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Após adiar Carnaval de rua, governo do Estado estuda cancelar ponto facultativo

Medida é forma de tentar conter o avanço da Covid-19 no Estado; decisão deve ser anunciada na sexta-feira (29)

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O ponto facultativo de Carnaval pode ser cancelado em Mato Grosso do Sul como forma de conter o avança do coronavírus no Estado. Com a festa adiada, o governo estuda anular o feriado prolongado dos dias 15, 16 e 17 de fevereiro.

O governador em exercício, Paulo Corrêa alegou que é uma forma de impedir aglomerações e evitar novos casos de infecções. Após reunião com o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, Corrêa afirmou que a decisão será anunciada na sexta-feira (29).

Mato Grosso do Sul já recebeu do Governo Federal três remessas com mais de 190 mil doses de vacinas contra a Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, o Estado é a unidade federativa com melhor desempenho na distribuição dos imunizantes aos municípios, com índice de 86,8%.

Apesar disso, a unidade federativa ainda possui 12.270 casos ativos da doença, sendo 11.752 em isolamento domiciliar, e 518 pacientes internados de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (27).

Últimas notícias

Com novos 582 infectados, Mato Grosso do Sul chega a 158.340 pessoas que tiveram contato com o vírus, 2.848 delas morreram.

A média móvel da última semana indica que houve a confirmação diária de cerca de 754 novos casos e 18 óbitos causados pela doença.

“Queremos continuar a ser modelo para imunização em todo o País. Em um curto espaço de tempo fizemos a distribuição das duas primeiras remessas que chegaram. A terceira que chegou ontem (25) à noite, por ser um quantitativo pequeno (10.200 doses), vamos guardar e esperar para distribuir junto com a próxima remessa que vier. Isso pensando na logística que construímos, para que tenhamos maior efetividade na distribuição em menos de 12 horas", explicou Geraldo Resende.

No encontro, que aconteceu na tarde de terça-feira (26), o governador interino também pediu a inclusão de idosos acima de 80 anos nos grupos prioritários da vacinação em Mato Grosso do Sul.

“Respeitando o Plano Nacional de Imunizações (PNI), com o novo quantitativo de vacinas que vier, queremos priorizar os idosos - primeiro aqueles com mais de 90 anos e depois os que estão acima dos 80”.

Mais feriados

A Saúde já sentiu os impactos causados por outros pontos facultativos. A prefeitura de Campo Grande anunciou abertura de 10 leitos de UTI no primeiro dia útil do ano, após feriados de natal e Réveillon.

No total, Mato Grosso do Sul terá 16 dias de feriados e pontos facultativos em 2021, sendo nove feriados, entre estaduais e nacionais, e sete pontos facultativos. Apenas duas datas caem em um fim de semana.

O calendário, oficializado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no Diário Oficial do Estado em dezembro, é "para cumprimento pelos órgãos e as entidades da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo Estadual".

Os feriados municipais não entram no decreto estadual, mas devem ser observados pelas instituições do Poder Executivo Estadual nas referidas localidades.

Já os pontos facultativos estabelecidos em decretos municipais e federais não se aplicam aos órgãos públicos do Estado.

Confira todos os feriados e pontos facultativos de 2021:

Fevereiro

Dia 15 (segunda-feira) - Carnaval (ponto facultativo que pode ser cancelado)

Dia 16 (terça-feira) - Carnaval (ponto facultativo que pode ser cancelado)

Dia 17 (quarta-feira) - Quarta-feira de Cinzas (ponto facultativo até às 13h que pode ser cancelado)

Abril

Dia 2 (sexta-feira) - Paixão de Cristo (feriado nacional)

Dia 21 (quarta-feira) - Tiradentes (feriado nacional)

Maio

Dia 1° (sábado) - Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional)

Junho

Dia 3 (quinta-feira) - Corpus Christi (ponto facultativo)

Setembro

Dia 7 (terça-feira) - Independência do Brasil (feriado nacional)

Outubro

Dia 8 (sexta-feira) - Dia do Servidor Público (ponto facultativo/antecipação do dia 28 de outubro)

Dia 11 (segunda) - Criação do Estado de MS (feriado estadual)

Dia 12 (terça-feira) - Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional)

Novembro

Dia 2 (terça-feira) - Finados (feriado nacional)

Dia 15 (segunda-feira) - Proclamação da República (feriado nacional)

Dezembro

Dia 24 (sexta-feira) - Véspera de Natal (ponto facultativo)

Dia 25 (sábado) - Natal (feriado nacional)

Dia 31 (sexta-feira) - Véspera de Ano Novo (ponto facultativo)

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Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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CORONAVÍRUS

Atraso da vacina atualizada da Covid atrai críticas de fora da política ao governo Lula

No início da semana, a pasta atribuiu a demora na compra das vacinas ao processo de compra

19/04/2024 16h00

Integrantes da comunidade científica, profissionais de saúde, entre outros grupos, lançaram nesta semana um abaixo-assinado cobrando do Ministério da Saúde a entrega das vacinas preparadas para novas variantes. Myke Sena / Ministério da Saúde

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O atraso na compra da vacina atualizada da Covid tornou o governo Lula (PT) alvo de críticas que extrapolam o campo da política e grupos como o centrão.

Integrantes da comunidade científica, profissionais de saúde, entre outros grupos, lançaram nesta semana um abaixo-assinado cobrando do Ministério da Saúde a entrega das vacinas preparadas para novas variantes e mais medidas para fortalecer o combate à doença que matou ao menos 3.012 pessoas em 2024 —cerca do dobro das 1.544 mortes confirmadas por dengue no mesmo período.

