Cidades

FUNCIONALISMO

Estado e Prefeitura ainda não garantiram 13º dos servidores

Um espera por verba federal, o outro se planeja sem recursos extras, mas não garante

SÚZAN BENITES

30/09/2019 - 09h01
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A menos de três meses para o fim do ano, estados e prefeituras se desdobram para pagar o décimo terceiro salário dos servidores públicos. Em agosto, o governo de Mato Grosso do Sul desembolsou R$ 446 milhões, e o município, R$ 154 milhões. A Prefeitura de Campo Grande aguarda verba federal para suprir os gastos, enquanto o Estado se planeja sem os recursos extras, mas ainda não garante.

Em agosto, o governo estadual desembolsou R$ 446.499.965,98 referentes aos salários de 81.682 servidores públicos estaduais – incluindo ativos, inativos e pensionistas. De acordo com o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, o governo não vai esperar nenhum recurso federal. 

“Nós não vamos esperar nada. Estamos planejando, as contas estão bastante apertadas, mas o governo está fazendo os ajustes necessários diariamente para que a gente consiga chegar ao fim do ano com equilíbrio fiscal, que é sempre o nosso objetivo. Às vezes, uma medida mais dura é necessária, sem perder a capacidade de investimentos e de entregar à população que é uma diretriz central do governador”, explicou Riedel.

A Prefeitura de Campo Grande gastou R$ 154.355.303,88 no mês passado com despesa de pessoal e, ao contrário da gestão estadual, o Executivo Municipal aguarda ajuda federal para o pagamento da gratificação de Natal. Segundo o secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, a intenção é de que o 13º saia neste ano. 

“Estamos tentando viabilizar, com uma série de coisas que estão ‘colocadas no horizonte’ para que tenhamos mais recursos. Estamos nos esforçando para que o 13º seja pago ainda este ano, essa é a intenção. Aguardamos verbas de emendas na área da saúde, provenientes do governo federal, que devem chegar depois da votação da Previdência”.

PRÉ-SAL

O governo de Mato Grosso do Sul e os municípios do Estado vão receber R$ 346,072 milhões com a aprovação pelo Senado Federal da PEC 98/2019. O texto distribui parte do dinheiro arrecadado com um megaleilão de petróleo entre todas as Unidades Federativas e prefeituras, reduzindo a parcela que estados produtores do pré-sal recebem. O governo federal estima arrecadar R$ 106 bilhões com a iniciativa.

Conforme a regra de rateio definida pelo relator, Mato Grosso do Sul terá direito a R$ 346,072 milhões, sendo R$ 185,561 milhões para o governo do Estado e outros R$ 160,510 milhões que serão divididos para os municípios. 

O representante da gestão estadual afirma que o governo está se planejando sem contar com os recursos. “Não podemos contar com algo que a gente não tem certeza se vai ser internalizado ou não. O governador tem feito uma gestão importante em Brasília, em todas as frentes de discussão, para que a gente consiga melhorar a nossa condição fiscal. Não podemos trabalhar só dependendo dessa ação, estamos fazendo o dever de casa. Estamos seguindo nosso planejamento, está tudo dentro do esperado”, reforçou Riedel.

O maior valor entre as prefeituras sul-mato-grossenses será destinado para Campo Grande: R$ 16,844 milhões. A verba é aguardada pela prefeitura para complementar o pagamento das despesas de fim de ano.“É um dinheiro ‘extra’ que nunca veio para a Capital”, afirmou Pedrossian Neto. 

Segundo o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, os meses de dezembro e janeiro trazem uma preocupação para todas as empresas, sejam públicas, sejam privadas. “Nós estamos aguardando o que é nosso, a União Federal deve e tem obrigação de ajudar os 5.570 municípios, senão todos eles terão dificuldades no mês de dezembro”, disse. 

SAIBA MAIS

O leilão agendado para o início de novembro será do excedente de petróleo em uma área cedida pela União à Petrobras em 2010, por meio de um contrato chamado de cessão onerosa (Lei 12.276/2010), no qual a Petrobras obteve o direito de explorar até 5 bilhões de barris de petróleo por contratação direta, sem licitação. Em troca, a empresa antecipou o pagamento de R$ 74,8 bilhões ao governo. Com a descoberta posterior de um volume maior do combustível fóssil na região, o valor foi ajustado para cerca de R$ 70 bilhões, por conta da desvalorização do preço do barril de petróleo. O certame ofertará blocos de exploração de petróleo na costa fluminense. O governo estima arrecadar cerca de R$ 106 bilhões, com desconto de aproximadamente R$ 33 bilhões, pagos à Petrobras pela renegociação de um contrato sobre exploração de campos de petróleo. Dos R$ 73 bilhões que ficarão com a União, R$ 21 bilhões serão divididos entre 
estados e municípios.

Cidades

Justiça decide que militar não pode acumular adicionais e União espera economizar R$ 3 bilhões

Com isso, a União espera economizar cerca de R$ 3 bilhões ao ano

18/04/2025 19h00

Paulo Pinto / Agência Brasil

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A Justiça Federal decidiu que militares não podem receber, simultaneamente, os adicionais de tempo de serviço (ATS) e de compensação por disponibilidade militar (ACDM). Com isso, a União espera economizar cerca de R$ 3 bilhões ao ano. A decisão foi das Turma Nacional de Uniformização (TNU) do Conselho da Justiça Federal (CJF), e seguiu argumentados defendidos pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A decisão determina que Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais em todo o País barrem o recebimento acumulado por parte de integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Decreto de agosto de 2020 já proibia a acumulação dos dois adicionais, apontando que seria assegurado ao militar ou ao pensionista do militar falecido o recebimento do adicional mais vantajoso.

