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Ditador sírio culpa complô internacional e rejeita reforma

Ditador sírio culpa complô internacional e rejeita reforma

folha online

30/03/2011 - 09h35
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O ditador sírio, Bashar al Assad, fez nesta quarta-feira seu aguardado discurso à nação, o primeiro pronunciamento desde o início da revolta popular por reformas democráticas no país.

Sorridente e aos gritos de apoio no Parlamento, Assad não anunciou o aguardado fim da lei de emergência, disse que as reformas políticas não são prioritárias e culpou uma grande conspiração internacional, que teria usado falsas informações para instigar as diferenças étnicas e levar o povo às ruas.

Assad afirmou que a luta contra a corrupção e o desemprego, a preservação da estabilidade e até "a saúde das crianças" são mais importantes neste momento do que a suspensão da lei de emergência vigente desde 63 --e cuja suspensão é a principal demanda dos milhares de manifestantes que vão às ruas nas últimas duas semanas.

O ditador disse ainda que as reformas políticas não podem estar ligadas ao clima de revoltas na região.

A expectativa era que Assad anunciasse a suspensão do estado de emergência que permite que as forças de segurança prendam e detenham cidadãos sem necessidade de um mandato judicial.

O governo sírio estaria estudando ainda o relaxamento de leis que governam a mídia e o sistema de partidos políticos, assim como o estabelecimento de leis anticorrupção. Também era esperada a concessão de mais liberdades civis e políticas.

Os protestos se tornaram a maior ameaça ao regime de Assad, 45, que substituiu seu pai Hafez, após sua morte em 2000. Ao menos 61 pessoas morreram nos últimos dez dias de protestos antigoverno.

As forças de segurança têm enfrentado com forte repressão as manifestações em Deraa, cerca de 100 quilômetros ao sul de Damasco. Ativistas da oposição e moradores acusaram a polícia de disparar contra os manifestantes, informação negada pelas autoridades sírias, que sustentaram que grupos armados se infiltraram entre os manifestantes para provocar as forças de segurança.

Nesta terça-feira, Assad chegou a aceitar a renúncia do primeiro-ministro Mohammed Naji Otri e de todo seu gabinete, em uma aparente estratégia para acalmar os protestos da oposição.

CULPA

Assad passou a maior parte de seu discurso culpando um complô internacional pela revolta.

"Os inimigos fizeram outros planos para sabotar nossas conquistas e sucessos. Eles dizem "conheça seus inimigos", mas não podemos saber os seus planos. Protegeremos a Síria de ataques externos. A Síria é alvo de uma grande conspiração dentro e fora do país", disse Assad.

Em uma aparente concessão, o ditador reconheceu que há, entre os manifestantes, cidadãos com pedidos legítimos de reforma. Mas parou antes de anunciar qualquer uma das mudanças exigidas pelos opositores e se defendeu dizendo que a reforma é um dever do Estado, "mas não podemos lidar com o caos" gerado pelos inimigos que querem dividir a Síria.

"Eles usam esta situação como disfarce para ir às ruas. Alguns tem boas intenções, sejamos realistas e claros. A conspiração é de uma minoria, isto é evidente", disse Assad, que foi interrompido diversas vezes por aplausos e declarações de apoio dos parlamentares.

"A situação ficou clara. Eles [inimigos] começaram provocando o povo, matando grupos, mas não conseguiram nada. Depois, falsificaram informações e imagens e apelaram para a instigação das divisão étnica. Eles enviavam SMS dizendo que um grupo ia atacar o outro e vice-versa. Pessoas batiam às portas dizendo que a revolta estava nas ruas e que os sírios deveriam ir também", explicou o ditador, que repetiu inúmeras vezes a teoria do caos.

Assad reiterou ainda que derrotará este complô, que chamou de um teste para a unidade do país. "Minha missão é supervisionar a segurança e estabilidade deste país", disse.

O ditador afirmou ainda que demorou em falar à nação porque queria ter o quadro completo ou ao menos todos os principais elementos da situação antes de discursar. "Meu discurso não é emocional, que satisfaz as pessoas, mas não muda a situação", garantiu Assad, que, contudo, não anunciou nenhuma das reformas esperadas.

"Somos baseados no diálogo entre nós e os cidadãos, na abertura e respeito do lados positivos e negativos dos dois lados. [...] O principal objetivo é satisfazer o cidadão", garantiu, mais uma vez sem citar nenhuma mudança.

Com agências de notícias
 

INVESTIGAÇÃO

Conselho de Saúde aciona TCE-MS para investigar plantões fakes nas UPAs

Caso as irregularidades sejam confirmadas, o impacto financeiro pode alcançar o valor aproximado de R$ 2 milhões por mês.

