Cidades

CAMPO GRANDE

Eleitos exigem criação de três Conselhos Tutelares para tomarem posse

Conselheiros foram à Câmara e vereadores afirmam que projeto ainda não foi encaminhado pelo Executivo

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Os conselheiros tutelares eleitos em outubro deste ano, temem não conseguir tomar posse devido a não criação dos três novos Conselhos Tutelares prometidos para Campo Grande. As novas unidades foram anunciadas em abril, mas o projeto de lei ainda não foi encaminhado para votação na Câmara Municipal de Campo Grande.

Atualmente, a Capital conta com cinco conselhos. Com os novos três, as unidades devem atender a todas as regiões.

Na sessão desta quinta-feira (30), servidores do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) foram à Câmara cobrar dos vereadores a aprovação da lei, no entanto, os parlamentares afirmaram que ainda aguardam que o texto seja enviado pelo Executivo.

O vereador Betinho (Republicanos) afirmou que os parlamentares estão conversando com a prefeitura para dar viabilidade de receber a proposta antes do recesso parlamentar, para que todos os eleitos possam tomar posse.

Clodoilson Pires (Podemos) relembrou o trabalho da Comissão Permanente de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente e disse temer que, dos 40 conselheiros eleitos, só 25 possam tomar posse devido à falta dos locais de trabalho.

“Nós queremos pedir a sensibilidade da prefeita para que ela mande para essa Casa o projeto para que a gente possa efetivar os 40 conselheiros que foram eleitos”, disse.

Ele sugeriu ainda que, caso não haja a criação imediata dos novos conselhos, os aprovados sejam lotados nas unidades já existentes, mas atuando nas regiões em que precisem atuar.

Coronel Vilassanti (União Brasil(, presidente da Comissão, disse que a luta pela proteção da criança e do adolescente dura vários meses e a principal reivindicação é que seja concretizado a ampliação de cinco para oito Conselhos Tutelares.

“Uma vez que eleição foi feita recentemente, precisamos formalizar a criação desses três conselhos tutelares. Entendo que o executivo está sensibilizado, temos conversado com a prefeita e como é uma luta dessa casa eu acredito que vamos concretizar esse objetivo, estamos trabalhando com isso”, pontuou.

O presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB), disse que, assim que o projeto der entrada na Casa, será votado em regime de urgência.

“Depende da prefeitura mandar esse projeto, o recesso é dia 19 [de dezembro], chegou hoje, voto hoje. A Câmara vai dar celeridade com responsabilidade ao projeto, mas precisa chegar aqui, até porque os conselheiros foram eleitos e tem que tomar posse, e não ficar como figurante”, declarou.

Professor Juari (PSDB) citou que a lei estabelece que a cada 100 mil habitantes deve haver um conselho.

"Temos quase 1 milhão de habitantes, necessitaria de 10 conselhos. Estamos na tentativa de estabelecer mais três conselhos e os servidores têm que passar de porta em porta pedindo para os vereadores acelerarem o processo para que eles possam cuidar das nossas crianças".

Luiza Ribeiro (PT) também reforçou o pedido para que o Executivo dê celeridade ao projeto, citando que foi aprovada, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a destinação de R$ 4 milhões para implantação de novos conselhos.

"É preciso corrigir isso e implantar pelo menos mais quatro, já foi aprovado, fizemos audiência pública no começo do ano em razão do caso Sophia e aprovamos na LDO, no artigo 18 inciso 61, isso foi de novo aprovado no orçamento, tem os eleitos, tem os recursos, e a gente precisa que a prefeita leve a sério", disse.

O vereador Papy (Solidariedade) também argumentou que a Câmara cumpriu todas as prerrogativas na possibilidade orçamentária e só falta a lei específica para a criança. Ele também sugeriu, como opção, que os conselheiros sejam lotados.

"O mais importante mesmo é que possam ficar lotados em outros conselhos, porque a mão de obra vai ao local, eles já podem trabalhar e somar forças, também é uma proposta que pode ser uma solução para o que é imediato. A gente vai chegar num consenso com a Câmara sendo mediadora", concluiu.

O Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber em que fase está o projeto de lei e ele será encaminhado ainda este ano para votação na Câmara Municipal, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Eleições

A eleição para escolha dos conselheiros tutelares ocorreu no dia 1º de abril. A posse deve ser realizada no dia 10 de janeiro de 2024.

Segundo informou anteriormente ao Correio do Estado o vice-presidente do CMDCA, Márcio Benites, cinco conselheiros ficam alocados em cada unidade e a divisão é feita de forma democrática.

"Ou seja, quem teve mais votos escolherá para qual dos oito Conselhos deseja ir, e assim sucessivamente até completar os oito", afirma. No entanto, ainda não há os oito conselhos.

A relação dos 40 aprovados foi publicada  no Diário Oficial de Campo Grande no dia 20 de outubro.

Neste ano, 36.540 votaram. Os conselheiros eleitos devem atuar entre 2024 e 2027.

 

transporte coletivo

Prefeita contrapõe Consórcio, apresenta recibos de pagamento e diz que greve é ilegal

Adriane disse que Município tem cumprido todas as obrigações contratuais e que já tomou medidas administrativas e judiciais para encerrar a greve

16/12/2025 16h00

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Contrapondo as declarações do Consórcio Guaicurus, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que já havia negado estar devendo o concessionário de transporte coletivo, apresentou, nesta terça-feira (16), comprovantes de pagamentos realizados. Adriane também afirmou que a greve dos ônibus é abusiva e que, caso não haja solução em audiência nesta tarde, o problema será resolvido na Justiça.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus afirma ter dívida de R$ 15,2 milhões, conta que vai de débitos com fornecedores a funcionários. Pela falta de pagamento aos funcionários, a greve foi iniciada nessa segunda-feira (15).

A prefeita disse que todos os repasses devidos ao consórcio estão em dia.

"Todas as verbas que são contratuais, que tem relação do Município com o Consórcio Guaicurus foram feitos os repassos, ou seja, a subvenção de R$ 19 milhões, pagamento de vale-transporte de R$ 16 milhões, o Governo do Estado transferiu R$ 7 milhões, ele fez um acordo de R$ 13 milhões neste ano e R$ 4 milhões ficou para o ano que vem, acordado com o consórcio, então todas as verbas que implicam o Poder Público foram transferidas", disse o secretário municipal de Governo, Ulisses Rocha.

"O que existe é o Consórcio discutindo na Justiça um reequilíbrio da tarifa, aí ele aponta que há uma distorção de x milhões de reais, que isso está sendo apurado e discutido. Ele [consórcio] quer que o município aumente o preço da tarifa técnica para ele poder receber mais valores, essa é a discussão. Então não tem cadê o dinheiro, o dinheiro foi pago. Se o dinheiro foi repassado para funcionários e tem funcionários sem receber, o que a prefeitura pode fazer diante disso?", acrescentou.

Conforme os documentos apresentados pela prefeita, neste mês foram pagos R$ 3.005.705,19 líquidos ao Consórcio Guaicurus.

Além disso, com relação às subvenções das gratuidades do vale-transporte, de janeiro a dezembro foram repassados mais de R$ 19,5 milhões ao concessionário pela prefeitura, além de mais R$ 7,3 milhões pelo Governo do Estado.

A subvenção das gratuidades são referentes aos estudantes da Rede Pública municipal e estadual, pessoas com deficiência (PCD) e idosos.

"Além das gratuidades, o Município aporta também o vale-transporte dos nossos servidores, que são adquiridos e utilizados pelos servidores do município e, rigorosamente está em dia esse repasse. As questões judiciais serão discutidas na justiça, dentro da legalidade e da realidade, tanto do Consórcio como do Município", disse a prefeita.

Adriane disse ainda que, além das gratuidades, o Consórcio Guaicurus recebe dinheiro de pessoas que utilizam o transporte coletivo e pagam por ele e questionou ainda onde o Consórcio Guaicurus estaria investindo o dinheiro.

"O dinheiro que é a responsabilidade do Município foi pago e, se o Município está rigorosamente em dia, a empresa também teria que estar rigorosamente em dia com os pagamentos dos seus funcionários", disse.

Por fim, a prefeita disse que há um processo em andamento na Justiça do Trabalho e que uma audiência a ser realizada nesta tarde pode por um fim na greve, que ela classifica como ilegal, pois houve a paralisação total dos ônibus.

Greve

A greve dos motoristas foi deflagrada nessa segunda-feira, ocasionada pelo não pagamento do salário dos funcionários do Consórcio Guaicurus, que deveria ter sido depositado no quinto dia útil do mês. Outro motivador é o anúncio das empresas do consórcio de que também não devem honrar o pagamento do 13º salário, que deve ser depositado até o dia 20 deste mês.

O Consórcio Guaicurus afirma que o não pagamento salarial se deve à dívida do poder público com a concessionária. Conforme o grupo de empresas, não teriam sido pagos valores referente ao subsídio das gratuidades e do vale-transporte dos servidores, que totalizaria R$ 13,2 milhões.

A informação, no entanto, é negada tanto pela Prefeitura de Campo Grande quanto pelo governo do Estado, que também contribui com o subsídio.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, por se tratar de um serviço essencial de transporte coletivo urbano.

O valor da multa diária era de R$ 20 mil, mas, após nova decisão do Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, subiu para R$ 100 mil.

Ele exige que os motoristas cumpram com urgência a decisão, que tem caráter de mandado judicial.

Cidades

Vestibular UFGD: gabarito preliminar será divulgado nesta quarta-feira (17)

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

16/12/2025 15h45

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulga nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital. 

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

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