Contudo, integrantes das Forças questionavam essa decisão. O argumento é o de que limitar a remuneração acumulada feriria o princípio da irredutibilidade de vencimentos e o direito adquirido.

A Turma de Uniformização, porém, acolheu por unanimidade o argumento da AGU.

Segundo o advogado da União, Luís Felipe Cabral Pacheco, em comunicado divulgado pelo órgão, a decisão "pacifica a questão, reduz a judicialização e representa significativa economia de recursos públicos para as Forças Armadas, contribuindo para viabilizar, do ponto de vista orçamentário, a continuidade de suas relevantes missões institucionais".

O adicional de compensação por disponibilidade militar é uma parcela remuneratória mensal devida ao militar em razão de estar disponível de modo permanente e com dedicação exclusiva ao longo da carreira.

Esse benefício incide com porcentuais diversos sobre o soldo, a depender do posto ou graduação, podendo chegar a 41% em caso de almirantes de esquadra, generais do Exército ou tenentes-brigadeiros.

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Estragos

Chuva causa alagamentos e estragos em municípios de MS

Com alerta na Defesa Civil, autoridades trabalham para acolher desabrigados e limpar casas que ficaram inundadas

18/04/2025 18h00

Residência inundada em Jardim

Residência inundada em Jardim Divulgação Prefeitura Municipal de Jardim

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Com alerta laranja, que indica chuvas intensas, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta sexta-feira (18), os municípios de Guia Lopes da Laguna, Jardim e Nioaque enfrentaram alagamentos e queda de energia.

Em Campo Grande, a rua Ernesto Geisel, na região do bairro Jardim Ouro Preto, também teve problemas com alagamentos devido à chuva durante a tarde.

 

 

Jardim

Em conversa, o prefeito de Jardim, Guga (PSDB), informou ao Correio do Estado que o município está sofrendo com alagamento de residências em quase todos os bairros, além de prédios públicos, em decorrência da forte chuva que caiu em pouco tempo.

“Acionamos a Defesa Civil, reunimos todos os secretários e estamos unindo esforços para acolher as pessoas desabrigadas e as que se encontram em estado de vulnerabilidade. A Secretaria de Infraestrutura Urbana está trabalhando em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Energisa; a Secretaria de Assistência Social presta auxílio às pessoas necessitadas. Seguimos atentos e trabalhando muito para que, em breve, a normalidade retorne”, afirmou Guga.

Guia Lopes da Laguna

Em Guia Lopes da Laguna, o cenário não foi diferente, a ponto de a Prefeitura cogitar a possibilidade de decretar situação de calamidade. A chuva que atingiu a região durante a madrugada aumentou o nível do Rio Miranda, colocando todos em alerta.

O secretário de Governo, Clademar José Sovernigo, em entrevista ao Jardim MS News, informou que o Corpo de Bombeiros, equipes da Prefeitura e da concessionária de energia estão mobilizados para auxiliar a população e restabelecer os serviços básicos.

“Essa é a essência de um trabalho em equipe. É importante que todas as pessoas ajudem. Estamos trabalhando com nossa equipe da Secretaria de Obras, descendo com as máquinas e os caminhões que são necessários”, explicou Sovernigo.

 

 

O maquinário está sendo utilizado para retirar os móveis que ficaram estragados devido ao alagamento. Conforme o secretário, durante a tarde, aproximadamente 50 imóveis ainda estavam embaixo d'água. A mobilização, a princípio, é para socorrer a população na área urbana e, à medida que forem avançando, deve seguir para atender os moradores da zona rural.

O temporal foi tão intenso que, durante a manhã, trechos da BR-267, entre Guia Lopes da Laguna e Maracaju, ficaram completamente alagados.

Nioaque

Em Nioaque, a Prefeitura emitiu uma nota afirmando que está monitorando o Rio Nioaque e o Onumbeva.

A Defesa Civil está em alerta. A recomendação é para que a população evite áreas de risco e, em situações de emergência, ligue para o número 159.

A MS-357, que dá acesso ao Assentamento Uirapuru, segundo informações do portal Nioaque News, ficou totalmente intransitável em um trecho sem pavimentação, após ter sido tomado pela lama.

Alguns bairros estão sem energia elétrica, como o Centro, Baía, São Miguel, Jardim, Monte Alto, Jockey Club, Santa Amélia e Santa Terezinha.

Restabelecimento da luz

A reportagem entrou em contato com a Energisa para saber como está a situação dos municípios. Com relação a Nioaque e Jardim, a empresa respondeu que há algumas demandas pontuais, nas quais as equipes estão trabalhando.

Em relação a Guia Lopes da Laguna, a Energisa informou que já restabeleceu a energia para 100% dos clientes afetados, após a retirada de um bambu que caiu sobre a rede.

“A Energisa informa que já restabeleceu a energia para 100% dos clientes afetados, após a retirada de um bambu sobre a rede. O investimento em tecnologia, realizado pela Energisa, permitiu fazer manobras, reduzindo a quantidade de clientes afetados com a interrupção do fornecimento.

É importante alertar que, diante dessas situações de temporais, pode haver curto-circuito e rompimento de cabos que, ao caírem ao solo, podem estar energizados. A orientação é: mantenha distância”, diz a nota da Energisa.

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