Cidades

Mudança de sexo

Delegado Thiago vira Laura e pode assumir defesa da mulher

Delegado Thiago vira Laura e pode assumir defesa da mulher

Diário da Manhã

23/01/2014 - 17h57
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A delegada de polícia Laura de Castro Teixeira assumirá em fevereiro a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam-Goiânia) em prosseguimento ao processo de relocação de delegados da Polícia Civil. Entretanto, até o ano passado sua lotação era na Delegacia de Trindade, depois de passar por Senador Canedo e ela se chamava Thiago de Castro Teixeira.

 

 

 

 

 

 

O delegado Thiago foi submetido a uma cirurgia para mudança de sexo e com autorização da Justiça mudou seu nome e registro civil para Laura, assumindo outro completo referencial e se habilitando a novas experiências como mulher. A Delegacia da Mulher sempre foi tradicionalmente território ocupado por delegadas mulheres, em um dos mais respeitados episódios de “reserva de mercado” para mulheres e sem contestação.

Tratado com muito melindre nos corredores da Polícia Civil o assunto ainda é desconhecido da maioria dos integrantes da corporação. Um agente da Polícia Civil que já trabalhou com o delegado Thiago pede para ser mantido no anonimato e revela surpresa absoluta com a mudança radical que o ex-colega imprimiu em sua vida.

“É uma situação de difícil assimilação, porque sempre o vimos como uma pessoa normal e sem condições de dar uma guinada tão profunda em sua vida, assim, ao ponto de mudar de sexo, adotar um nome feminino, se vestir como mulher e alterar sua personalidade de forma profunda como será apresentado agora”, comenta.

Esse mesmo policial lembra que o delegado Thiago aparentava absoluta normalidade e sua apresentação era como se fosse um homem a toda prova. “Em nada ele lembraria ter tendências para mudar de sexo ou demonstrava alguma tendência para a homosexualidade”, comenta outro colega da Polícia Civil.

Nos últimos anos o delegado Castro Teixeira deixou crescer uma vasta cabeleira que ele amarrava na nuca um penteado conhecido como “rabo de cavalo”. Entretanto, nas suas aparições públicas como diligências, operações policiais e entrevistas ele sempre se portava com trejeitos naturalmente masculinos, inclusive de terno e camisas masculinas.

Radicalização

A mudança de Thiago para Laura despertou variadas manifestações nas pessoas que tiveram acesso à informação nos corredores da Polícia Civil pela forma radical de como se deu a mudança. Thiago foi casado com uma mulher e dessa união o casal teve dois filhos. Os poucos colegas da Polícia Civil que sabem da mudança de sexo do delegado que virou delegada evitam comentar o assunto.

Quem conviveu com ele em outras ocasiões e soube da mudança agora oscila entre o estupefato e o incrédulo. Alguns se lembram do delegado Thiago usando uma vasta barba com pouco zelo, o que denotaria uma invulgar “virilidade”. Um escrivão que teve contato com Thiago quando ele foi coordenador do Grupo Especial de repressão a Narcóticos, de Porangatu (Genarc) se refere a ele como um homem que tinha todas as características de masculinidade e que dificilmente poderia supor que ele teria algum indicativo de se tornar mulher.

“O delegado era implacável em ações que exigiam demonstração de ‘macheza’ e sua conduta era de um homem que exalava testosterona, não de um indivíduo que pudesse mudar de sexo e vir a se tornar uma figura feminina”, comenta esse escrivão.

Outra delegada que conviveu com Thiago citou sua coragem e disposição para operações policiais raramente vistas em outros homens. “Para encarar bandidos com o destemor que ele apresentava um homem com tendências para a feminilidade dificilmente não deixaria transparecer essa queda. Fatalmente seria traído por algum trejeito e isso nunca aconteceu com o doutor Thiago, aliás, agora doutora Laura”, frisa.

A reportagem tentou ouvir a delegada Laura de Castro Teixeira. Através da assessoria de imprensa da Polícia Civil ela informou que não comentará sua vida pessoal e só aparecerá em público quando estiver em condições de reassumir suas funções. Por hora a delegada ainda está de licença médica, se recuperando da cirurgia para mudança de sexo.

Maracaju

Policiais apreendem produtos de contrabando avaliados em mais de R$ 1 milhão

Os produtos de contrabando foram encontrados neste final de semana na zona rural do município de Maracaju. Até o momento, ninguém foi encontrado

25/11/2024 13h30

Veículo foi encontrado abandonado na zona rural de Maracaju

Veículo foi encontrado abandonado na zona rural de Maracaju Imagens/ DOF

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Em duas operações separadas, agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) encontraram cargas de agrotóxicos e cigarros contrabandeados, avaliados em R$ 1,1 milhão, abandonados na zona rural de Maracaju, a 159 quilômetros de Campo Grande. Até o momento , ninguém foi preso ou localizado

A primeira operação ocorreu na zona rural da MS-460, onde os policiais avistaram um GM Classic abandonado às margens da rodovia. Durante a vistoria, foram encontrados diversos pacotes de agrotóxicos de origem estrangeira, avaliados em R$ 722 mil.

Durante diligências em busca de suspeitos, nenhum foi localizado. O material apreendido foi encaminhado à Receita Federal, em Ponta Porã.


