Localizada na rua Dr. Pacífico Lopes Siqueira, a figueira 'assassina' que é centenária em Campo Grande e já foi alvo da ação do tempo e de queimadas pelas mãos humanas, está com seus dias contados, prestes a ser finalmente removida um ano após promessa do Executivo Municipal.
Com raízes firmes na calçada até o momento, a árvore - de nome científico "ficus-elástica" - que já vitimou um ser humano no passado, foi condenada após elaboração de relatório técnico, onde um auditor fiscal de meio ambiente recomendou por sua remoção total, como acompanhou o Correio do Estado.
Em retorno recente, a rem esclareceu os motivos que levaram à espera de cerca de um ano desde a "condenação" que deixou a figueira com os dias contados pela promessa da Prefeitura.
Segundo a Pasta de Meio Ambiente do município, e como é possível observar por quem passa pelo local, a árvore encontra-se em conflito com a rede e por isso o serviço foi iniciado em parceria com a concessionária de energia elétrica.
Porém, o Executivo indica que o trabalho de remoção dessa figueira deve ser retomado em breve, com a previsão da Secretaria de que até o dia 26 de maio os serviços recomecem no trecho.
Por essa 'ficus-elástica" se tratar de uma espécie de grande porte, esse trabalho de remoção não deve ser feito "da noite para o dia", com o Executivo precisando de até 15 dias para concluir a remoção dessa árvore.
Ou seja, conforme a previsão do cronograma da Prefeitura, a partir de 11 de junho a paisagem da rua Dr. Pacífico Lopes Siqueira já deve estar completamente alterada, sem a frondosa árvore erguendo-se por metros ou suas raízes despedaçando a calçada local.
Perfil da figueira
Justamente o perfil radicular, ou seja, as características das raízes dessa planta, mostram que - em condições favoráveis - o crescimento lateral da figueira pode ser bastante extenso, já que a raiz pode alcançar até seis metros de profundidade.
Com isso, é comum observar, como no caso dessa figueira, que essas árvores em perímetro urbano acabam por destruir o passeio e tomar conta de toda uma calçada.
Alvo de incêndios
No ano de 2023 a equipe do Correio do Estado acompanhou a situação da figueira, alvo diário de incêndios criminosos, que aumentavam ainda mais o risco de queda da árvore que se estendia tanto por cima da rua Dr. Pacífico, como por cima do muro e para dentro do terreno da empresa local.
Os próprios agentes do Corpo de Bombeiros Militar que controlaram as chamas em 06 de setembro de 2023, relataram a frequência com que a árvore foi incendiada, cerca de três ocorrências e aproximadamente sete mil litros entre as 24 horas do dia 05 de setembro de 2023.
"A primeira guarnição usou uns dois mil litros de água, depois viemos usar outros três e em seguida voltamos onde foi preciso usar outros dois mil. Esses substratos queimam em tempos diferentes, mas o incêndio nesse tronco, que nem pegou agora, não acontece do nada, foi alguém que colocou", relataram os agentes do Corpo de Bombeiros Militar à época.
"Árvore assassina"
Funcionários da empresa vizinha, ainda em 2023, explicaram o título de "árvore assassina" dado à árvore, - inclusive com um banner colocado no tronco pela equipe - com esse apelido atirbuído para a figueira após ela vitimar um vigia noturno em 2021.
Responsável pela Rodomaq Construtora à época, Helmut Maaz detalhou que há mais de uma década pedia pela retirada da árvore, já que, além do fato dessa figueira consumir a calçada do local e o tronco adentrar o ambiente privado que funciona sua empresa, a queda de seus galhos pode ser fatal, como de fato foi.


