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diferença estrutural

Esquema de fuga de presídio federal não funcionaria na unidade de Campo Grande

Na Capital, a estrutura da penitenciária é reforçada com duas lajes, diferentemente da de Mossoró, que tem apenas uma

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Uma fuga como a dos dois internos do Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, não aconteceria na unidade de Campo Grande. Há duas semanas, os presos Rogério Mendonça e Deibson Nascimento abriram um buraco no local onde ficava uma luminária da cela e conseguiram escapar pelo teto. Na Capital, a estrutura do presídio é feita com duas lajes, enquanto a de Mossoró tem apenas uma. 

Os cinco presídios federais – em Mossoró, Campo Grande, Brasília (DF), Porto Velho (RO), e Catanduvas (PR) – foram construídos seguindo um padrão de segurança que, conforme o Ministério da Justiça, vai desde a área de construção das penitenciárias até o modelo das celas e o sistema de monitoramento dos presos. 

Entretanto, foram encontradas algumas falhas na estrutura do presídio de Mossoró, entre elas, no teto, que tinha apenas uma camada de laje. Sendo assim, após abrir o buraco no teto da cela, os presos tiveram acesso direto à área onde ficam fiação de energia elétrica, tubulações de água e ventilação. 

PADRÃO 

Todas as unidades têm o padrão de área total de 12,3 mil metros quadrados, as celas são divididas em quatro módulos individuais, de cerca de 6 m² cada, e contam com dormitório, sanitário, pia, chuveiro, mesa e assento.

Os talheres e até mesmo a escova de dente e o aparelho de barbear dos detentos são confiscados pelos agentes diariamente, para evitar que possam ser usados como ferramentas. 

Todas as visitas são realizadas no parlatório, local onde as conversas são gravadas e supervisionadas, e devem ter duração máxima de até duas horas. Os banhos de sol também estão previstos, com duração de duas horas, e são permitidas conversas entre, no máximo, três pessoas.
Todo o deslocamento dentro da unidade, por exemplo, para o banho de sol, é feito com o preso algemado.

Entre os equipamentos de vigilância, existe a torre, que é o local em que um agente federal monitora a movimentação da unidade. Há também câmeras, todas as celas são vistoriadas diariamente, há scanner de bagagem e detectores de metal, pelo qual todas as pessoas que entram nas unidades devem passar, durante a vistoria. 

CAMPO GRANDE 

A unidade de Campo Grande foi a segunda a ser construída, entre os presídios federais.
Entregue em 2006, o presídio, apesar de ter as duas camadas de laje que reforçam o teto para impedir fugas, ainda não conta com muralha, que também poderia ser um reforço de segurança para as unidades.

Conforme a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), apenas o Presídio Federal de Brasília tem uma muralha. Em Porto Velho, a construção está em andamento. 

Para ser erguida a muralha, é necessário o investimento de cerca de R$ 40 milhões, e o próximo presídio a ter licitação aberta para a construção é o de Mossoró, onde ocorreu a fuga. Campo Grande está em penúltimo na lista, à frente apenas da penitenciária de Catanduvas. 

No entanto, fonte da segurança penitenciária ouvida pelo Correio do Estado relatou que foi solicitada a construção da muralha no Presídio Federal de Campo Grande em 2019. Segundo a fonte, em razão de a unidade prisional ficar em um “buraco, cercada de mata e com uma linha de trem da mesma altura das torres”. 

Além da muralha, a fonte relata ainda que, desde a fuga no presídio de Mossoró, a penitenciária da Capital funciona com um pouco mais de 200 pessoas no efetivo, mas que, atualmente, em razão das novas demandas de segurança, deveria ser de em torno de 300 agentes. 

“Eu diria que aqui em Campo Grande não tem as falhas estruturais que foram apresentadas em Mossoró. Tanto porque foi feito um pente-fino agora, nessa última semana. Inclusive, aquele setor que teve o problema [em Mossoró] aqui é diferente, tem uma outra laje em cima por onde o preso saiu. É uma questão de engenharia diferente”, pontua. 