15/12/2025 17h45

UPA Universitário

UPA Universitário Marcelo Victor / Correio do Estado

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O Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Campo Grande acionou o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS), por meio de uma representação, para apurar supostas irregularidades no pagamento de plantões médicos na Secretaria Municipal de Saúde (SESAU).

Através do documento, o qual a reportagem do Correio do Estado teve acesso, estima que, caso as irregularidades sejam confirmadas, o impacto financeiro possa alcançar o valor aproximado de R$ 2 milhões por mês. Uma denúncia anônima recebida pelo CMS, em meio às investigações das irregularidades, aponta que as fraudes ocorrem desde 2020.

A mesa diretora requer:

a) O recebimento da presente representação;
b) A instauração de procedimento de fiscalização e auditoria pelo TCE/MS;
c) A apuração da regularidade dos pagamentos de plantões realizados pela SESAU aos profissionais;
d) A análise retroativa dos pagamentos, inclusive a partir do exercício de 2020, conforme narrado na denúncia anônima;
e) A adoção das medidas corretivas e sancionatórias cabíveis, caso confirmadas irregularidades.

Denúncias

Em junho deste ano, veículos de notícias já abordavam sobre a possibilidade de haver uma "máfia dos plantões fake em Campo Grande", o que contribuiu para a ampliação da apuração conduzida pelo Conselho de Saúde.

A denúncia inicial aponta que médicos na função de diretor técnico em unidades de urgência e emergência estariam recebendo, mensalmente, o quantitativo de 14 plantões, sem a necessidade de cumprimento efetivo dessas escalas, limitando-se, em tese, à assinatura dos respectivos registros, como forma de complementação remuneratória e compensação financeira pelo exercício do cargo.

No documento também mostra que o Conselho recebeu uma segunda denúncia, posteriormente, no e-mail do órgão, onde citava nomes de outros profissionais, médicos e enfermeiros, com atuação em funções de gestão, lotados na Sesau.  Além disso, relata que as práticas irregulares estariam ocorrendo de forma continuada desde o ano de 2020.

Ofícios ignorados

A mesa diretora do Conselho passou a adotar providências formais, expedindo sucessivos ofícios à Sesau, solicitando esclarecimentos objetivos e documentação comprobatória acerca dos critérios de controle de frequência, fiscalização do efetivo cumprimento dos plantões e regularidade dos pagamentos realizados.

"Em resposta às solicitações deste Conselho, a Sesau encaminhou manifestações de caráter genérico, limitando-se a informar que os esclarecimentos constariam em manifestação da área técnica, sem apresentar documentos individualizados, registros de frequência, relatórios de auditoria interna ou comprovação objetiva do efetivo exercício dos plantões pagos, não sendo suficientes, até o momento, para afastar os indícios de irregularidades apontados", diz a representação do Conselho.

Após as respostas iniciais encaminhadas pela Sesau, esta deixou de apresentar novas manifestações aos reiterados ofícios expedidos pelo Conselho Municipal de Saúde.

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Cidades

Rachid Neder é interditada para obra no cruzamento com a rua Arthur Jorge

Rotatória ganhará semáforos para maior segurança no trânsito

15/12/2025 17h30

Divulgação

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A partir desta terça-feira (16), a rotatória do cruzamento da Av. Rachid Neder com a Rua Arthur Jorge, ficará temporariamente interditada para uma obra de adequação e reorganização do fluxo viário. 

A intervenção tem como principal objetivo reforçar a segurança viária e melhorar a fluidez do tráfego em um dos pontos mais importantes de interligação entre a região Central e a região do Segredo.

Segundo a Agência Municipal de Trânsito (Agetran), o cruzamento registra grande volume de veículos ao longo do dia, sendo utilizado diariamente por moradores, trabalhadores e condutores que se deslocam entre diferentes regiões da cidade.

Para melhorar o trânsito da região, estudos técnicos apontaram a necessidade de adequações na rotatória, visando organizar melhor os fluxos, reduzir conflitos de tráfego e proporcionar deslocamentos mais seguros e eficientes.

O projeto também prevê a instalação de semáforos no local, como medida complementar para reforçar a segurança viária e melhorar ainda mais a mobilidade e a fluidez do tráfego.

Equipes da Agetran atuarão com sinalização viária adequada e orientação aos condutores durante todo o período de interdição, para minimizar transtornos e garantir a segurança de todos os usuários da via.

A Agência pede que os motoristas redobrem a atenção ao trafegar pela região, respeitem a sinalização provisória e, se possível, utilizem rotas alternativas.

Não foi informado prazo para término das obras e fim da interdição.

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