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Depois de dominar a fronteira com o Paraguai, PCC monta 'bases' na Bolívia

Polícia Boliviana vem identificando vários integrantes da facção criminosa brasileira com atuação em Santa Cruz de La Sierra

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As força de segurança na Bolívia, bem como a Justiça daquele país, têm identificado uma atuação rotineira de membos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a partir de Santa Cruz de la Sierra. A cidade fica a pouco mais de 600 km de Corumbá e a ligação entre essas duas cidades reforça uma rota bilionária para o tráfico de cocaína. Entre novembro de 2023 e junho de 2024, nove pessoas acabaram presas na Bolívia e foram apontadas como elos da facção brasileira no país. 

A situação demonstra que, depois de dominar a fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a organização criminosa está se movimentando para tentar o mesmo na divisa com a Bolívia.

No caso mais recente, registrado agora em junho, um dos presos estaria encarregado de despachar uma carga de droga que acabou não sendo enviada.

A identificação dessas bases, que conforme o governo boliviano estão conectadas em algum grau com o PCC para a prática do tráfico de drogas e outros crimes, gerou no país vizinho a criação da operação Compromissos Internacionais na Luta contra o Crime. 

Essas ações têm ocorrido de forma coordenada entre diferentes polícias na Bolívia e também há cruzamento de dados com a Justiça e as polícias brasileira.

Os brasileiros recentemente expulsos da Bolívia são Edson Ferreira de Medeiros, Eduardo de Oliveira Silva e Wemerson Pereira da Conceição. A prisão deles ocorreu na sexta-feira (7), depois que Wemerson foi baleado no pé. Ele estava em um campo de futebol em Santa Cruz e foi abordado por Edson Ferreira de Medeiros e Eduardo de Oliveira Silva. 

O atentado contra Wemerson ocorreu depois que ele não enviou um carregamento de droga avaliado em mais de US$ 500 mil, informou a polícia do país vizinho.

Primeiro houve a prisão de Wemerson depois que ele foi baleado. Ele chegou a apresentar documento falso. Depois que ele foi identificado, os outros dois investigados acabaram localizados. 

Quem tem divulgado as informações sobre essas operações que envolve a extradição de brasileiros da Bolívia é o advogado e Ministro de Governo, Eduardo Del Castillo. 

“Cumprindo nossos compromissos internacionais na luta contra a criminalidade, procedeu-se a saída obrigatória do país de três cidadãos brasileiros com mandamento de prisão no seu país. Os três já foram entregues à Polícia Federal do Brasil para responder à justiça”, escreveu em rede social.

No caso de Wemerson, ele é natural de Governador Valadares (MG), tem 32 anos, e estava com mandado de prisão em aberto por conta de processo criminal de 2015. Na época, ele foi preso com mais de 200 kg de maconha e tentava levar o entorpecente do Paraguai, passando por Mato Grosso do Sul, até sua cidade natal, em Minas Gerais. 

A Polícia Rodoviária Federal chegou a dar ordem de parada para ele naquela outra abordagem e ele tentou fugir, mas acabou preso. 

Passados quase 10 anos, a Polícia Boliviana suspeita que ele estava incumbido de outras remessas de droga, porém desta vez operando a partir da Bolívia. Neste caso, a investigação segue com as autoridades do país vizinho. Já no Brasil, ele volta para cumprir pena por tráfico de drogas.

Edson Ferreira de Medeiros, conhecido nos meios policiais como Edinho ou Claudio, é de Mirandópolis (SP), cidade onde há presídio estadual e presença de integrantes do PCC presos. Ele tem 48 anos e em Campo Grande respondeu a processo ligado à tortura, depois que foi investigado por ter cobrado de um outro homem o desaparecimento de um carregamento de maconha, em 2013. 

Nesse fato anterior, Edson e outras pessoas cometeram tortura no Jardim Canguru contra duas pessoas que perderam um transporte de drogas. 

O terceiro preso extraditado para o Brasil no sábado (8) foi Eduardo de Oliveira Silva, de Uberaba (MG), 36 anos. Ele respondeu a processo também de tráfico de drogas por manter um depósito para armazenar entorpecente na cidade de Uberaba, em Minas Gerais.

Além desses três brasileiros, um dos casos emblemáticos foi da prisão, em janeiro deste ano, de Elvis Riola de Andrade, 46 anos, conhecido como Cantor do PCC. 

Depois de ter sido extraditado a partir de Corumbá, o criminoso conseguiu ser libertado da prisão após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em março deste ano. 

Elvis foi também diretor da escola de samba Gaviões da Fiel. A prisão na Bolívia ocorreu em um trabalho conjunto das polícias brasileira e boliviana. No Brasil, ele foi acusado de matar o agente penitenciário Denilson Dantas Jerônimo, em 2009, a mando do PCC.

No mês de abril, Marinho da Cruz S. J., Jefferson Edgar A. R. e Vagner C. P. também foram presos em Santa Cruz. Na época, Del Castillo também divulgou a prisão. 

“Foi identificado essas três pessoas perigosas de nacionalidade brasileira, que estavam sendo procuradas pela Justiça daquele país por antecedentes ligados ao narcotráfico, ajuste de contas, porte de arma de fogo e outros crimes. Os mesmos pertencem à organização criminosa PCC”, escreveu em rede social o ministro.

Existe também a investigação que faz contato com Mato Grosso. Igor Oliveira e quatro brasileiros, além de um boliviano, foram presos em novembro de 2023. Igor foi apontado como uma liderança do PCC no estado vizinho.

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Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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