Mais apreensões 

A segunda operação, que também aconteceu neste final de semana, foi na MS-164, também na zona rural do município de Maracaju. Durante a ação, os policiais do DOF encontraram 400 caixas de cigarros contrabandeados, abandonados em um veículo nas margens da BR-164. O automóvel estava sem ocupantes, por isso os policiais não conseguiram localizar o dono da carga. 
 

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superação

Venda de Sopa Paraguaia abre portas em meio a luta contra o câncer

Fonte de renda de Noemi e 'boom' de vendas do prato típico sul-mato-grossense surgiu a partir da doença de seu filho

25/11/2024 11h45

Clientes comprando sopa paraguaia de Noemi

Clientes comprando sopa paraguaia de Noemi ARQUIVO PESSOAL

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A oportunidade bateu na porta de Noemi D’Ávila Colognesi Leandro, pedagoga, de 51 anos, na época mais difícil, torturante e dolorosa de sua vida.

Ela jamais imaginaria que sua fonte de renda e 'ganha pão' diário nasceria do momento mais terrível e angustiante da vida de uma mãe: descobrir que seu filho, de 6 anos, estava com câncer.

Em 7 de novembro de 2012, seu filho, Henri Lean Colognesi Leandro, foi diagnosticado com Leucemia Linfóide Aguda (LLA), uma espécie de câncer no sangue, aos 6 anos.

Ao ser desenganada pelos médicos, Noemi viu seu chão desabar. Exames de Henri indicavam 178.000 leucócitos no sangue, sendo que o normal é de 4.500 a 11.000. Seus sintomas eram dor de barriga, dor abdominal, náusea, febre e indisposição.

Clientes comprando sopa paraguaia de NoemiHenri Lean, aos 6 anos, durante tratamento contra a leucemia. Foto: Arquivo Pessoal

“O hematologista me deu o diagnóstico sem rodeios: ‘Mãe, seu filho está com leucemia’. Meu chão sumiu dos pés na hora e questionei o doutor como despenca uma leucemia de uma hora para outra sendo que há pouco mais de um mês havia feito um check-up nele e estava tudo normal”.

A partir disso, solicitou que repetisse o exame. Mas, no segundo teste, houve a confirmação da LLA.

Sem dinheiro para bancar o tratamento do filho e abastecer o carro para levá-lo no hospital toda semana, teve que recorrer a planos secundários para arrecadar dinheiro.

Foi então que decidiu fazer bolo de cenoura para sair vendendo nos corredores do hospital, mas, as pessoas pediam algo salgado para comer e não doce.

Com isso, uma amiga lhe deu a sugestão de fazer sopa paraguaia, espécie de bolo de milho salgado, prato típico sul-mato-grossense, para vender.

A partir de então, Noemi começou a vender o prato salgado no hospital, em frente de escolas particulares, no Uber e também sob encomenda.

O dinheiro arrecadado com a venda do salgado foi mais que suficiente para bancar o tratamento do filho e pagar as contas básicas, como água, luz e alimentação.

Em 2015, após três anos de tratamento, Henri Lean foi totalmente curado da doença. Atualmente, o rapaz está com 18 anos. A cura veio em meio ao ‘boom’ de vendas de sopa paraguaia.

Clientes comprando sopa paraguaia de NoemiLogomarca de Noemi

Após a cura, ficou a ‘parte boa’ da doença de seu filho: o lançamento da marca caseira “Noemi Sopa Paraguaia”.

Há 12 anos, a famosa Sopa Paraguaia de Noemi é um prato de mão cheia e faz o maior sucesso em Campo Grande.

Além da sopa, ela também acrescentou ao cardápio pão recheado com calabresa, empada, torta de frango e bolo de cenoura com chocolate.

Em 12 anos, Noemi se tornou referência na panificação campo-grandense e abriu o seu próprio negócio de salgaderia.

Para ela, a oportunidade surgiu em meio a adversidade e dificuldade. “A ideia da sopa surgiu de uma necessidade. Creio que foi uma oportunidades que Deus me abriu em meio a adversidade. Por isso não devemos desistir. Em meio à luta Deus sempre dá o escape. É o que me ajuda a pagar as contas todo mês”, disse.

“Meu chão desmoronou quando descobri o câncer do meu filho, mas graças a Sopa Paraguaia conseguimos concluir o tratamento por 3 anos e depois eu nao parei mais de fazer , virou um complemento de renda muito importante hoje pra mim e meu filho hoje está curado para a honra e glória de Deus. Jesus curou o meu filho da leucemia!”, complementou.

RECEITA

Noemi compartilhou a receita de sua famosa Sopa Paraguaia ao Correio do Estado. Confira:

INGREDIENTES

3 latas de milho verde ou espigas
5 ovos
6 cebolas médias
Óleo pra cobrir e fritar
Sal a gosto
1 e 1/2 pacote de flocão
1 litro de água ou leite

500g de queijo

Mussarela a gosto

MODO DE PREPARO

1. Pique a cebola em cubos medios e frite em oleo suficiente pra cobrir, até murchar
2. Enquanto isso bata no liquidificador, o milho e os ovos. Acrescente à essa mistura a cebola ainda no fogo

3. Em seguida, coloque 1 litro de água ou leite e depois acrescente o flocão

4. Mexa até fazer uma polenta mole

5. Coloque nas formas e distribua por igual 500 gramas de queijo cortado em cubos médios

6. Polvilhe mussarela por cima

7. Leve ao forno 180 graus por 40 minutos

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