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SEGURANÇA AÉREA

FAB ativa novo radar para barrar voos clandestinos do narcotráfico

A barreira será formada por rastreamento a partir de Corumbá, Ponta Porã e Porto Murtinho

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Após a ativação da unidade de Corumbá, a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (Ciscea) da Força Aérea Brasileira (FAB) está colocando em operação a nova Estação Radar de Porto Murtinho. A medida dá continuidade ao processo de complementação da capacidade de vigilância aérea.  

O objetivo das ativações é aprimorar o sistema de controle dos tráfegos que voam na região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. 

Os dois países vizinhos são os principais pontos de partida de voos clandestinos para o transporte de drogas, especialmente de cocaína.

Interceptações aéreas de aviões de pequeno porte são frequentes em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Somente no ano passado, por exemplo, foram interceptadas perto de 4 toneladas de cocaína em voos clandestinos da Bolívia para o Brasil.

As apreensões fazem parte de ações de unidades de caça, na maioria das vezes interceptações feitas pelo Esquadrão Flecha, da Ala 5 (antiga Base Aérea de Campo Grande).

Também no ano passado, duas aeronaves foram interceptadas com quase uma tonelada da droga. A primeira foi um avião monomotor que recebeu ordem para realizar pouso obrigatório em Rondonópolis (MT). 

Após a abordagem, a Polícia Federal encontrou na aeronave aproximadamente 470 quilos do entorpecente. Na segunda ação, um bimotor foi interceptado em Três Lagoas. 

A aterrissagem ocorreu nas proximidades de Dourados, depois que, ao se negar a pousar, recebeu tiros de advertência. Federais encontraram cerca de 540 quilos de cocaína. 

No mês passado, uma aeronave vinda da Bolívia e carregada com 579 kg de cocaína foi interceptada pela Força Aérea e Federal já em Porto Velho. O piloto ainda tentou fugir, pousando em uma área de pasto, mas ele acabou detido pelos policiais acionados para o apoio em solo.

As interceptações de voos clandestinos, muitos deles a serviço do narcotráfico, geralmente são feitas por aeronaves de caça A-29 Super Tucano, com o apoio da aeronave E-99, radar que participa das atividades de controle do espaço aéreo brasileiro. 

O efeito da instalação dos radares na fronteira no combate ao tráfico de drogas pode representar um aumento no número de apreensões. Ou, na outra ponta, a existência dos radares pode diminuir a frequência de voos transportando drogas no País.  

De acordo com informações da FAB, o sistema radar LP23SST-NG/RSM970S se destina à vigilância dos tráfegos aéreos (voo em rota), com o objetivo de facilitar o trabalho do Controlador de Tráfego Aéreo. 

Os radares aumentam a capacidade de vigilância aérea na chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida), por meio da detecção de aeronaves cooperativas e não-cooperativas, podendo alcançar um raio de 450 quilômetros, a 30 mil pés, o que corresponde a quase duas vezes a área de Mato Grosso do Sul.  

A Força Aérea sustenta que esse sistema radar está preparado para operar 24 horas por dia, 365 dias por ano, podendo ser conectado aos Centros de Controle por meio de uma gama de meios de transmissão de dados, usando os protocolos de comunicação internacionalmente adotados.

Últimas notícias

VIGILÂNCIA

Com a instalação dos radares de Corumbá, Porto Murtinho e Ponta Porã, o Brasil passa a contar com uma vigilância aérea que cobrirá toda a fronteira de Mato Grosso do Sul com os países vizinhos. 

Conforme informações da assessoria da FAB, a instalação da Estação Radar de Ponta Porã foi finalizada e já está em fase de aceitação, integração e homologação. A estação tem previsão de entrar em operação em junho deste ano.

Conforme o presidente da Ciscea, major-brigadeiro do ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, “a implantação de mais um sensor com tecnologia no Estado faz parte do trabalho incessante da Força Aérea Brasileira em aprimorar a sua capacidade de vigilância, controle e defesa do espaço aéreo, reforçando as ações para a manutenção da soberania e segurança nessa área”.  

A entrada em serviço desses novos equipamentos visa potencializar a identificação de aeronaves voando a baixa altura na região de fronteira, trazendo benefícios operacionais, tanto para o controle civil de aeronaves quanto para a defesa aérea, aumentando a capacidade de detecção de tráfegos não autorizados ou de emprego ilícito.

Colaborando decisivamente para o sucesso das ações de policiamento do espaço aéreo. Além de auxiliar no controle do espaço aéreo, a nova estação vai proporcionar a ampliação da vigilância aérea, com foco no centro-oeste brasileiro.

 

TRAJETO

A FAB, por meio da Ciscea, e a Omnisys assinaram, no fim de 2018, um contrato para o fornecimento de três radares, para as estações das localidades de Corumbá, Ponta Porã e Porto Murtinho. Os três sistemas de radar, ao custo de R$ 127 milhões, destinavam a ampliação da vigilância na fronteira do Brasil com países vizinhos. 

