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Estilista traz técnica da
Europa e faz sucesso com
unhas em acrílico na Capital

Elisângela Wérica Medina de Oliveira, 31, aprendeu o ofício há 12 anos, em Portugal

VÂNYA SANTOS

20/09/2015 - 06h30
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Hoje com 31 anos, Elisângela Wérica Medina de Oliveira tinha 19 quando saiu de Campo Grande com destino a Europa em busca de oportunidade. O começo foi como promotora de vendas e nos horários de folga atuava como esteticista, manicure e pedicure, atendendo clientes nas casas.

À convite de uma amiga, fez curso para aprender a técnica de unha em acrílico. Para fazer o curso, ela ficou sem emprego e salário. Já capacitada, começou a trabalhar meio período no estúdio, com quatro meses foi para período integral e com seis meses já estava treinando funcionárias novas.

Passados dois anos e meio, o movimento de clientes caiu e a empresária cedeu a Wérica uma de suas sete lojas, a que ficava em Sintra, Distrito de Lisboa. A estilista de unha ficou com a loja um ano, até que em 2005 abriu o próprio negócio.

Em 2011, Wérica resolveu voltar ao Brasil e explorar o mercado porque em Portugal já estava saturado.”Em Campo Grande ninguém nunca tinha ouvido falar. Quando cheguei trouxe todo material, comprei um carro e passei a atender nas casas durante dois meses. Em 2012 abri um estúdio na sala de casa, mas o movimento cresceu muito e tive que alugar a casa ao lado, treinei duas meninas e abri a primeira loja”, contou a estilista, que hoje atende na Rua Castro Alves, centro de Campo Grande.

UNHAS EM ACRÍLICO
Com relação a alguns mitos e dúvidas sobre a técnica, a estilista Wérica explica que é aplicada uma camada em acrílico sobre a unha natural, que é queratina morta e, por isso, não respira. “A parte que respira fica embaixo da unha e não exposta, então não tem problema de ter acrílico a vida inteira. Não é o produto que estraga a unha é a força usada na aplicação porque a estilista não precisa tirar lâminas da unha, mas somente fazer uma esfoliação, com instrumento certo, para tirar a gordura para fixação do produto e evitar o levantamento da unha”, esclareceu.

Estilista usa unha em acrílico há 12 anos e garante que a técnica não causa danos

Wérica conta que usa unha em acrílico há 12 anos e revela o estado de sua unha natural. “Quando troco o acrílico percebo apenas que a unha fica natural e forte do mesmo jeito A unha não vai mudar por conta do acrílico, se ela é forte vai continuar forte, se é fraca vai continuar fraca”, garantiu.

A estilista explica que a unha em acrílico é artificial, ou seja, imita a natural, e não deve ser confundida com a postiça, que leva cola em sua aplicação.

“Hoje a mulher não tem tempo para ir toda semana no salão. Essa é uma unha prática, que permite fazer tudo, lavar louça e limpar a casa, por exemplo, que o acrílico não sai. A mulher terá a unha sempre pronta. Tem gente que faz apenas para um evento, um casamento, um batizado, mas acaba ficando com ela porque é muito prático, bonito, durável e resistente”, afirmou, garantindo que a unha dura até 40 dias e, depois disso é preciso fazer a manutenção.

Depois de 40 dias é​ preciso fazer manutenção nas unhas em acrílico

Os produtos usados na técnica, segundo a estilista, não causam alergia e pessoas que não podem passar esmalte usam o acrílico sem apresentar problema. “Todos os produtos são importados porque o Brasil não fabrica ainda”, contou.

CORES, TAMANHOS E MODELOS
Cores, tamanhos e modelos ficam por conta da escolha do cliente. A unha artificial pode ser quadrada, redonda, estileto, pequena, grande, colorida, nude, com desenho, com brilho. Modelos especiais atendem noivas, por exemplo, que podem colocar na unha um pedaço da renda do vestido, strass, brilhante, pequenas argolas imitando alianças e letras iniciais dos noivos.

Cliente é quem escolhe cores, modelo e tamanho da unha artificial

A aplicação do acrílico na unha demora no mínimo duas horas. “Eu já levei 12 horas para fazer a própria unha com modelo aquário, que vai água dentro da unha”, contou Wérica. Já o investimento para ter nas mãos as unhas artificiais vai de R$ 110 e pode chegar a R$ 450, com aplicação de madrepérola e corrente de ouro na arte.

PÚBLICO MASCULINO
A técnica não faz sucesso apenas entre as mulheres. Homens também se rendem as unhas em acrílico para parar de roer as unhas naturais. “Tem o caso de um cliente, que perdeu oportunidade de emprego numa multinacional porque roía unha. Ele foi reprovado durante a entrevista porque foi avaliado como uma pessoa que não tinha condições emocionais de tomar decisões importantes. Foi então que ele passou a ser meu cliente”, revelou Wérica, explicando que também trabalha com restauração das unhas naturais.

Além de clientes homens, a estilista tem em sua equipe quatro homens que aprenderam a técnica e fazem atendimento. Um dos funcionários, inclusive, usa unha artificial, com arte.

REALIZAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL
“Eu pretendia ser perita forense, mas me realizei como estilista porque acabo tendo contato com todas as profissões por meio das clientes. Também abro portas porque as pessoas que trabalharam comigo têm uma profissão. E a renda é muito boa, consigo ganhar mais do que muitas pessoas, que passam 5 anos na faculdade. Sem contar que trabalho com beleza, com arte e isso mudou minha vida”, confessa Wérica.

Wérica, que pretendia ser perita forense, se diz realizada como estilista de unhas

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Ela garante que o treinamento, o aperfeiçoamento e as inovações têm que ser constantes. É preciso estar sempre antenada na moda e prestar atenção nas novelas, que ditam modas nas unhas.

A estilista conta que hoje não tem só um estúdio, mas um espaço amplo que oferece, graças a parceria firmadas, desde alimento saudável, cabelo, unha, joias, estética, roupas, depilação e micro pigmentação de sobrancelha. Ao todo, são três lojas, sendo em Campo Grande, Aquidauana e Sidrolândia. Somente no estúdio da Capital, estilistas atendem, em média, 500 clientes por mês.

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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