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Fintech que recebeu milhões em ataque hacker é de ex-cozinheiro de Campo Grande

Ataque hacker é considerado o maior da história do País e uma das empresas suspensas pelo Banco Central por receber valores desviados é de ex-cozinheiro que fez carreira em MS

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Uma das empresas suspeitas de receber valores milionários desviados em ataqu hacker que atingiu a C&M Software, empresa de tecnologia que conecta instituições financeiras aos sistemas do Banco Central (BC), é a Soffy Soluções de Pagamentos, cujo proprietário é Stevan Paz Bastos, natural do Rio Grande do Sul, mas que fez carreira trabalhando como chef de cozinha em Campo Grande.

De acordo com informações disponíveis no LinkedIN, no perfil de Stevan Paes Bastos conta que ele se graduou em contabilidade em uma universidade de Campo Grande, onde estudou de 2005 a 2010, e depois como chef de cozinha no Senac MS.

Nas experiências profissionais, ele foi auxiliar administrativo, comerciante, cozinheiro e chef de cozinha em empresas da Capital e também do interior do Estado, atuando em vários restaurantes de 2015 a 2020.

Ele nunca foi ligado a instituições financeiras até assumir a fintech, fundada há cinco anos e com sede na Avenida Paulista, em São Paulo, que teve 270 milhões de reais bloqueados nesta semana. No registro, consta que a companhia tem um capital social de R$ 1 milhão e conta com Stevan Paz Bastos como sócio-administrador.

O bloqueio é referente ao valor desviado do banco BMP no ataque hacker, onde a Soffy Soluções de Pagamentos é suspeita de receber o dinheiro. o banco teve um prejuízo estimado em R$ 541 milhões com a invasão à C&M.

A empresa do ex-chef de MS é uma das seis instituições que foram suspensas pelo Banco Central (BC) do arranjo do Pix após o caso.

Conforme informações divulgadas pelo Valor Econômico, desde 13 de junho deste ano, a fintech foi alvo de 13 processos cíveis relacionados a outras fraudes do Pix, pedindo responsabilização por omissão em relação a pedidos para bloquear e devolver quantias desviadas nos golpes.

Em nenhum dos processos, a Soffy indicou advogado ou apresentou defesa. A fintech também não respondeu ao pedido de posicionamento da reportagem.

Ataque hacker

O ataque hacker a C&M Software ocorreu na noite de terça-feira (1º), que resultou no desvio de, ao menos, R$ 800 milhões, sendo considerado um dos maiores já registrados no sistema financeiro do País.

A ação criminosa prejudicou pelo menos seis instituições financeiras, como a BMP, a Credsystem e o Banco Paulista.

A empresa presta serviços de tecnologia para instituições financeiras de pequeno porte, que não têm meios de conexão próprios.

Algumas organizações, como os grandes bancos, conseguem se conectar diretamente com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) - o regulador do BC para as transações brasileiras -, mas outras dependem de intermediários, como a C&M, para viabilizar essa integração.

A C&M afirmou que foi vítima de uma “ação criminosa externa”, originada a partir da violação do ambiente de um cliente, cujas credenciais de integração foram indevidamente utilizadas.

“Não houve invasão direta aos sistemas da CMSW. Os sistemas críticos seguem íntegros e operacionais”, disse a empresa.

Segundo a prestadora de serviços, o ataque foi executado a partir de uma simulação fraudulenta de integração, em que um terceiro usou as credenciais legítimas de um cliente para acessar os serviços como se fosse uma instituição financeira autorizada.

A empresa afirma, ainda, que algumas funcionalidades do “Corner”, o seu sistema de integração para a infraestrutura de pagamentos, ajudam a evitar esse tipo de incidente, mas que seus clientes têm autonomia para não usar todas as seguranças.

A C&M ainda diz que que monitora o funcionamento técnico e os acessos à sua infraestrutura, mas que a responsabilidade pelo uso das credenciais é das instituições que as detêm.

Logo após ser informado do episódio, o Banco Central determinou que a C&M desligasse o acesso das instituições às suas infraestruturas. Com isso, algumas das empresas afetadas ficam sem acesso ao Pix, por exemplo, que foi restabelecido na última quinta-feira (3).

O crime é investigado tanto pelo próprio BC quanto pelas polícias Civil de São Paulo e Federal.

A C&M afirmou que está colaborando ativamente e que respeitará o sigilo das investigações em curso.

A prestadora de serviços diz ainda que contratou uma auditoria externa independente para avaliar, reforçar e certificar seus controles de segurança e que pretende intensificar as revisões internas de governança e arquitetura para evitar novos incidentes.

* Com Estadão Conteúdo

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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