Depois de a Polícia Militar divulgar relatório prévio sobre ocorrências registradas no período em que o Totem - equipamento com câmeras que seria nova “arma” da Polícia Militar (PM) contra a criminalidade, funcionou na Rua Da Divisão, Bairro Parati, em Campo Grande, a empresa responsável pelo serviço se manifestou. Conforme o gestor de planejamento da Helper Tecnologia de Segurança, Egon Max de Brito, o monitoramento tem utilidade e o projeto prevê instalação em 20 pontos da cidade.
No fim da semana passada, o Portal Correio do Estado divulgou que em três meses - entre 10 de outubro de 2015 e 10 de janeiro deste ano, havia ocorrido um roubo na região onde o equipamento está, sendo um a menos que o ocorrido nos três meses anteriores à instalação.
O gestor em planejamento justifica que a funcionalidade do aparelho é a prevenção. “Por sua presença ostensiva e roupagem da PM, aliado ao giroflex, e mensagens de áudio que são disparadas automaticamente chamando atenção e orientando o cidadão, motoristas, ciclistas e pedestres. O totem representa os olhos da PM”, disse.
Além de inibir crimes, segundo ele, o Totem colabora com a segurança do trânsito. “Quando para no semáforo o motorista já visualiza o totem e respeita a faixa de pedestres que tem logo à frente e é o único canal de travessia em frente ao condomínio Parati Village. Garante que pedestres atravessem tranquilamente”, enfatizou.
Egon pontuou, ainda, que o ponto escolhido para testar a eficácia do equipamento, na Capital, levou em consideração a existência do condomínio Parati Village . “O condomínio localizado na frente tem mais de três mil moradores. Existem vários comerciantes nas proximidades, e todos estão satisfeitos'', garantiu, mas não citou números relativos a pesquisa.
LOCAIS VIGIADOS
De acordo com Egon, caso a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul feche acordo com a empresa particular, 20 totens deverão ser instalados na Capital. Além do Parati, onde o serviço já está colocado, entra na lista Vila progresso, Los Angeles, Nova Lima, Aero Rancho e avenidas Afonso Pena, Júlio de Castilhos e Mascarenhas, por exemplo. “Esses locais têm seus pontos mais problemáticos”, destacou.
Segundo o representante, a ferramenta já é utilizada nas cidades de Campinas (SP), Curitiba (PR) e Resende (RJ) como apoio às forças policiais. “É uma tecnologia que não substitui o efetivo nas ruas, mas onde ele é utilizado ajuda a reduzir crimes. O desejo do cidadão é saber que está mais seguro nas ruas mesmo quando ele não vê o policial”, argumentou.
Reunião que deverá decidir se o produto será ou não adquirido está marcada para o próximo dia 27, na Sejusp. A proposta de aluguel é de R$ 8 mil por mês. Se for comprado, o equipamento custará R$ 120 mil. Os valores se referem a cada totem, ou seja, no caso de compras o gasto será de R$ 2,4 milhões, incluindo a base para monitoramento.
O período de teste não gerou gastos ao Governo do Estado e, apesar de ter chegado ao fim, o equipamento permanecerá no local até a decisão final.