Além disso, a fonte informa que as câmeras de segurança da unidade de Campo Grande são novas e digitais, e não analógicas, como as de Mossoró, que em sua maioria estavam inativas. 

transporte coletivo

Prefeita contrapõe Consórcio, apresenta recibos de pagamento e diz que greve é ilegal

Adriane disse que Município tem cumprido todas as obrigações contratuais e que já tomou medidas administrativas e judiciais para encerrar a greve

16/12/2025 16h00

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Contrapondo as declarações do Consórcio Guaicurus, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que já havia negado estar devendo o concessionário de transporte coletivo, apresentou, nesta terça-feira (16), comprovantes de pagamentos realizados. Adriane também afirmou que a greve dos ônibus é abusiva e que, caso não haja solução em audiência nesta tarde, o problema será resolvido na Justiça.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus afirma ter dívida de R$ 15,2 milhões, conta que vai de débitos com fornecedores a funcionários. Pela falta de pagamento aos funcionários, a greve foi iniciada nessa segunda-feira (15).

A prefeita disse que todos os repasses devidos ao consórcio estão em dia.

"Todas as verbas que são contratuais, que tem relação do Município com o Consórcio Guaicurus foram feitos os repassos, ou seja, a subvenção de R$ 19 milhões, pagamento de vale-transporte de R$ 16 milhões, o Governo do Estado transferiu R$ 7 milhões, ele fez um acordo de R$ 13 milhões neste ano e R$ 4 milhões ficou para o ano que vem, acordado com o consórcio, então todas as verbas que implicam o Poder Público foram transferidas", disse o secretário municipal de Governo, Ulisses Rocha.

"O que existe é o Consórcio discutindo na Justiça um reequilíbrio da tarifa, aí ele aponta que há uma distorção de x milhões de reais, que isso está sendo apurado e discutido. Ele [consórcio] quer que o município aumente o preço da tarifa técnica para ele poder receber mais valores, essa é a discussão. Então não tem cadê o dinheiro, o dinheiro foi pago. Se o dinheiro foi repassado para funcionários e tem funcionários sem receber, o que a prefeitura pode fazer diante disso?", acrescentou.

Conforme os documentos apresentados pela prefeita, neste mês foram pagos R$ 3.005.705,19 líquidos ao Consórcio Guaicurus.

Além disso, com relação às subvenções das gratuidades do vale-transporte, de janeiro a dezembro foram repassados mais de R$ 19,5 milhões ao concessionário pela prefeitura, além de mais R$ 7,3 milhões pelo Governo do Estado.

A subvenção das gratuidades são referentes aos estudantes da Rede Pública municipal e estadual, pessoas com deficiência (PCD) e idosos.

"Além das gratuidades, o Município aporta também o vale-transporte dos nossos servidores, que são adquiridos e utilizados pelos servidores do município e, rigorosamente está em dia esse repasse. As questões judiciais serão discutidas na justiça, dentro da legalidade e da realidade, tanto do Consórcio como do Município", disse a prefeita.

Adriane disse ainda que, além das gratuidades, o Consórcio Guaicurus recebe dinheiro de pessoas que utilizam o transporte coletivo e pagam por ele e questionou ainda onde o Consórcio Guaicurus estaria investindo o dinheiro.

"O dinheiro que é a responsabilidade do Município foi pago e, se o Município está rigorosamente em dia, a empresa também teria que estar rigorosamente em dia com os pagamentos dos seus funcionários", disse.

Por fim, a prefeita disse que há um processo em andamento na Justiça do Trabalho e que uma audiência a ser realizada nesta tarde pode por um fim na greve, que ela classifica como ilegal, pois houve a paralisação total dos ônibus.

Greve

A greve dos motoristas foi deflagrada nessa segunda-feira, ocasionada pelo não pagamento do salário dos funcionários do Consórcio Guaicurus, que deveria ter sido depositado no quinto dia útil do mês. Outro motivador é o anúncio das empresas do consórcio de que também não devem honrar o pagamento do 13º salário, que deve ser depositado até o dia 20 deste mês.

O Consórcio Guaicurus afirma que o não pagamento salarial se deve à dívida do poder público com a concessionária. Conforme o grupo de empresas, não teriam sido pagos valores referente ao subsídio das gratuidades e do vale-transporte dos servidores, que totalizaria R$ 13,2 milhões.

A informação, no entanto, é negada tanto pela Prefeitura de Campo Grande quanto pelo governo do Estado, que também contribui com o subsídio.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, por se tratar de um serviço essencial de transporte coletivo urbano.

O valor da multa diária era de R$ 20 mil, mas, após nova decisão do Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, subiu para R$ 100 mil.

Ele exige que os motoristas cumpram com urgência a decisão, que tem caráter de mandado judicial.

Cidades

Vestibular UFGD: gabarito preliminar será divulgado nesta quarta-feira (17)

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

16/12/2025 15h45

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulga nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital. 

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

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