Cidades

SEGURANÇA

Empresa defende que totem
é útil e deverá estar em
20 pontos da Capital

Empresa responsável pelo projeto é do PR e tem Egon Max como representante em MS

LAURA HOLSBACK

14/01/2016 - 12h00
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Depois de a Polícia Militar divulgar relatório prévio sobre ocorrências registradas no período em que o Totem - equipamento com câmeras que seria nova “arma” da Polícia Militar (PM) contra a criminalidade, funcionou na Rua Da Divisão, Bairro Parati, em Campo Grande, a empresa responsável pelo serviço se manifestou. Conforme o gestor de planejamento da Helper Tecnologia de Segurança, Egon Max de Brito, o monitoramento tem utilidade e o projeto prevê instalação em 20 pontos da cidade.

No fim da semana passada, o Portal Correio do Estado divulgou que em três meses  - entre 10 de outubro de 2015 e 10 de janeiro deste ano, havia  ocorrido um roubo na região onde o equipamento está, sendo um a menos que o ocorrido nos três meses anteriores  à instalação.

O gestor em planejamento justifica que a funcionalidade do aparelho é a prevenção. “Por sua presença ostensiva e roupagem da PM, aliado ao giroflex, e mensagens de áudio que são disparadas automaticamente chamando atenção e orientando o cidadão, motoristas, ciclistas e pedestres. O totem representa os olhos da PM”, disse. 

Além de inibir crimes, segundo ele, o Totem colabora com a segurança do trânsito. “Quando para no semáforo o motorista já visualiza o totem e respeita a faixa de pedestres que tem logo à frente e é o único canal de travessia em frente ao condomínio Parati Village. Garante que pedestres atravessem tranquilamente”, enfatizou.

Egon pontuou, ainda, que o ponto escolhido para testar a eficácia do equipamento, na Capital, levou em consideração a existência do condomínio Parati Village . “O condomínio localizado na frente tem mais de três mil moradores. Existem vários comerciantes nas proximidades, e todos estão satisfeitos'', garantiu, mas não citou números relativos a pesquisa.

LOCAIS VIGIADOS

De acordo com Egon, caso a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul feche acordo com a empresa particular, 20 totens deverão ser instalados na Capital. Além do Parati, onde o serviço já está colocado, entra na lista Vila progresso, Los Angeles, Nova Lima, Aero Rancho e avenidas Afonso Pena, Júlio de Castilhos e Mascarenhas, por exemplo. “Esses locais têm seus pontos mais problemáticos”, destacou.

Segundo o representante, a ferramenta já é utilizada nas cidades de Campinas (SP), Curitiba (PR) e Resende (RJ) como apoio às forças policiais. “É uma tecnologia que não substitui o efetivo nas ruas, mas onde ele é utilizado ajuda a reduzir crimes. O desejo do cidadão é saber que está mais seguro nas ruas mesmo quando ele não vê o policial”, argumentou.

Reunião que deverá decidir se o produto será ou não adquirido está marcada para o próximo dia 27, na Sejusp. A proposta de aluguel é de R$ 8 mil por mês. Se for comprado, o equipamento custará R$ 120 mil. Os valores se referem a cada totem, ou seja, no caso de compras o gasto será de R$ 2,4 milhões, incluindo a base para monitoramento.

O período de teste não gerou gastos ao Governo do Estado e, apesar de ter chegado ao fim, o equipamento permanecerá no local até a decisão final.

CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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