Cidades

SEM VIDA

Descaso acelera destruição
de Aquário do Pantanal

Correio do Estado visitou o local na tarde de ontem, junto de representantes da Justiça e do Ministério Público

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Em visita ao que deveria ser o Aquário do Pantanal, o Correio do Estado viu de perto o que já se esperava: total descaso. Essa é a definição que melhor se aplica à situação do local , vistoriado por representantes da Justiça e do Ministério Público Estadual (MPMS), na tarde de ontem. 

Por dentro da obra, que já consumiu pelo menos R$ 200 milhões, o que se vê é o retrato de abandono e desperdício do dinheiro público, situação que já havia sido denunciada pelo Correio do Estado no dia 31 de julho.  

Acompanhado por técnicos da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), do promotor de justiça do Ministério Público Estadual (MPMS), Fernando Martins Zaupa, além de advogados, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, visitou toda a obra de aproximadamente 22 mil metros quadrados de área construída, parada desde 2015.

Logo na entrada do empreendimento, a imagem é de um prédio inacabado, prejudicado pelo tempo, mas, acima de tudo, descuidado. O que mais chama atenção é a sujeira, tanto nas paredes, quanto no piso, que já dão os primeiros sinais de que muito do trabalho de acabamento terá de ser refeito. 

No teto, telhado e forro caindo aos pedaços, além de placas soltas, indicam que a ação do tempo comprometeu desde a parte  de cima do prédio, passando pelas paredes sujas, com infiltrações e lodo, até chegar ao piso, onde há peças de mármore e madeira soltas e muita poeira.

À direita da porta de entrada, um auditório com capacidade para 250 pessoas hoje abriga placas de forro que deveriam já estar instaladas. Acomodadas em fileiras no chão, as peças de material semelhante a PVC também já demonstram deterioração.

Ainda dentro do auditório, um tanque, projetado para ser a primeira atração contemplada pelos visitantes que chegam ao prédio, está inacabado e vazio. Um corredor leva de volta ao saguão de entrada, onde estão as escadas, que também estão visivelmente danificadas, inclusive, oferecendo risco, caso não sejam refeitas.

No piso inferior, um espaço a céu aberto dá lugar à vegetação e a um lago, onde já estão hospedados peixes de pequeno porte. No mesmo local, algumas áreas acumulam água parada, em mais uma demonstração da falta de manutenção e do risco à saúde.

No entorno do lago, ficam os demais tanques, 32 ao todo, que servirão, algum dia, para a exposição de animais aquáticos, em especial do Pantanal sul-mato-grossense. Em três deles, há peixes em meio a uma água bastante turva e esverdeada, mas os animais parecem saudáveis.  

Nesse local, grande parte da cenografia – feita à mão, por meio de trabalho artístico – já está pronta, o que também aponta prejuízo, pois o material pode ter sido danificado. “Esses tanques foram feitos para receberem água, mas a maioria ficou seca durante todo esse tempo. Será que ainda estarão em boas condições quando forem ativados, ou todo esse trabalho terá de ser refeito?”, questionou o juiz David de Oliveira.

Um caminho em círculo leva até o outro lado do empreendimento, onde estão futuros laboratórios de pesquisa. O espaço tem uma estrutura improvisada segurando o telhado. Não há confirmação sobre risco de desabamento, mas a imagem assusta.

Na parte subterrânea, está todo o sistema de suporte à vida do Aquário. Mais de 10 filtros serão responsáveis pelo tratamento físico e químico da água, mas toda a estrutura de tanques e canos, que está longe de ser inaugurada, já apresenta vazamentos.

Além da construção danificada pelo tempo, a água talvez seja o principal exemplo de desperdício dentro do empreendimento. Há vazamentos por toda parte, mas não é só isso. 

Também há restos de materiais espalhados pelo espaço, sem nenhum cuidado. Placas de forro e telhado, sacos de impermeabilizantes, areia específica para os tanques, pias para os laboratórios, entre outros materiais difíceis de se identificar. 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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