Cidades

CENSO 2022

Em quatro décadas, percentual de idosos triplica em MS

O estado tem 468 pessoas com 100 anos ou mais e maioria de idosos é mulher

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Divulgada nesta sexta-feira (27), pesquisa do Censo 2022 mostra redução da proporção de população de 0 a 14 anos e aumento na de 65 ou mais anos, em Mato Grosso do Sul. Percentual de idosos triplicou, passando de 2,9% em 1980 para 9,6% em 2022. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Conforme a pesquisa, as pirâmides populacionais (pirâmides etárias) são um instrumento clássico para se visualizar e analisar a alteração da estrutura etária de uma população por sexo, ao longo do tempo. 

A base da pirâmide representa as crianças, enquanto o seu topo é referente à população de idosos. 

O estreitamento da base da pirâmide e o alargamento do seu topo são fluxos que caracterizam uma população em envelhecimento e resultam da relação entre o processo de redução da fecundidade e mortalidade e variação do saldo migratório da população, ao longo dos anos. Veja: 

As figuras 1, 2 e 3 mostram as pirâmides de MS construídas com os resultados dos Censos 2000, 2010 e 2022. Reprodução IBGE

Em Mato Grosso do Sul, no primeiro Censo após a divisão do estado (1980), o grupo de crianças de 0 a 14 anos representava 40,8% da população. 

Já em 2010, estes eram 25,0% da população. De acordo com o Censo Demográfico 2022, este percentual foi de 22,0%, destacando o estreitamento da base da pirâmide. 

Simultaneamente, o topo da pirâmide se alargou, como pode ser observado pela variação da participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 2,9% em 1980 e 6,6% em 2010, no total de homens e mulheres, passando a 9,6% em 2022.

Já em Campo Grande, de acordo com o Censo Demográfico 2022, o grupo de crianças de 0 a 14 anos representava 20,5% da população campo-grandense, 69,2% para a população de 15 a 64 anos e de 10,1% para a população com 65 anos ou mais.

Topo da pirâmide é liderado por mulheres e pé é liderado por homens 

Conforme os dados, é possível visualizar uma tendência de mais jovens homens, enquanto as mulheres lideram a população que envelhece. 

A exemplo, em 2022, havia 297,8 mil mulheres com idade entre 0 e 14 anos, contra um número mais de homens, totalizando 308,9 mil. 

No mesmo ano, no grupo de pessoas com 90 ou mais anos, havia 5,2 mil mulheres e 3,3 mil homens. 

Esta é a mesma tendência desde 2010, nascem mais homens, mas mais mulheres envelhecem. 

MS tem 468 pessoas com 100 anos ou mais 

Ainda conforme os dados mostrados na pirâmide do IBGE, vemos que, em 2022, havia 468 pessoas com 100 anos ou mais. 

O número é maior do que em 2010, quando eram 297 pessoas nessa mesma faixa etária, bem como o de 2000, quando eram 326 pessoas. 

Em todos esses anos, havia mais mulheres do que homens com 100 anos ou mais. O que reforça a afirmação de que as mulheres envelhecem mais que os homens. 

Fronteira tem menor idade mediana em MS 

Os dados mostram, ainda, que 33 anos é idade mediana de MS, número menor que a média nacional, de 35 anos. Além disso, no Estado, as menores idades medianas são registradas em cidades fronteiriças.

Em relação às cidades sul-mato-grossenses, os destaques de maior idade mediana são: Vicentina (40), Jaraguari (40), Rio Negro (39), Glória de Dourados (39) e Corguinho (39). 

Por outro lado, as cidades em destaque com menor idade mediana são: Paranhos (23), Japorã (24), Coronel Sapucaia (25), Aral Moreira (27) e Tacuru (27). Todas são cidades da região de fronteira. 

Saiba mais 

De acordo com o Censo Demográfico 2022, na segunda apuração, a população do estado de Mato Grosso do Sul era de 2.757.013 pessoas. 

Em comparação com o Censo 2010, ocorreu um aumento de 307.989 pessoas, o que demonstra um aumento de 13,97% em 10 anos e uma taxa de crescimento geométrico anual de 0,99% da população sul-mato-grossense.

Entre os municípios de Mato Grosso do Sul, Campo Grande lidera o número de população residente total, com 898.100 pessoas. 

Em seguida aparecem os municípios de Dourados (243.367 habitantes), Três Lagoas (132.152), Corumbá (96.268) e Ponta Porã (92.017).

Outro número em destaque é o aumento de mulheres. No Estado, a população é composta de 1.400.498 mulheres (50,8%) e 1.356.515 homens (49,2%). 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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