Centenária em Campo Grande, a figueira localizada na rua Dr. Pacífico Lopes Siqueira, batizada de "árvore assassina" - que inclusive foi alvo de incêndios criminosos em setembro de 2023 - começou a ser retirada pela Prefeitura na semana entre 20 e 24 de maio.
Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) comentou que os trabalhos iniciados essa semana aconteceram após a devida conclusão do Relatório Técnico.
Segundo o Executivo, o auditor fiscal de meio ambiente responsável, após análise, recomendou pela remoção total da árvore de nome científico "ficus-elástica".
Tal decisão foi tomada justamente porque a árvore apresentava um iminente risco de queda, como bem esclarece a nota enviada pela Prefeitura.
"A Semadur informa que está realizando o serviço de poda para posterior remoção da figueira citada com o apoio da Energisa", complementa o Executivo.
Alvo de incêndios
No ano passado o Correio do Estado acompanhou a situação da figueira, alvo diário de incêndios criminosos que aumentavam ainda mais o risco de queda da árvore que se estendia tanto por cima da via quanto para dentro da empresa que murava a planta.
Os próprios agentes do Corpo de Bombeiros Militar que controlavam as chamas em 06 de setembro do ano passado, relataram a frequência com que a árvore era incendiada, cerca de três ocorrências e aproximadamente sete mil litros entre as 24 horas do dia 05 de setembro de 2023.
Incêndio da Figueira em 06 de setembro de 2024. Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado"A primeira guarnição usou uns dois mil litros de água, depois viemos usamos outros três e em seguida voltamos onde foi preciso usar outros dois mil. Esses substratos queimam em tempos diferentes, mas o incêndio nesse tronco, que nem pegou agora, não acontece do nada, foi alguém que colocou", relataram os agentes do Corpo de Bombeiros Militar à época.
"Árvore assassina"
Funcionários da empresa que mureia a árvore, ainda em 2023, explicaram o título de "árvore assassina" dado à árvore, inclusive com um banner colocado no tronco pela equipe com esse apelido para a figueira que vitimou um vigia noturno em 2021.
Responsável pela Rodomaq Construtora à época, Helmut Maaz detalhou que há mais de uma década pedia pela retirada da árvore, já que, além do fato dessa figueira consumir a calçada do local e o tronco adentrar o ambiente privado que funciona sua empresa, a queda de seus galhos pode ser fatal, como de fato foi.
Perfil da figueira
Justamente o perfil radicular, ou seja, as características das raízes dessa planta, mostram que - em condições favoráveis - o crescimento lateral da figueira pode ser bastante extenso, já que a raiz pode alcançar até seis metros de profundidade.
Com isso, é comum observar, como no caso dessa figueira, que essas árvores em perímetro urbano acabam por destruir o passeio e tomar conta de toda uma calçada.






Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado


