Cidades

amanheceu sem pé

Fundação vai registrar boletim de ocorrência contra vandalismo na estátua de Manoel de Barros

Escultor da obra lamentou ação e disse que se nada for feito o próximo alvo poderá ser a cabeça da estátua

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A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) divulgou nesta terça-feira (20) que registrará boletim de ocorrência contra o ato de vandalismo na estátua do poeta Manoel de Barros, instalada na avenida Afonso Pena.

O órgão quer que a segurança pública investigue e localize os responsáveis por cerrar o pé esquerdo da escultura. "Será feita também a abertura de procedimento interno para a restauração da estátua”, explica Gustavo Castelo, diretor-presidente da FCMS.

O artista plástico e autor da obra, Ique Woitschach se pronunciou em suas redes sociais sobre o corrido. "Amputaram a arte, amputaram a cultura, mais uma vez. Temos que respirar fundo e reaprender a viver nesse novo mundo que virá. Espero alguma manifestação e atitude urgente do poder público".

Ele disse que a estátua vem sendo vandalizada há pelo menos dois anos, com fissuras nos óculos e amassados na face.

"Estavam usando uma marreta, e a cada visita dos vândalos, mais amassados surgiam, denunciando que os agressores estavam completamente a vontade, com tempo de sobra e sem nenhum tipo de repressão. Agora serraram, mutilaram, amputaram a escultura de forma violenta, cruel e destemida", disse.

Últimas notícias

A obra em tamanho real é feita de bronze e foi inaugurada há três anos. Está embaixo de uma das árvores centenárias de Campo Grande, no canteiro central da Avenida Afonso Pena, entre as ruas Rui Barbosa e Pedro Celestino. 

O local de instalação foi decidido depois de um ano da obra concluída, para ser então, o quintal de Manoel de Barros. Ontem (19), amanheceu sem um dos pés.

"E se nenhuma providência for tomada com extrema urgência, a mesma serra elétrica que arrancou o pé, tem capacidade pra arrancar a cabeça se nada for feito", completa Woitschach.

O artista desacredita que o ato tenha sido praticado pelas pessoas em situações de rua da Capital, já que o pé foi arrancado com uma serra elétrica, e que culpar este público "é uma narrativa política covarde".

"Com tudo isso que estamos passando nessa pandemia, que deprime naturalmente, fico ainda mais triste com essa violência, com mais essa demonstração de falta de civilidade, de respeito ao que é público, ao que é de todos nós. Sei que a arte incomoda muito, e estamos vivendo tempos sombrios".

Homenagem

Em 19 de dezembro de 2017, era inaugurada a homenagem ao poeta Manoel de Barros em uma das principais avenidas de Campo Grande, mesmo dia que foi comemorado os 101 anos de nascimento do artista, contemplando também os 40 anos de Mato Grosso do Sul. 

A obra mede 1,38 metro de altura (incluindo o pedestal de fixação da base de concreto) por 1,60 metro de largura. 

Algumas características marcantes do poeta foram eternizadas no bronze, desde o sorriso cativante aos seus trajes simples, as pernas cruzadas, o tênis surrado, ao lado de caramujos e do ninho de pomba, com os quais dialogava e se inspirava entre imagens, lembranças e metáforas.

Com cerca de 400 quilos, a estátua foi feita para retratar um pouco da rotina do artista que nasceu em Cuiabá, mas viveu boa parte de sua vida em solo sul-mato-grossense. 

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Cotidiano

Oferta inadequada de aviões compromete ajuda internacional ao Brasil

Uruguai e México sinalizaram que poderiam disponibilizar aeronaves, mas Ministério de Meio Ambiente diz que elas não dispõem de sistema necessário para combate às queimadas.

19/09/2024 20h00

Brigadistas devem intensificar ainda mais o alerta aos incêndios no Pantanal, na próxima semana.