"É inadmissível o total abandono que estamos vivendo em um país reconhecido mundialmente por nossas campanhas de vacinação e por um governo eleito com esta pauta", afirma o texto publicado no site "Qual Máscara?", que reúne informações sobre o combate ao novo coronavírus.

Procurada nesta sexta-feira (19), a Saúde não se manifestou sobre as críticas. No início da semana, a pasta atribuiu a demora na compra das vacinas ao processo de compra e afirma que faz o possível para agilizar o contrato.

O documento recebeu originalmente 15 assinaturas. Mais de 1.780 pessoas aderiram à carta após o texto ser divulgado nas redes sociais.

A conduta negacionista de Jair Bolsonaro (PL) na pandemia e o desdém do ex-presidente pelas vacinas foram fortemente explorados por Lula na campanha eleitoral de 2024. A falta de novas doses, agora, levanta críticas à gestão petista.

Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, afirmou no X que a vacina adaptada à variante XBB chegaria ao Brasil no mês seguinte. Em março, a ministra Nísia Trindade prometeu começar a vacinar grupos prioritários em abril.

O imunizante, porém, ainda não foi comprado, o que fez a Saúde adiar o começo da campanha de imunização da Covid-19.

Integrantes da Saúde esperam fechar nesta sexta-feira (19) a compra da vacina da Moderna. O Departamento de Logística da pasta já deu aval para adquirir 12,5 milhões de doses, por R$ 725 milhões.

A ideia do ministério é que um primeiro lote chegue ao Brasil em cerca de uma semana. Como é preciso distribuir os imunizantes aos estados e municípios, a nova projeção é de começar a campanha em maio.

"Vai haver uma necessidade anual de atualização [das doses]. O Brasil é que dormiu no ponto, não comprou as vacinas", afirma Monica De Bolle, professora de economia na Universidade Johns Hopkins e mestre em Imunologia e Microbiologia pela Universidade de Georgetown. Ela também assina a carta publicada no site "Qual Máscara?".

De Bolle diz que a vacina bivalente, última ofertada pelo SUS, já está desatualizada e não protege corretamente contra as formas predominantes da Covid-19.

"A bivalente tem dois pedaços da proteína Spike, que é a de superfície do vírus, a principal, que conecta o vírus às nossas células. Essa vacina tinha a versão original da Spike, ainda do vírus que emergiu de Wuhan, e mais uma versão da Spike de uma variante da Ômicron que não está mais em circulação", explica. "Como nem o vírus original de Wuhan nem essa variante específica estão em circulação, a bivalente é uma vacina que não adianta muita coisa."

A Anvisa aprovou há quatro meses o uso no Brasil da vacina da Pfizer para a variante XBB. Em março, concedeu o mesmo aval para o imunizante da Moderna.

O ministério afirma que planejava uma compra de imunizantes no meio de 2023, mas aguardou estas novas versões surgirem no mercado. A Saúde abriu um processo de compra emergencial das 12,5 milhões de doses após o aval dado à Pfizer.

O período de lances para a proposta de contrato da vacina começou em 8 de março. Participaram da disputa Pfizer e Moderna, que apresentou menor preço. Mais de um mês depois, ainda não há desfecho da compra. A Saúde espera anunciar a contratação nesta sexta, e atribui o atraso aos recursos apresentados na inédita disputa de duas empresas por um contrato de vacina do SUS.

A carta direcionada à Saúde, publicada no site "Qual Máscara?", também reclama da entrega de doses desatualizadas às crianças.

"Ainda em 2023, as crianças ficaram privadas da dose atualizada da versão infantil da vacina bivalente, tendo de contar apenas com as vacinas produzidas para as cepas originais, que não estão mais em circulação. A vacina mais atual, desenvolvida contra a variante XBB, está disponível para o público do hemisfério norte desde setembro de 2023, com dose de reforço já liberada para a vacinação de idosos nos Estados Unidos desde fevereiro de 2024", diz o texto.

O mesmo documento mostra preocupação com o número de doses da compra emergencial, que não cobre nem sequer grupos prioritários, também aponta falta de dados confiáveis sobre a doença e baixa testagem no Brasil.

A Saúde afirma que também fará outra compra regular de vacinas —o plano da pasta é adquirir cerca de 70 milhões de imunizantes neste ano.

"Países como os Estados Unidos, Dinamarca, Japão, Chile e Paraguai já vacinam a população desde o segundo semestre de 2023 [com doses preparadas para a XBB]. O Ministério alega que as vacinas bivalentes protegem igualmente (o que não é verdade), mas cidades como o Rio de Janeiro sinalizam a falta completa de estoque de vacinas bivalentes para Covid", afirma ainda o grupo, na carta direcionada à Saúde.

Nas redes sociais, o divulgador científico Atila Lamarino também questionou a estratégia do governo Lula sobre a Covid. "Com tantos sinais conflitantes, queria entender qual estratégia pretendem seguir e o porquê", disse em publicação no X.

Questionada sobre críticas que a atual gestão pode receber pela falta de doses no início da semana, Ethel Maciel disse que o ministério fez todo o possível para acelerar o contrato.

"A gente depende da aprovação da Anvisa [do registro da vacina atualizada], que aconteceu em dezembro. A gente iniciou a compra, que está acontecendo agora. Tivemos essa questão do pregão, com duas concorrentes. Do ponto de vista do Ministério da Saúde, tudo o que poderia ser feito para que o processo fosse o mais célere possível, foi feito", disse a secretária.

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