Após prender o trio chileno acusado de invadir agências financeiras, em coletiva na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros, a GARRAS esclareceu o esquema criminoso e descartou a possibilidade de que os três criminosos estrangeiros tiveram ajuda "extra" para as invasões.
Em Campo Grande, na segunda-feira (24), duas agências do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) foram invadidas e furtadas.
Identificados apenas pelas iniciais J.A.M.L., O.A.T.D. e C.I.V.R., de 37, 36 e 33 anos, respectivamente, foram presos em flagrante, como abordado mais cedo pelo Correio do Estado, pelos crimes de furto qualificado mediante arrombamento e associação criminosa.
"A princípio, segundo a apurada até o momento, não teria informação de envolvidos aqui no estado do Mato Grosso do Sul", descarta o delegado de Polícia, Pedro Cunha, sobre ajuda de um outro indivíduo.
Trio criminoso
Durante a manhã de hoje (25) a Garras convocou coletiva de imprensa, esclarecendo o rastro de crime deixado pelos criminosos chilenos, confirmando que o trio é suspeito de cometer crimes em outros Estados e até fora do Brasil.
O Delegado de Polícia confirmou que os indivíduos são apontados como suspeitos em crimes a bancos semelhantes, registrados em:
- Minas Gerais,
- Goiás,
- Paraná,
- Santa Catarina e
- Espírito Santo.
"O Garras vai comunicar essa situação aos órgãos cabíveis em âmbito nacional e vai se colocar à disposição tanto de outros estados da federação, de outras polícias civis para prestar informações e também de eventualmente outros países que venham a procurar informações", disse.
A polícia foi cautelosa ao detalhar os métodos adotados, de como eles conseguiram adentrar as duas agências, se limitando a dizer que os alvos se tratavam de locais com um conjunto de câmera; alarme e parte elétrica que compõem um sistema de monitoramento, de modelo específico.
"Eles teriam certa expertise na atividade desse tipo de monitoramento, de conseguir ludibriar esse sistema elétrico, de câmera e alarme específico de algumas agências. E por isso eles cometiam esses crimes em vários estados do Brasil e possivelmente em outros países", cita
Como descrito, o trio teria chegado em Mato Grosso do Sul no final de semana, "exclusivamente para cometer o crime e já retornaram para o Estado de São Paulo", segundo o delegado, onde inclusive foram presos.
Uma vez na Capital, eles teriam garantido hospedagem em hotel, para monitoramento das agências e elaboração do plano de logística e monitoramento antes de cometerem os crimes.
Esses acusados passam, inicialmente, por audiência de custódia em São Paulo, para posterior transferência e condução ao presídio em Campo Grande para sequências das investigações.




