Grande, onde a água da represa passou levando tudo o que vinha pelo caminho.

À época, Gabriele relatou que não estava em casa quando a força da água levou diversos móveis, a criação de animais e a plantação de milho e mandioca que faziam parte da renda de sua família por mais de 30 anos.

Foi por questão de minutos que a família de Gabriele não foi levada pela enxurrada da barragem. Seu irmão, Thiago Andelço do Prado Lopes, foi alertado por meio de uma ligação de um vizinho de que a barragem havia cedido

MATO GROSSO DO SUL

Inmet prevê final de semana com chuvas intensas em MS

Somente em Campo Grande, a precipitação pode chegar a 30 mm somando sábado (12) e domingo (13); Porto Murtinho e Dourados devem ultrapassar a casa dos 40 mm

12/04/2025 11h00

Sábado e domingo devem acontecer fortes chuvas no estado

Sábado e domingo devem acontecer fortes chuvas no estado Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alguns municípios sul-mato-grossenses devem receber uma grande chuva neste final de semana.

Até às 10h deste sábado (12), 23 cidades estavam em alerta laranja para tempestade. Porém, o aviso mudou para perigo potencial de chuvas intensas, englobando 32 municípios de Mato Grosso do Sul.

Com base no Climatempo, Campo Grande está previsto para receber precipitação de 3,3 mm, que no dia seguinte vai ser mais intenso, com 23,8 mm. Já cidades mais localizadas na região oeste, como Ponta Porã, este nível aumenta, com 20,4 mm hoje e 9,7 mm amanhã.

Em Aquidauana, há 86% de chance de chover 11,4 mm neste sábado, enquanto no domingo (13) deve ter 13,9 mm. Dourados, o maior município do interior, vai ter um final de semana intenso, com 18,5 mm hoje e 24,2 mm amanhã, com ambos os dias com mais de 90% de chance de chuva.

Já em Corumbá, a cidade-fronteiriça deve chegar próxima da casa dos 40 mm, sendo 12,1 mm neste sábado e 26,4 mm no domingo. Porém, Porto Murtinho é aquela que deve sofrer mais com as chuvas, com quase 50 mm somados em ambos os dias, sendo 44,9 mm somente hoje.

Aviso

O alerta de perigo potencial emitido pelo Inmet irá durar até às 10h deste domingo. Aqueles municípios que fazem parte do aviso podem receber chuvas de 20 a 50 mm, além de ventos de 40 a 60 km/h. Diante disso, o órgão aconselha que a população destas cidades não se abrigar debaixo de árvores, não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda e evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Previsão

Conforme o Cemtec, a previsão é de que estas chuvas irregulares continuem pelos próximos três meses em todo o Estado. Além disso, destacam os meteorologistas do instituto, “os índices de precipitação acumulada para o trimestre abril, maio e junho indicam que as chuvas ficarão abaixo da média histórica no estado do Mato Grosso do Sul”. 

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