Segundo as informações, os locais de implantação foram escolhidos em virtude do número de aeronaves observadas entrando em território brasileiro de maneira irregular pela região.

O gerente do projeto na Ciscea, engenheiro Paulo Roberto Magalhães, explica os desafios enfrentados durante a implantação do radar: “Em 12 meses, concluímos as obras de infraestrutura, a instalação do radar, os testes de aceitação, a homologação e a integração do radar ao Centro de Controle de Área de Curitiba”. 

Conforme frisou, o resultado obtido foi possível também com o apoio do Comando Militar do Oeste (CMO), do Exército, tanto na cessão da área para a instalação do equipamento quanto na celeridade de processos.

Já o chefe da Divisão Técnica da comissão, tenente-coronel engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima, destaca a evolução tecnológica dessa nova família de radares.

Aém do fato de serem produzidos no Brasil. “A finalidade principal é compor a rede de radares que prestam o serviço de vigilância em prol do Controle do Espaço Aéreo, mas que também são dotados de funcionalidades militares, específicas dos radares utilizados pela Defesa Aérea.  

Ainda segundo ele, “é importante destacar também a importância que a implantação desses radares proporciona, tanto no aspecto logístico quanto operacional, tendo em vista a existência de outras unidades similares em funcionamento no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro”.

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Força Aérea envia três investigadores ao Cazaquistão após queda de avião da Embraer

No total, 38 das 67 pessoas a bordo da aeronave morreram após a queda

26/12/2024 21h00

Foto: AFP/Issa Tazhenbayev

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A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou nesta quinta-feira, 26, que enviou três investigadores ao Cazaquistão para oferecer suporte técnico ao país durante as investigações da queda de um avião comercial da Azerbaijan Airlines na cidade de Aktau, no Cazaquistão.

No total, 38 das 67 pessoas a bordo da aeronave morreram após a queda. O Embraer 190, de matrícula J2-8243, saiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino à cidade de Grósnia, na Rússia, mas foi forçado a fazer um pouso de emergência a 3 km quilômetros de Aktau, cidade que fica na margem oposta do mar Cáspio em relação ao Azerbaijão e à Rússia.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o avião fazendo voltas no ar com o trem de pouso aberto enquanto perde altitude. A aeronave colide com o solo de barriga e em seguida vê-se uma explosão.

Segundo o comunicado da FAB, o envio dos investigadores faz parte dos protocolos do Anexo 13 da Convenção sobre Aviação Civil Internacional, da qual tanto o Cazaquistão quanto o Brasil são signatários. "Este trabalho conjunto reforça o compromisso com a segurança na aviação e a colaboração entre os países signatários da Convenção de Chicago de 1944", destaca a Força Aérea.

Sistema de defesa russo

De acordo com quatro fontes do Azerbaijão ouvidas pela agência Reuters, o avião foi abatido por um sistema de defesa aérea russo.

A declaração foi feita inicialmente por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que citou imagens de dentro do avião que mostravam "coletes salva-vidas perfurados".

Na sequência, outros especialistas militares e de aviação ecoaram a avaliação, que foi reproduzida até mesmo na mídia russa, com a informação de que a aeronave pode ter sido confundida com um drone ucraniano.

Em entrevista ao Estadão, o especialista em aviação Lito Sousa, do canal Aviões e Músicas no YouTube, acredita que o avião foi abatido por um sistema de defesa aérea.

"As imagens mostradas logo após o ocorrido indicam danos que não são típicos de um acidente aéreo convencional", diz. "É uma possibilidade concreta que a causa principal tenha sido abate."

*Com informações de Estadão Conteúdo

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Exército nega irregularidade em visitas a presos no Inquérito do Golpe

Visitas são feitas conforme regras militares, diz corporação

26/12/2024 20h00

Agência Brasil

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O Exército negou, nesta quinta-feira (26), irregularidades nas visitas de familiares e advogados aos presos no inquérito que apura a tentativa de instauração de um golpe de Estado no país após as eleições de 2022.

As explicações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes pedir que a corporação informe se os generais Braga Netto e Mario Fernandes, além dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima, estariam recebendo visitas diárias de parentes e advogados sem autorização judicial.

De acordo com ofício do Comando Militar do Leste, não há irregularidades nas visitas, que ocorreram conforme as regras militares. De acordo com as informações prestadas, Fernandes recebeu visitação às segundas, quartas e sextas-feiras e aos domingos. As visitas a Braga Netto ocorreram às terças e quintas-feiras e aos domingos.

"Esta divisão de Exército esclarece que não há que se falar em visitação diária por ocasião da custódia do general de brigada Mario Fernandes, tampouco do general de Exército Walter Souza Braga Netto. Neste sentido, salvo outro juízo, não houve desrespeito ao regulamento de visitas estabelecido nesta OM [organização militar]", declarou o Exército.

No mês passado, Mario Fernandes, Rodrigo Bezerra e Hélio Fernandes foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília. Braga Netto continua detido na capital fluminense.

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