Brigadistas devem intensificar ainda mais o alerta aos incêndios no Pantanal, na próxima semana. Foto: Luiz Mendes (IHP)

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Pedidos feitos pelo Brasil por ajuda internacional para o combate à onda de incêndios no país esbarraram até o momento na oferta de aeronaves sem sistema de lançamento de água, e portanto consideradas inadequadas pelo Ministério do Meio Ambiente. A pasta diz precisar de aviões com esse equipamento e de helicópteros para o transporte de brigadistas.

Por outro lado, o governo brasileiro recebeu recentemente um pedido de auxílio do Paraguai, mas respondeu que enfrenta sua própria crise e que todos os recursos disponíveis do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estão sendo empregados no país.

Por solicitação do ministério comandado por Marina Silva, o Itamaraty consultou Uruguai, México, Chile, Peru, Colômbia, Estados Unidos, Canadá e Paraguai sobre a possibilidade de envio de apoio no combate ao fogo na Amazônia.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, "foi solicitado, especificamente, apoio de aeronaves para o lançamento de água e/ou transporte de brigadistas e equipamentos nas operações de combate a focos de incêndios."

"As ofertas de cooperação recebidas estão sendo objeto de análise técnica dos órgãos competentes", afirmou o Itamaraty.

Ao menos Uruguai, México, Canadá e Chile sinalizaram que poderiam disponibilizar aviões e outros equipamentos.

Em 10 de setembro, o governo uruguaio colocou à disposição do Brasil uma aeronave modelo CASA C-212 Aviocar e 40 mil litros de líquido extintor de incêndio. O avião poderia ser empregado para ações de evacuação médica e transporte de carga e passageiros.

Para efetuar a cessão dos equipamentos, Montevidéu pediu que o Brasil informasse em qual localidade a aeronave ficaria baseada e onde a carga dos extintores poderia ser entregue.

A oferta foi reforçada pelo ministro da Defesa do Uruguai, Armando Castaingdebat, no dia 12, de acordo com registro oficial feito pelo Itamaraty visto pela Folha.

No caso do México, um representante da AMEXCID (Agência Mexicana de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento) informou a embaixada brasileira no país que, antes de considerar se seria possível ceder uma aeronave tipo C-105A, algumas informações eram necessárias: o local de atuação do avião no Brasil e o tempo estimado da operação.

Os mexicanos também perguntaram se Brasília assumiria os custos de combustível da aeronave nos deslocamentos internos no Brasil --as despesas da viagem de ida e volta do México seriam arcadas pelos donos do equipamento.

Questionado sobre as negociações tanto com o Uruguai quanto com o México, o Ministério do Meio Ambiente respondeu que o governo brasileiro perguntou a esses países se "haveria disponibilidade de aeronaves para lançamento de água, além de helicópteros para transporte de brigadistas em áreas de difícil acesso".

"Os modelos mencionados, C-212 e C-105, são aviões (e não helicópteros) que não dispõem de sistema para lançamento de água, necessário para combater incêndios", respondeu a pasta.
O ministério também informou que o Chile comunicou que poderia enviar um helicóptero. "As condições de operação estão em análise".

O Canadá, por sua vez, disse ao Brasil que poderia emprestar dois aviões Cessana Caravan para apoiar no combate aos incêndios. Também sem tecnologia de dispersão de água, essas aeronaves poderiam ser empregadas para o transporte de brigadistas e de equipamentos.

Um dos países aos quais o Brasil recorreu por ajuda, o Paraguai enfrenta sua própria onda de queimadas.

Só na primeira semana de setembro, o país vizinho registrou mais de 6,8 mil focos de incêndio.

O país vizinho chegou a consultar a embaixada brasileira em Assunção sobre a possibilidade de envio de um avião com capacidade de despejar água para o Paraguai.

Autoridades do governo Lula (PT) responderam que o Brasil enfrenta situação semelhante com as queimadas --e que todos os meios disponíveis estão sendo empregados no combate a focos de incêndio no país.

 

*Informações da Folhapress 

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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