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Dinheiro tomado de ex-desembargador deve ser destinado ao Governo Federal

R$ 2,7 milhões foram apreendidos na casa de Júlio Siqueira no dia 24 de outubro e o confisco definitivo só não ocorrerá se ele comprovar que é de origem lícita

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Servindo como uma espécie de troféu dos investigadores e de prova de que a corrupção era mais que uma simples suspeita, os R$ 2,7 milhões apreendidos na casa do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso no dia 24 de outubro devem ser destinados ao Governo Federal, segundo o delegado Marcos Damato, que comanda a operação Ultima Ratio.

Esse confisco só não vai ocorrer “caso comprove a licitude” da origem desta pequena fortuna explica o delegado. Por enquanto, segundo ele, “o dinheiro em espécie foi depositado na Caixa Econômica Federal, à disposição da Justiça”.  Júlio Siqueira se aposentou em julho, ao completar 75 anos.

Julio Siqueira entrou na mira da Polícia Federal por conta das suspeitas de que fizesse farte de um amplo esquema de venda de sentenças judiciais que supostamente envolvia um outro desembargador aposentado  e seis magistrados da ativa, sendo cinco desembargadores e um juiz de primeira instância. 

Os seis (Sérgio Martins, Alexandre Bastos, Sideni Soncini, Vladimir Abreu, Marcos Brito e o juiz Paulo Afonso) foram afastados de suas funções e estão sendo vigiados por tornozeleira eletrônica. O afastamento vale por 180 dias e estão proibidos de entrarem no Tribunal de Justiça ou de se comunicarem entre si. 

Indagado se a PF já descobriu a origem daquela quantidade signifcativa de dinheiro, o delegado limitou-se a informar que “não temos novos dados a respeito”. 

Mas, o fato de ter pedido a prisão do ex-desembargador antes da deflagração da Ultima Ratio indica que os investigadores tinham suspeitas sobre aquilo que estavam buscando no condomínio de luxo no qual mora o ex-magistrado.

Conforme o pedido da PF, “a nosso ver, a prática foi reiterada havendo fortes indícios de que continuem na prática criminosa". E esta suposta prática de crime foi confirmada não só pela descoberta do dinheiro, mas até pela apreensão de uma máquina usada para contagem de cédulas, algo que evidencia que aqueles R$ 2,7 milhões eram somente parte de uma prática possivelmente mais ampla. 

No dia da operação, a PF pediu a prisão de sete pessoas. Dentre os magistrados, ele foi o único que constava nesta lista. Os outros nomes desta relação são o do conselheiro do Tribunal de Contas Osmar Jeronymo ou de pessoas diretamente ligadas a ele. 

Porém, o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu todos os pedidos, autorizando apenas mandados de busca e apreensão na casa do ex-desembargador e dos demais. E, justamente esta casa, no condomínio Damha, já estava na mira dos agentes.

Oficialmente o ex-magistrado, que entre os anos de 2016 e 2018 declarou ter recebido  R$ 4,5 milhões em salários (R$ 94 mil por mês), sem admitir outras rendas, comprou esta casa  de 351 metros quadrados por R$ 1,4 milhão. 

No mesmo condomínio, contudo, imóveis do mesmo padrão estavam à venda por até R$ 4,5 milhões no mesmo período da compra. Ou seja, a suspeita da PF é de que ele tenha “subfaturado” o valor do imóvel, já que não tinha como comprovar a origem de seu dinheiro. 

Além disso, o ex-magistrado também comprou, por R$ 1,48 milhão, uma casa de alto padrão em uma praia na Bahia. E, para pagar esta casa, o desembargador foi pessoalmente a uma agência do Bradesco em Campo Grande com uma mala contendo  R$ 556.400,00 em espécie. 

Esse depósito ocorreu em 31 de outubro de 2022. E, com esta constatação em mãos, os investigadores chegaram à conclusão de que no local onde saiu aquela mala deveria haver outras. E, dois anos depois daquela transação, os agentes realmente confirmaram as suspeitas. 

Além daquele depósito em espécie, os investigadores ainda esperam que o Bradesco esclareça a forma de pagamento de um boleto de R$ 509 mil para quitação de dívida relativa à mesma casa na Bahia. 

“A nosso ver, tudo indica que Júlio Cardoso tenha utilizado mais de R$ 1 milhão de origem desconhecida (R$ 556.400,00 depositados em dinheiro em espécie por Júlio Cardoso e boleto no valor de R$ 509.340,00 pago em agência do Bradesco em Campo Grande/MS  para a aquisição da citada casa de praia na Bahia, sendo que, diante da suspeita de venda de decisão judicial, é possível que se trate de dinheiro obtido por meio de corrupção”,  destaca o relatório da PF que pediu a prisão do ex-magistrado. 

Cidades

Após perder emprego no SBT, filho de David Cardoso vai contra Havaianas

Tomando chimarrão, ator que tem fortes laços com a terra do tereré gravou um vídeo, publicado com a legenda em que afirma que "empresas esquerdistas não são bem vindas"

23/12/2025 13h13

"Tenho meu chinelo da Harley Davidson. Tchau Havaianas, que assim seja com todas as empresas que fazem isso", disse.  Reprodução

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Menos de uma semana após ser desligado e perder o emprego no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), o filho de um dos ícones sul-mato-grossenses da teledramaturgia símbolo da pornochanchada, o também ator David Cardoso Jr., aparece agora engrossando o coro da extrema-direita contra os chinelos Havaianas. 

Após a atriz Fernanda Torres protagonizar uma peça publicitária da marca, em que diz não querer que o telespectador "comece 2026 com o pé direito, não sendo nada contra a sorte", mas desejando que "comece com os dois pés... na porta, na estrada, na jaca", a extrema-direita se mordeu com a expressão antiga e têm se manifestado através das redes sociais como quem se sente atacado, propondo um boicote aos chinelos Havaianas. 

Recentemente, tomando um chimarrão, o ator que tem fortes laços com a terra do Tereré gravou um vídeo, publicado nas redes sociais com a legenda em que afirma que "empresas esquerdistas não são bem vindas. Chega de sermos otários". O ator mostra um par de chinelos Havaianas e diz: "nunca mais". 

"Tenho meu chinelo da Harley Davidson. Tchau Havaianas, que assim seja com todas as empresas que fazem isso", disse. 

Logo em seguida o ator, que diz não querer causar polêmica mas, sim, salvar o Brasil, postou uma nova gravação dizendo que o primeiro vídeo "explodiu" e que não pretende ser candidato, mas querendo mostrar "a força da direita". 

"Vamos nos posicionar sim!!!!! A direita tem mais força do que imagina. Chega de covardia. A palavra é Boicote!!!!!! Eles vão sentir no bolso e vão aprender", comentou o ator.  

Sem emprego

Recentemente, David Cardoso Jr., que chegou a afirmar em janeiro de 2025 que já havia ganhado mais dinheiro com um ano de OnlyFans o mesmo que ganharia em 25 anos de "A Praça É Nossa", foi desligado da emissora após compactuar com as posições de ataque de Zezé de Camargo às filhas de Silvio Santos. 

Após ser desligado, o ator usou das próprias redes sociais para contar sua versão e exaltar sua história, dizendo que trabalhou a primeira vez com Silvio Santos ainda em 1975, sendo inclusive "o príncipe do 'Boa Noite Cinderela' que seria dirigido por Gugu Liberato.  

David diz que nunca quis ofender ninguém, mas expõe a opinião de que, atualmente, "está havendo uma inversão de valores no Brasil", afirmando que nunca foi valorizado na emissora e não possuía contrato nesses 14 anos de serviço prestado. 

"O que está acontecendo no Brasil chama-se inversão de valores, sou a maior prova de que isso está explícito, porque eu, hoje, depois de 14 anos trabalhando e dedicando uma parte da vida para o SBT, sou 'persona non grata' lá dentro. Enquanto que o Lula, que é 'persona non grata' pelo Benjamin Netanyahu, pelo primeiro ministro de Israel, é muito bem quisto no SBT, fundado por um judeu. Ou seja, no Brasil o crime compensa", afirma ele. 

O ator complementa que adora a família, mas que nunca conheceu a esposa de Silvio Santos, por exemplo, lembrando que a Rede Globo chegou a "escurraçá-lo" lá de dentro, enquanto o SBT acabou "desfazendo dos meus serviços de maneira muito feia". 
 

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Idoso sofre fratura exposta após moto ser atingida por caminhão em Campo Grande

A vítima, de 63 anos, seguia pela direita da via e terminou tendo a motocicleta atingida quando o caminhão realizou uma conversão

23/12/2025 13h00

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Um motociclista de 63 anos foi atingido por um caminhão no início da tarde desta terça-feira (23), no cruzamento da Avenida Fábio Zahran com a Travessa Haia, em Campo Grande.

Segundo apurou a reportagem do Correio do Estado, o motociclista seguia pela direita da via e, quando o caminhão realizou uma conversão, a moto acabou colidindo com a roda dianteira do veículo.

Com o impacto, uma peça do caminhão perfurou a perna da vítima, que sofreu fratura exposta. Ele recebeu atendimento no local e, conforme informações repassadas pelas autoridades, estava consciente e orientado.

Além disso, há suspeita de fratura no quadril. Após receber os primeiros socorros, o motociclista foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande.

O condutor do caminhão permaneceu no local e também precisou de atendimento médico, após passar mal em razão do acidente.

Conforme informações da polícia, que esteve no local para prestar apoio, o motociclista estaria em situação irregular, uma vez que o caminhão seguia pela pista e, ao realizar a conversão, o idoso, em um momento de desatenção, não conseguiu parar a motocicleta.
 

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